TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Filosofia da Educação - O Pensamento Pedagógico

Por:   •  26/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.951 Palavras (8 Páginas)  •  1.596 Visualizações

Página 1 de 8

[pic 1]

Polo Atibaia

Curso Superior Educação Física - Licenciatura

Desafio profissional

Disciplina: Filosofia da Educação - O Pensamento Pedagógico

Tutor:

Atibaia, 25 de setembro de 2015.

Introdução

A escola sofre processos de transformações durante as mudanças no que rege a economia, política e a formação familiar. A história e o contexto sociopolítico cultural determinam o perfil das diretrizes a ser tomada pela escola, a clientela atendida pela mesma e os profissionais que ali exercem sua função pedagógica. Através de pesquisa teórica e prática, o trabalho em questão visa demonstrar a visão do docente frente à escola contemporânea e as perspectivas que o profissional da área de educação na atualidade, tendo como parâmetros de pesquisa o profissional, e as escolas do Estado de São Paulo, o que o docente, Sua história de vida, o que espera da instituição educacional estadual e de si mesmo.        

O conhecimento, educação e a escola:

Historicamente, a escola sofre influência do meio em que está inserida e é orientada para servir à filosofia política-cultural de quem está no poder e interesses econômicos vigentes. A história, no que se refere à educação, sempre esteve na mão de uma pequena porção representativa dos setores humanos – sociais. Primeiro esse conhecimento ficou estagnado na mão do clero que determinava o que se aprendia de acordo com seus interesses e sua visão de mundo, sendo esse conhecimento passado de monge copista para monge copista e o acesso a esse conhecimento ficava centralizado no clero e restrito a monges da idade média na Europa.  Em um passado mais recente, em nosso país, o meio escolar era dominado pelas mulheres, pois isso era determinado por um querer vocacional e também por uma valorização profissional que o magistério exercia nessa época, sendo que a burguesia brasileira, desde os primeiros anos de colonização buscavam na Europa seu aprimoramento educacional até o fim da década de 70, a profissão era muito bem remunerada no Brasil e também dava certo status social. A escola era mais elitizada, não sendo o acesso a ela democratizado, ou seja, a entrada e a permanência nas instituições educacionais eram muito restritas.

A desvalorização da educação e o Estado de São Paulo

No fim da década de 80, houve uma desvalorização do profissional do magistério no Brasil e também no Estado de São Paulo, ainda com o domínio esmagador de mulheres na profissão, porém com uma inversão no nível universitário, onde a quantidade de homens no magistério prevalecia em relação às mulheres. Isso já determinava uma situação social diferente entre homens e mulheres, onde as possibilidades de um melhor ganho, prestígio, condições de trabalho melhores, determinasse o domínio masculino no ensino universitário e de outros setores profissionais que ofereciam melhores remunerações.

A educação no país todo passou por uma mudança, onde para atender às mudanças familiares, sócio econômico, políticas, sociais e o multiculturalismo, deu-se início a uma visão conturbada da democratização do ensino; foi interpretada como uma situação de criar escolas sem a mínima estrutura para o atendimento dos escolares e dos profissionais da rede, que temos como exemplo as chamadas “Escolas de Lata” em São Paulo, também uma inclusão social e física mal feita em todo o país, onde não tínhamos espaço físico e nem profissionais treinados para atender essa nova demanda. Como é dito por uma professora que largou o magistério após ser agredida por um aluno na escola estadual de São Paulo que relata mais um problema de logística e de planejamento, “os ciclos” que foram implantados na rede estadual de muitos estados brasileiros, que tinham o “propósito de respeitar a marcha de aprendizagem de cada aluno”, onde se dizia que o aluno resgataria o conhecimento não adquirido em um novo ano, mostrou-se ser um total fracasso e que criou um sistema de passagem automático. A professora que deu o relato diz:

 Em 1988, quando [o então governador de São Paulo] Orestes Quércia colocou o ciclo básico onde a criança passava da primeira para a segunda série sem saber ler, ele deu o primeiro passo para a desvalorização total do magistério”. G1. Educação. SER (OU NÃO SER) PROFESSOR. Disponível em:

Hoje o magistério não atrai os adolescentes, pois não veem atrativos na profissão, mesmo havendo estímulos para a adesão à licenciatura como FIES (Programa de Financiamento Estudantil), PROUNE (Programa Universidade para Todos), etc. As universidades não conseguem manter os cursos presenciais abertos e novos tipos de acesso ao curso são formados, principalmente os de ensino à distância. Outro indicador preocupante é o aumento dos pedidos de exoneração na área de licenciatura, o que determina uma insatisfação atual que impera nas escolas, pois há alguns anos atrás a efetivação do quadro do magistério era o ápice da carreira e alcançada tal feito, dificilmente havia desistência da carreira. No trabalho de doutorado de FLAVINÊS REBOLO LAPO - PROFESSORES, DESENCANTO COM APROFISSÃO E ABANDONO DO MAGISTÉRIO, traz três tabelas que informam o porquê de 29 professores desistirem da carreira:

Quadro 1 – Distribuição dos professores efetivos por categoria

Rede Estadual de São Paulo (1990-1995)

Professor II

Professor II

Professor III

Efetivos

47.466*

63*

33.370*

Exonerados

2.308

-

3.082

* Número médio ao longo do período.

Quadro 2 – Distribuição dos professores efetivos por região

Rede Estadual de São Paulo (1990-1995)

N. de docente efetivos*

N. de escolas*

N. de DEs

Média de exonerações por DE*

Total de exonerações no período

Interior

46.245

4.378

102

24

2.467

Grande São Paulo

14.260

1.324

22

48

1.073

Capital

19.494

980

21

88

1.850

Total

79.999

6.682

145

5.390

* Números médios ao longo do período, pois o número de escolas e de docentes efetivos às vezes aumentou, outras vezes decresceu de um ano para outro.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (13.9 Kb)   pdf (203.8 Kb)   docx (188.6 Kb)  
Continuar por mais 7 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com