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LIVRO- CICLOS, SERIAÇÃO E AVALIAÇÃO:CONFRONTOS DE LÓGICAS - AUTOR LUIZ CARLOS DE FREITAS

Por:   •  9/5/2016  •  Resenha  •  1.828 Palavras (8 Páginas)  •  1.036 Visualizações

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LIVRO- CICLOS, SERIAÇÃO E AVALIAÇÃO:CONFRONTOS DE LÓGICAS - AUTOR LUIZ 
CARLOS DE FREITAS 

RESUMO 



Autor-  discute as experiências que procuram reordenar os tempos da  escola revelando os limites, possibilidades e impasses destas políticas: 

1-Prefeitura Municipal de Belo Horizonte(1994):proposta global de redefinição de tempos e espaços da escola. 
2-Estado de São Paulo (progressão continuada-1998):proposta instrumental, se destina a viabilizar o fluxo de alunos e tentar melhorar a aprendizagem com medidas de apoio (reforço, recuperação etc). 

 Para o Autor- as duas formulações apresentam problemas. 
       - ciclo- apenas experiências em Belo Horizonte. 
       - em S.P. progressão continuada, não é uma proposta ciclada.

TEMÁTICA DOS CICLOS E PROGRESSÃO CONTINUADA: COMO SE ORGANIZAM OS 
TEMPOS E OS ESPAÇOS NA ESCOLA? 

A escola é uma construção histórica: 
-tomou ¨forma¨ ao longo do processo histórico que vai conformando seus tempos e o uso de seus espaços. 
- o espaço mais famoso: sala de aula 
-o tempo mais conhecido: seriação das atividades e dos anos escolares. 


 A CONSTRUÇÃO DA ESCOLA OBEDECE A CERTAS FINALIDADES SOCIAIS E 
INCORPORA DETERMINADAS FUNÇÕES SOCIAIS, PORTANTO, NÃO É UM LOCAL 
NEUTRO. 

-FUNÇÃO DA ESCOLA EM NOSSA SOCIEDADE: ¨ensino de qualidade para todos 
os estudantes. 
-os que olham para a eficácia da escola na perspectiva ingênua da  equidade valorizam fatores intrínsecos à escola: recursos pedagógicos, tamanho da escola, estilo de gestão, treinamento do professor etc., apesar das influências do nível socioeconômico sobre o qual, dizem nada se pode fazer. 
-os socialistas atacam o problema por ângulo diferente :a necessidade da eliminação dos desníveis socioeconômicos e distribuição do capital cultural e social. 

COMO PODEM TODOS APRENDER TUDO? 
j.Carrol, Bloom, Hastings e Madaus, há  mais de 30 anos, denunciaram a lógica  perversa dos tempos/ espaços da escola - para todos  aprenderem, seria preciso diversificar o tempo da aprendizagem e  possibilitar ao aluno ajuda diferenciada. 
-antecedentes da concepção de progressão continuada: reorganizar a escola juntando séries, retirar da avaliação o poder de reter o aluno intraséries e introduzir inovações pedagógicas como forma de compensar os efeitos da diferenças socioeconômicas. 
-o afastamento da vida real levou aos processos de aprendizagem propedêuticos e artificiais para facilitar a aceleração dos tempos de preparação dos alunos. 
-ensinar de uma maneira tradicional-verbal e por  série é mais rápido do que por métodos ativos. 
-o conhecimento foi partido em disciplinas, distribuídos por anos e os anos subdivididos  em partes menores que servem para controlar a velocidade de aprendizagem do conhecimento. 
-convencionou-se que certa quantidade de conhecimento devia ser dominada pelos alunos dentro de um determinado tempo. 
-processos de verificações pontuais indicam se houve ou não domínio do conhecimento. Quem domina avança e quem não domina não aprende repete o ano, ou sai da escola. 


