EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ÂMBITO ESCOLAR BRASILEIRO

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[pic 13]Teotônio Vilela

         

2015

RESUMO

O presente resumo elucida o contexto histórico-sociológico, da educação especial no âmbito escolar brasileiro. É apresentada uma análise no tocante aos paradigmas educacionais que permearam a historicidade da Educação Especial Brasileira. O modelo Médico, com sua ênfase em terapia e pouco investimento na atividade acadêmica, é seguido, nos anos 70 pelo paradigma Educacional, de base comportamental, ainda numa proposta de Educação Especial segregada do ensino regular. A filosofia da Integração, na década de 80 privilegia o construtivismo e o sociointeracionismo com novo olhar sobre a ótica das possibilidades de construção de conhecimento de alunos com deficiência, bem como o enfoque psicossocial que investiga os processos de interação social, marginalização e estigma das pessoas com deficiências. A partir da década de 90 a luta pela ampliação do acesso e da qualidade culminou com a proposta de Educação Inclusiva, hoje amparada e fomentada pela legislação em vigor, e determinante das políticas públicas educacionais e nível federal, estadual e municipal (FERREIRA & GLAT, 2003).

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO        3

2. DESENVOLVIMENTO        4

2.1 A Função Social Da Escola        4

2.2 A Função Da Escola No Prisma Da Inclusão        4

3. A EDUCAÇÃO ESPECIAL SOBRE OS MOLDES DA EXCLUSÃO        5

4. MUDANÇAS OCORRIDAS NO CONCEITO DA ESCOLA/ ESCOLA INCLUSIVA        6

CONSIDERAÇÕES FINAIS        7

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        8

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1. INTRODUÇÃO

No curso da história percebe-se que a educação brasileira teve em si o desafio de propiciar acessibilidade e a permanência dos alunos com necessidades educacionais especiais na escola regular. Isso porque, outrora se baseava no entendimento retrogrado e na falta de sensibilidade que execrava o direito a escolaridade aos indivíduos que não degustavam significativamente de situações tradicionais de educação, por limitações ou peculiaridades de natureza distinta. Contudo, é preciso ressaltar que houve uma melhoria promissora em relação à metodologia e a percepção da necessidade peremptória de uma educação especial voltada para o aluno portador de condições especiais.

De outro modo, segundo Mazzotta (2005), a história da educação mostra que a forma como eram vistas as pessoas com deficiência, até o século XVIII, o respeito à deficiência era unicamente aliadas ao misticismo o ocultismo, não havia base científica para o desenvolvimento de noções realísticas e nem o conceito de diferenças individuais era compreendido ou avaliado. Levando em consideração que as coisas e situações desconhecidas causam temor, as pessoas com deficiência acabavam sendo marginalizadas ou ignoradas, isso ocorria pela falta de conhecimento das pessoas a respeito das deficiências.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA

A escola é a instituição responsável pela travessia da vida particular e familiar para o domínio público, tendo assim função social reguladora e formativa para os alunos. Desde o início do capitalismo a escola aparece como uma instituição para ajudar a manter o sistema dos dominantes (burguesia) X os dominados (proletariados), desde então, a escola se tornou o maior aparelho ideológico do Estado, uma vez que, o Estado representa a camada privilegiada da sociedade, mesmo sendo a minoria. Sobretudo, a Escola tem a tarefa de ensinar os alunos a compartilhar o saber, os sentidos diferentes das coisas, as emoções, a discutir, a trocar pontos de vista. É na Escola que desenvolvemos o espírito crítico, a observação e o reconhecimento do outro em todas as suas dimensões.

2.2 A FUNÇÃO DA ESCOLA NO PRISMA DA INCLUSÃO

Ao pensarmos o ideal de escola, passamos a percebê-la como lugar que priorize o potencial, a criatividade e a cultura de cada aluno e ao incorporar estes valores será concebida como flexível aberta às inovações, e ajustável às mudanças, dessa forma, nos reportamos aos pressupostos legais, que são os paradigmas para uma escola voltada para todos. Para se criar estas condições é fundamental a compreensão da realidade social da comunidade, criando espaços voltados para a família, ações que caracterizam o compromisso de toda a equipe com a diversidade. E acima de tudo, a Escola tem a tarefa de ensinar os alunos a compartilhar o saber, os sentidos diferentes das coisas, as emoções, a discutir, a trocar pontos de vista. É na Escola que desenvolvemos o espírito crítico, a observação e o reconhecimento do outro em todas as suas dimensões. A inclusão significa movimento de transformação do sistema educacional, de forma a organizar os recursos necessários para alcançar os objetivos e as metas para uma educação igualitária e de qualidade para todos.

3. A EDUCAÇÃO ESPECIAL SOBRE OS MOLDES DA EXCLUSÃO

A Educação Especial sobre as rédeas da exclusão funcionava como serviço paralelo, com métodos ainda de fortes ênfases clínicas e currículos próprios.  As classes especiais implantadas em nas décadas de 70 e 80 serviam mais como espaços de segregação para aqueles que não se enquadravam no sistema regular de ensino, do que uma possibilidade para um ingresso na rede pública de alunos com deficiências, cuja maioria ainda continuava em instituições privadas (BUENO, 1993; FERNANDES, 1999).