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ELEMENTOS TEXTUAIS

Por:   •  12/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  14.452 Palavras (58 Páginas)  •  348 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

   

De acordo com Projeções populacionais do IBGE, dos anos 2000 a 2050 estima-se que a população brasileira de idosos ampliará sua importância relativa de 5,4% para 18,4%, e que a pirâmide etária estará em processo de estreitamento de sua base, caracterizando envelhecimento da população. 

Esse avanço da idade, além de gerar muitas mudanças emocionais, sociais, culturais e econômicas, gera alterações fisiológicas importantes induzindo perda de capacidades funcionais básicas estando relacionadas principalmente com declínios de  aptidão física relacionada à saúde, fazendo com que fique debilitado e tenha uma menor eficiência de seu aparelho locomotor (PENHA et al., (2012).

Dentre as principais mudanças do organismo do ser humano com o processo de envelhecimento está o declínio de massa muscular provocando, consequentemente a perca de força e desempenho físico-funcional, dificultando a realização de atividades simples da vida diária, como varrer, subir e descer degraus, tomar banho sozinho e vestir-se, afetando negativamente a qualidade de vida do idoso (CESAR et al., 2004; PENHA et al., 2012) .

De acordo com Alcantara et al., (2015) a inatividade ou diminuição da atividade física é um fator que tem sido relatada como possível fator determinante de prejuízos cruciais para a qualidade de vida na velhice. A atividade física é colocada como um dos componentes mais importantes para uma boa qualidade de vida e bem estar pessoal, assim o envelhecimento combinado à prática de atividade física é um grande triunfo nessa fase da vida a qual chamamos de terceira idade ou mesmo melhor idade.  

Outro fator de alteração no organismo do idoso acarretado pelo processo de envelhecimento é a flexibilidade, a máxima amplitude passiva de um determinado movimento articular. Ela é de suma importância para realização de movimentos simples e complexos, desempenho desportivo, manutenção da saúde e preservação da qualidade de vida com isso é considerada um dos componentes da aptidão e desempenho físico, ela pode variar para cada indivíduo, idade, gênero, raça e padrão de atividade física regular (FIDELIS et al., 2013).

Pode-se citar também o excesso de gordura na região abdominal que está associado a inúmeros fatores de risco de predisposição ao aparecimento e ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, e sua avaliação antropométrica periódica pode refletir indiretamente na qualidade de vida do idoso (MOREIRA, 2009).

Para o monitoramento desses fatores de risco das doenças crônicas, a Organização Mundial de Saúde (2010) indica o uso da antropometria, sendo de grande importância a circunferência abdominal considerada aumentada quando o valor em centímetros for maior ou igual a 80 para as mulheres, e maior ou igual a 94 para os homens. Considera-se muito aumentada quando o valor for maior ou igual a 88 para as mulheres e maior ou igual a 102 para os homens.

É praticamente consenso entre os profissionais da área da saúde, e pela população em geral para Reeves et al., (2006), o exercício físico como um dos principais fatores para manutenção da saúde e eficiência no retardamento do  processo de envelhecimento.

Assim, a atividade física regular e sistematizada ou exercícios físicos regulares são capazes de minimizar os danos decorrentes do envelhecimento, como a redução na massa muscular, colaborando para a manutenção da capacidade física e autonomias do idoso, assim, são possíveis observar um maior número de programas de exercícios físicos voltados aos idosos (SILVA et al., 2012).

Ao contrário do que se pensava anteriormente, uma alternativa bastante efetiva para a prevenção nos declínios que estão associados ao processo de envelhecimento gerando um aumento na força e resistência muscular é a realização de um programa de exercícios físicos que envolvam treinamento de força (PARRA et al., 2009).

O treinamento de força por sua vez, poderá ser desenvolvido através de várias atividades sendo o mais comum, e recomendado como mais eficaz para melhora da autonomia funcional é o treinamento com pesos ou musculação, como é mais popularmente conhecido segundo Manzini et al., (2010). Sua utilização em programas de atividades físicas bem estruturadas tem como benefícios a preservação da saúde, melhora da aptidão física e recurso para tratamento de patologias (QUEIROZ e MUNARO, 2012). 

Do ponto de vista funcional, desenvolvem importantes qualidades de aptidão, constituindo uma das mais completas formas de preparação física. Outra característica marcante dos exercícios com pesos é a facilidade com que podem ser adaptados à condição física individual, possibilitando até mesmo o treinamento de pessoas extremamente debilitadas. Por não apresentar movimentos rápidos e grandes desacelerações, a apresenta também baixos riscos de lesões traumáticas (COELHO et al., 2013). 

Assim, o presente estudo tem como objetivo verificar os níveis de atividade física, circunferência abdominal, força e flexibilidade entre idosas praticantes e não praticantes de musculação.

             

     

2. REFERENCIAL TEÓRICO

  1. CARACTERIZAÇÃO DO IDOSO

           Segundo a Organização Mundial da Saúde (2010), idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais. Todavia, para efeito de formulação de políticas públicas, esse limite mínimo pode variar segundo as condições de cada país. A própria OMS reconhece que, qualquer que seja o limite mínimo adotado, é importante considerar que a idade cronológica não é um marcador preciso para as alterações que acompanham o envelhecimento, podendo haver grandes variações quanto a condições de saúde, nível de participação na sociedade e nível de independência entre as pessoas idosas, em diferentes contextos.        

De acordo com o estatuto do idoso, em vigor desde 2004, no Brasil, pessoas idosas são aquelas com 60 anos ou mais. Mas para possuir direitos adquiridos, como filas especiais ou gratuidade em ônibus, a média dos países desenvolvidos é de 65 anos.

O “ser idoso” depende de vários aspectos que ultrapassam os limites da cronologia, o padrão de idade de 60 anos é estabelecido pelas Nações Unidas para descrever “pessoas mais velhas”. Esta quantidade de anos pode parecer pouca no mundo desenvolvido e nos países em desenvolvimento, onde houve grande aumento na expectativa de vida (FARINATTI, 2008).

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