INTRODUÇÃO DE MECANISMOS ARTIFICIAIS DE AVALIAÇÃO PORQUE A VIDA E OS 
¨MOTIVADORES NATURAIS¨ PARA APRENDIZAGEM FICARAM FORA DA ESCOLA 

-avaliação assume a forma de ¨mercadoria¨ com características da sociedade capitalista :valor de uso e valor de troca. 
-¨aprender para trocar por nota¨:a troca pela nota assume o lugar da importância do próprio conhecimento como construção pessoal e poder de  interferência no mundo. 
-alunos indagam para que serve o que estão aprendendo. Isso acontece porque a escola é vista como preparação para a vida, e não como a própria vida. 

A FORMA ESCOLA :NÃO É NEUTRA,EQUALIZADORA,É MODULADA POR FATORES QUE OCORREM FORA DELA E QUE ¨DISPUTAM¨ A  DEFINIÇÃO  DE SEUS ESPAÇOS E 
TEMPOS 

-É preciso revelar os limites que a sociedade impõem à escola para  melhor intervir sobre a escola e não fazer de conta que os limites não existem ou que podemos neutralizar os efeitos socioeconômicos. 
-OS ciclos são positivos ,se entendidos como um longo e necessário processo a resistência de professores ,alunos e pais à lógica excludente e seletiva da escola não é a solução pedagógica para um problema de desempenho do aluno. 
A discussão: os excluídos da escola e os excluídos de dentro. 

O FENÔMENO DA AVALIAÇÃO EM SALA DE AULA TEM TRÊS COMPONENTES: 
1-o aspecto instrucional; lado mais conhecido da avaliação ,pelo qual 
se avalia o domínio de habilidades e conteúdo em provas, chamadas, trabalhos etc. 

2-a avaliação do comportamento do aluno: instrumento de 
controle, permite ao professor exigir do aluno obediência às regras-ele pode aprovar ou reprovar- dado esquecido quando se implantam os ciclos. 
 -na escola artificializada a avaliação faz mais do que avaliar as habilidades e conhecimentos ,cria uma estrutura de poder na qual se apoia o controle do professor. Não é uma boa forma de controle, mas não colocar nada no lugar, impede o exercício do professor no processo 
ensino e aprendizagem, desestabilizando as relações de poder existentes. 

3-a avaliação de valores e atitudes: ocorre cotidianamente e consiste 
em expor o aluno a reprimidas e/ ou  humilhações.  -a utilização de avaliação institucional em articulação com as outra dimensões cria o campo para que exercitem relações sociais de 
dominação e submissão. É o conjunto desses aspectos que nós denominamos ¨avaliação em sala de aula.¨ 

A AVALIAÇÃO OCORRE EM DOIS PLANOS: 

1-plano de avaliação formal: as técnicas/ procedimentos palpáveis de avaliação, como as provas; 

2-plano de avaliação informal: os juízos de valor, invisíveis, mas que influenciam os resultados das avaliações finais, tendo sido construídos por professores/ alunos nas interações diárias. 


A LÓGICA DOS CICLOS 
-os ciclos procuram contrariar a lógica da escola seriada e sua avaliação. Só por isso, já devem ser apoiados. 
-os ciclos não eliminam a avaliação formal ou informal, mas redefinem seu papel e a associam com ações complementares (reforço, recuperação etc). 
-as possibilidades efetivas de sucesso dependem das políticas públicas e concepções de educação que estão na base dos ciclos, as quais por sua vez, são limitadas pela realidade da organização social vigente. 
-o autor parte de uma concepção de ciclos que julga aceitável e incorpora a ela outras exigências que apontam para a superação da lógica da exclusão e dialógica da submissão. 

A FORMAÇÃO NA ATUALIDADE 

 - considerar o que na vida da sociedade tem requisitos para crescer e desenvolver-se no nosso caso, as contradições da própria sociedade capitalista. 
A formação do aluno deve prepará-lo para entender seu tempo e engaja- lo na resolução das contradições  ,de forma que a superação signifique avanço para as classes menos privilegiadas e acúmulo gradual para superação do capitalismo. 
-a contradição básica a ser superada é a que faz  dos homens os próprios exploradores dos homens. 
-ciclos devem planejar suas vivências sociais com forte vínculo com a realidade social e ligação com esta atualidade,  não apenas como vivências associadas aos interesses de uma certa faixa etária de desenvolvimento da criança. 

B-AUTO-ORGANIZAÇÃO DE ESTUDANTE

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