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A REPROGRAMAÇÃO CELULAR

Por:   •  13/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.347 Palavras (6 Páginas)  •  412 Visualizações

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FACULDADE UNIVERSALIDADE PAULISTA - INTERATIVA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

THAYNÁ PEREIRA DA SILVA

TRABALHO EM GRUPO (TG):

REPROGRAMAÇÃO CELULAR

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

2017

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa abordar os aspectos relacionados às células-tronco e a reprogramação celular, na busca pela construção de um conceito geral sobre o último, passando por questões de ordem ética, trabalhos realizados nesta área por especialistas e a tese premiada com o Nobel da Medicina em 2012 de Shinya Yamanaka.

Por meio de técnicas de Manipulação da Biologia Molecular de Yamanaka as células adultas de camundongos regrediram até se tornarem semelhantes às embrionárias.

2 CÉLULAS-TRONCO

A medicina vem se desenvolvendo em seus diferentes ramos, seja a veterinária ou a humana. De tal modo, diversas pesquisas são realizadas e avanços são feitos. Assim, nesta seara se encontram as células-tronco.

As pesquisas realizadas acerca deste tema vêm possibilitando o tratamento de doenças por terapias celulares, a chamada medicina regenerativa, e, a entender como um organismo se desenvolve a partir de uma única célula, como bem defende Ricardo Junqueira Del Carlo.[1]

As células-tronco possuem características que as diferenciam de outros tipos de células, a saber: a) não são especializadas, renovando-se por um longo período de tempo, por meio da divisão celular; b) podem se transformar em células com funções especiais, se induzidas.[2]

Há que se falar ainda de uma divisão em dois grupos dentro das células-tronco: as adultas e as embrionárias, que será tratado a seguir, na qual a principal diferença se encontra na origem, pois acredita-se que a segunda exista apenas nos embriões, enquanto que a primeira se apresenta em variados tecidos do corpo humano.

2.1 CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS

São as que possuem células totipotentes e pluripotentes. As primeiras são as “precursoras”, podendo se transformar, ou diferenciar, em todas as células presentes no corpo humano, enquanto que a segunda só não conseguem se diferenciar na placenta e anexos embrionários.[3] 

É possível que se cultive as referidas células in vitro sem diferenciação por um período que ultrapassa os dois anos. Além disto, por conta do gene da enzima telomerase estar ativo, a capacidade de replicação é garantida por gerações.[4]

2.2 CÉLULAS-TRONCO ADULTAS

Diferentemente do que ocorre nas embrionárias, se multiplicada por várias gerações, ocorre a diferenciação celular. Ademais, não se sabe ainda se as adultas possuem a capacidade de originar tecidos dos três folhetos germinativos (endoderme, mesoderme e ectoderme).

São raras, com certa dificuldade para serem identificadas, isoladas e purificadas. E, de acordo com Silvio Higa, algumas parecem possuir plasticidade, ou seja, conseguem se diferenciar em um tecido diferente daquele que se originou, como por exemplo as células-tronco da medula óssea que dão origem a neurônios.[5]

2.3 A POLÊMICA ACERCA DAS CÉLULAS-TRONCO

A todo o momento em que surgem novas notícias sobre o estudo com células-tronco embrionárias o debate sobre os limites éticos são reascendidos, o que vem a ocorrer constantemente.

A grande polêmica é que muitos consideram a utilização de embriões não aproveitados de fertilização in vitro, que ficam anos congelados e com cada vez menos possibilidades de gerar uma criança, são equivalentes a matar uma pessoa.

No Brasil, em virtude da lei de Biossegurança, manipulação genética de embriões humanos não são permitidos, o que, segundo especialistas, colocam o país em um grande atraso nas pesquisas que envolvem o tema. Para exemplificação, recentemente, em agosto deste ano, uma experiência de alteração de genoma para cura de doença foi bem-sucedida nos Estados Unidos.[6]

3 REPROGRAMAÇÃO CELULAR

A reprogramação celular consiste em reverter o processo de diferenciação celular, esta última caracterizada por se comprometerem e diferenciarem ao longo do desenvolvimento embrionário. Em um primeiro momento esta diferenciação é irreversível, entretanto, conforme Fernando Nodari, elas podem ser alteradas por modificações experimentais, como experimentos de clonagem e os que testam a plasticidade celular. De tal modo recebem o nome de reprogramação celular.[7]

Para que a reprogramação ocorra não basta que as modificações epigenéticas das células sejam apagadas, mas, também se faz de estrita necessidade que modificações morfológicas e funcionais sejam refeitas.[8]

Acerca disto, João Carlos Shimada Borges aborda o tema da seguinte forma:

A restrição da potencialidade pela diferenciação pode ser anulada. Em algumas situações, reverte-se a célula para gerar um núcleo totipotente. Essa tecnologia abre as portas para terapias de regeneração dos tecidos que originalmente não possuem a capacidade regenerativa. A técnica é conhecida como desprogramação nuclear e já foram obtidos resultados com ela, o que inclusive permitiu a clonagem da ovelha Dolly.[9]

Anteriormente à descoberta de Shinya Yamanaka, em 2012, acreditava-se que não seria possível reprogramar as células adultas para que as mesmas se transformassem em qualquer outro tipo de tecido. Tamanha façanha lhe rendeu o Nobel de Medicina em 2012.

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