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O PAPEL DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR DIANTE DA EPIDEMIA DA OBESIDADE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Por:   •  28/8/2016  •  Resenha  •  1.117 Palavras (5 Páginas)  •  1.780 Visualizações

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A Organização Mundial de Saúde considera a obesidade como uma epidemia de proporções mundiais. Isso se dá pelo crescente aumento no número de pessoas com essa doença que atinge pessoas de ambas os sexos, raças, classes socioeconômicas e de todas as idades.

Em boa parte das cidades brasileiras o sobrepeso e a obesidade já ultrapassaram a marca de 30% das crianças e adolescentes, como em Recife, alcançando 35% dos escolares avaliados (Balaban, 2001). Leão et al., (2003) citado por Mori et al., (2007) mostra que 15,8% de 387 escolares de Salvador estão com obesidade e existe a predominância significativa nas escolas particulares (30%) em relação as públicas (8.2%).

O aumento da obesidade na população brasileira se deve à melhoria das condições de vida, especialmente pelo maior acesso à alimentação por camadas mais pobres da população e pela redução do gasto diário de energia proporcionado muitas vezes pelos avanços tecnológicos (Carneiro et al., 2000).

Para Foss & Keteyan (2000) e Bray (2002), a obesidade pode ser associada a várias doenças como: diabetes, coronariopatia, distúrbios psicológicos, doença renal, hipertensão, acidente vascular cerebral, males hepáticos, alguns tipos de câncer, perturbações do sono e no humor, doença vesicular e dificuldades biomecânicas. Nas crianças e nos adolescentes a obesidade provoca diversas alterações posturais como a acentuação da lordose, joelhos valgos, pés planos, desgaste das articulações pelo excesso de peso, alterações de pele, como estrias e infecções.

Dado a dominância da obesidade em crianças e adolescentes brasileiros e a prevenção desse distúrbio, a escola é considerada o melhor espaço para intervenção e levantamento de dados, já que, a maioria dessa população é frequente e são influenciados pelos professores de educação física que tem contato mais próximo com os alunos.

A Educação Física Escolar é importantíssima para a prevenção e controle da obesidade porque proporciona a prática regular de atividades físicas além de encorajar a adotar estilos de vida saudáveis. Mas existe uma crise de identidade na área da Educação Física Escolar devido a contextos sócio históricos. Porém é necessário frisar que a EF não pode perder de vista o seu caráter de qualidade de vida (QV) e como disciplina escolar não se pode abandonar a preocupação em incentivar os alunos a adotarem uma vida ativa.

Portanto o objetivo do estudo foi contextualizar o papel da educação física escolar no controle e prevenção da obesidade em crianças e adolescentes devido a suas especificidades com as experiências corporais para que possa se tornar possível ações educativas no combate a essa epidemia.

A obesidade é o acúmulo excessivo de gordura no tecido adiposo, regionalizado ou em todo o corpo, desencadeado por uma série de fatores: ambientais, endócrino-metabólicos e genéticos (Marra & Marques apud Oliveira, 2005). Segundo Pollock, Wilmore & Fox (1993) pode ser classificada em endógena (desenvolvida a partir de fatores genéticos, metabólicos e endócrinos) e exógena (desenvolvido a partir de fatores externos ao organismos como falta de atividade física). 95% dos casos mundiais de obesidade são exógenos. As 3 principais causas para Guedes & Guedes (1998) são: maior consumo de alimentos hiperlipídicos; sedentarismo e aumento das porções de alimentos.

A obesidade aumentou exponencialmente nos últimos anos em países industrializados. Monteiro et al., (1995) relata que o Brasil vive um momento de transição nutricional.

Apesar dos estudos serem realizados nas escolas, feitos pela comunidade cientifica, não há uma utilização desses mesmos dados – ficando restritos as instituições cientificas.

A escola é considerada o meio ideal para a intervenção desse distúrbio porque existe um contato prolongado dos alunos com os professores e estes influenciam seus alunos. A Educação Física escolar é a disciplina que reúne as melhores condições para avaliação do estado nutricional dos alunos e intervir.

Ao comparar dados feitos no Brasil sobre a predomínio da obesidade em 1974/75 feitos pelo Estudo Nacional da Defesa Familiar (ENDEF) com os dados de 1996/97 Pesquisa sobre Padrão de Vida (PPV) mostra o aumento de 8% para 13% em mulheres, de 3% para 7% em homens e de 3% para 15% em crianças. Em 20 anos houve um aumento de 240% da obesidade infanto-juvenil no Brasil (Wang et al., 2002). Esses dados refletem no estilo da vida brasileiro: sedentarismo e má alimentação.

O sedentarismo exerce uma forte influência no desenvolvimento da obesidade e a inatividade física na infância é um fator de risco para a obesidade na vida adulta. Para Balaban et al., (2001), é fundamental que entre os 6 e 9 anos haja uma avaliação entre a atividade física e gordura corporal, já que nesta fase se consolida os hábitos alimentares e de atividade física principalmente no ambiente escolar.

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