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Fichamento desinvestimento pedagogico

Por:   •  6/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.643 Palavras (7 Páginas)  •  369 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ [pic 1]

Curso de Licenciatura em Educação Física

Disciplina: Pedagogias da Educação Física - BE098

Docente: Maria Regina                                                                    

LEONARDO FONSECA

Tema:    “As práticas de desinvestimento pedagógico na Educação Física escolar”

Referências: Movimento, Porto Alegre, v. 16, n. 02, p. 129-147, abril/junho de 2010.

        O capitulo se inicia com uma introdução que trata da ideia de como o professor trabalha em sala de aula, cruzando informações com os elementos da cultura escolar em que os docentes investigados estavam inseridos, para a pesquisa fora utilizada a metodologia da história de vida e o estudo de caso etnográfico. Estas visitas aconteceram duas vezes por semana e o trabalho todo teve duração de oito meses, as entrevistas e observações foram anotadas em diário de campo e em forma de áudio (transcritas posteriormente), o texto se divide por títulos subtítulos e traz elementos conceituais e perspectivas de análise produzidas a partir da discussão de um dos casos estudados (professor José).

        O DESINVESTIMENTO PEDAGÓGICO: ENTRE A AULA E O NÃO AULA

       “De acordo com Huberman (1995) o professor atravessa uma fase de desinvestimento, presente nos períodos finais da carreira docente, na qual o trabalho perde centralidade em sua vida” (p.131,132)

       “O professor que os autores têm denominado em estado de desinvestimento pedagógico é aquele cuja prática recebe denominações como rola bola e/ou como pedagogia da sombra. Geralmente, ele se encontra em estados nos quais não apresenta grandes pretensões com suas práticas; talvez a pretensão maior seja a de ocupar seus alunos com alguma atividade. ” (p.133)

       “González e Fensterseifer (2006, p. 739-740), definem aula como: a) um fenômeno vivo; b) dotada de intencionalidade; c) as aprendizagens e/ou desenvolvimentos procurados são fundamentais para todos os alunos da turma; d) uma aula acontece quando desempenha seu papel no projeto que articula o trabalho no médio e longo prazo; e) uma aula supõe, por parte do professor, um projeto de mediação daquele saber que se pretende que seus alunos construam e/ou da capacidade que pretende que os alunos desenvolvam. “ (p.133)

       Estes trechos deixam bem claro o papel do professor em suas aulas, e o que em muitos casos acontecem na realidade, que é aquele professor que não tem objetivo nenhum em sua aula, muitas vezes por desmotivação pessoal ou profissional, acaba apenas servindo de monitor de uma atividade sem direcionamento algum.

       Concordo em partes com a citação de Huberman (1995) em que o professor em sua faze final de carreira, já não tem mais o trabalho como sua prioridade e centralidade, o que pode vir a acarretar nesse tipo de aula, mas penso também que professores que recente entram no ambiente escolar podem vir a se desmotivar por várias situações seja ele o desrespeito para com o professor, cassaco da rotina, a baixa remuneração e etc..., o que também poderia ser considerado um desinvestimento acarretando nesse processo de “aula e não aula”.

       

       CASO DO PROEFESSOR JOSÉ: ASPECTOS MARCANTES DE SUA PRÁTICA PEDAGÓGICA EM UMA CULTURA ESCOLAR ESPECÍFICA

      “Desde que se formou, atua como professor de EF escolar, o que, em seu entendimento, é bastante desgastante. Atualmente, divide-se entre o trabalho na escola (para ser mais exato, José trabalha em duas escolas: a primeira refere-se à instituição na qual desenvolvemos este estudo; a segunda diz respeito à escola em que faz complementação de carga horária”. (p.134)

      ”De maneira geral, podemos dizer também que, durante o estudo, não nos foi perceptíveis a existência de conflitos relacionais de alargada amplitude entre a equipe pedagógica e os professores da escola ou mesmo entre os próprios docentes, a ponto de causar um clima desfavorável para o trabalho (...), afinal, há, por parte da escola, um descontentamento com o trabalho do professor José). (p.135)

       “Algo que agrava a situação é o fato de o professor de EF trabalhar em três lugares diferentes (duas escolas e um módulo de orientação ao exercício), dificultando, dessa forma, seu envolvimento no planejamento semanal, nas reuniões coletivas, na elaboração do Projeto Político Pedagógico e nas demais atividades que acontecem na escola. A impressão que se tem é de que, para a escola, basta ao professor de EF a assiduidade e a pontualidade, além do cumprimento de atividades burocráticas, por exemplo, o preenchimento das pautas de chamada. “ (p.137)

         ”Observando a sua prática docente atual, podemos afirmar que as aulas de EF de José, na instituição investigada, pouco diferem das atividades livres realizadas pelos alunos nos espaços de recreio ou das aulas vagas. A principal diferença encontra-se no fato de não estarem disponíveis aos alunos materiais que, na maioria das vezes, só podem ser acessados para as aulas de EF.

          A dinâmica de aula é sempre a mesma: os alunos saem das salas e estão livres para realizar a atividade que lhes convier. Muitos escolhem, inclusive, não participar de atividade alguma, passando a aula toda conversando com outros colegas ou realizando tarefas de outras disciplinas (...), O que se nota, portanto, é que, no momento da aula, o professor José comporta-se apenas como um administrador do material didático.

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