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Conclusão da Tese do Luiz Carlos de Freitas

Por:   •  10/1/2019  •  Artigo  •  2.086 Palavras (9 Páginas)  •  370 Visualizações

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Crítica da organização do trabalho pedagógico e da didática

Luiz Carlos Freitas

Conclusão

        Percebemos com os relatos do autor, que o processo avaliativo é crucial dentro de uma estrutura didática e que para isso devemos conhecer as ferramentas que nos auxiliam neste processo. A avaliação segundo o autor serve com um aparato social, isso é, serve para que o professor veja até que ponto o aluno compreende tal conteúdo de determinada disciplina.

        É evidente que todo o processo de avaliação tem consigo meios a se aplicar, dentre as que o autor destaca: formal e informal. As informais são as mais comuns dentro de uma rede de ensino, isso porque é mais fácil a aplicação, e muito mais rápida a resposta, mais para essa ferramenta ter validade, é necessário que haja uma avalição forma, para evidenciar ainda mais o que a avaliação informal já tratou de expor de forma documental.

Segundo Bourdieu (1989, p.15 apud FREITAS, 1994, p.259) “o poder simbólico, poder subordinado, é uma forma transformada, quer dizer, irreconhecível, transfigurada e legitimidade, das outras formas de poder...”. O autor quando fala isso, expressa que a avaliação traz átona todas as dificuldades, ou até mesmo o que é conhecido pelos alunos em sala de aula.

Freitas (1994) faz uma crítica do processo avaliativo, pois a avaliação não pode ser excludente, ela tem que trazer o aluno a luz do conhecimento, para isso temos mecanismo de avalição adequados para essa formação. Quando pensamos em desempenho, o autor nos mostra dois mecanismos de controle, nos quais, estão relacionados com a disciplina e a outra motivacional.

O autor vai destacar também como superação da contradição, requer uma simples diferença, cuja a finalidade é aprovar ou reprovar um aluno, isso destacando as relações capitalistas, isso porque se o aluno não tiver o conhecimento básico não tem como ele ingressar no mercado de trabalho. Esse processo eliminatório também é característico da sociedade, isso porque a formação do sujeito está expressa na formação do caráter e da construção do homem para o mercado de trabalho.

Segundo Freitas (1994, p.260)

Identificada a verdadeira origem da contradição entre manter ou eliminar certos alunos através da avalição de seu desempenho no interior da escola, nos colocamos frente ao exercício o que podemos fazer nas atuais condições sociais.

Recusamos, de partida, a “tentação social-democrática” deixando de lado a contradição entre capital/trabalho e concentrar-se no trabalho da escola em nome da distribuição do saber historicamente acumulado. Isso só é possível para a socialdemocracia porque, em verdade, ela vive a permanente ilusão do “entendimento entre as classes sociais” ou do “aperfeiçoamento do sistema capitalista” e sua gradual “conversão” ao “socialismo democrático”.

Podemos ver que a avalição em um processo capitalista tem como finalidade a exclusão de pessoas, e que isso tem como embasamento a socialdemocracia que por sinal não é democrática, pois exclui a condição do avaliado, e com isso não leva em consideração o desenvolvimento dentro de sala de aula. O autor vai destacar três possíveis formas de se praticar a avaliação no âmbito escolar, isso em consonância com o contexto social.  

A primeira forma de se avaliar é: a forma é o juízo do professor para com o aluno, isso é, a forma que o aluno se comporta em sala em meio a atividades propostas, se o aluno é uma pessoa participativa, e com isso o professor analisa esse comportamento e conceitua o aluno com uma determinada nota. Freitas (1994) cita Ludke e Mediano (1992) que afirmam, que o processo avaliativo formal não tem tanta relevância neste momento, pois o que deve se levar em consideração é a forma que o aluno conceitua o seu ensinamento.

 É importante destacar nesta primeira forma de avaliar, que o professor deve eliminar a subjetividade contida em si, e que ele deve olhar com um olhar bem mais amplo, buscando evidenciar a forma que a escola avalia o aluno. Entretanto a forma que a escola evidencia se o aluno está aprendendo ou não, é de uma forma mais formal, e que para o professor não tem tanta validade, se ele no casso entender que o processo deve ficar mais evidente que o resultado.

Quando a escola proporciona uma avaliação externa, ela está desqualificando a forma que o professor avalia seus alunos, que por sua vez tem grandes prejuízo por conta dessa desqualificação, isso segundo Freitas (1994, p. 262 grifo do autor) é “exatamente porque aumenta a “governabilidade” do Estado, diminui a do professor”.

Um destaque a ser feito que o autor coloca muito bem, é que devemos avaliar nossos alunos com objetivos gerais da escola, dando a ênfase o projeto-político-pedagógico da escola, pois é ele que norteia o aluno que aquela escola quer formar.

A segunda forma de se avaliar é: desconstrução do processo excludente de avaliação, com isso o autor destaca que isso implica em um ensino de qualidade para todos, eliminado assim a hierarquia de qualidade. É necessário que o professor compreenda que irá lidar com vários tipos de alunos, com que Freitas (1994, p.263) chama de “simples diferença” que não conduz ao aluno uma exclusão social.

Freitas (1994) afirma que é necessário que os professores se reinventem nas formas de avaliar, tanto dentro de sala quando na escola como um todo. O processo avaliativo por sua vez não deve ser excludente, pois o que deve ser levado em consideração é o objetivo do professor com tal conteúdo, dessa forma o aluno que passa por um processo avaliativo tem que atingir a compreensão do conteúdo ensinado, e não o domínio dele como um todo.

A avaliação deve ser um processo que por sua vez deve contar com uma parceria entre professor e aluno, dessa forma a avalição irá contribuir ainda mais para a formação do professor e do aluno, o processo avaliativo é por sua uma superação da compreensão do aluno. É de fundamental importância que o professor demonstre o objetivo da aula, para que assim sendo o aluno corresponda a sua expectativa. Para isso Freitas (1994, p.264) irá afirmar,

Os objetivos devem ser apresentar a todos os alunos como objetivo a serem atingidos o que só será possível se sua fixação e implementação não for feita em função das possibilidades e interesses de determinada classe social. O “aluno médio” encarna o objetivo de classes sociais favorecidas. Não necessariamente pelo conteúdo em si, mas pela forma como estes conteúdos são organizados e trabalhados ao logo do sistema de ensino. As relações entre os objetivos e a avalição são claras: os objetivos apontam o estado final e este estado final está em contradição com o estado real do aluno, o que deve criar motivação, gerar movimento. A avaliação é um instrumento desta superação.

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