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O PROJETO PRATICA BIOQUIMICA

Por:   •  17/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.962 Palavras (8 Páginas)  •  480 Visualizações

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Victor Ramos de oliveira   1159269

Título do Projeto: Doping Genético

Entrega do Projeto: 13ª Semana

Projeto

De

Prática

BATATAIS-SP

2015

Doping Genético

O doping genético é a alteração genética dos atletas para melhora do desempenho nas provas. No doping comum, o atleta ingere substâncias que lhe darão mais velocidade, mais resistência, ou seja, seus resultados serão melhores. No doping genético, o atleta utiliza métodos para alterar e transformar os genes responsáveis pelas habilidades requeridas no esporte. Na prática do esporte, essas habilidades podem ser atribuídas aos músculos. Para melhorar o seu desempenho, o atleta deve ter músculos mais fortes, mais rápidos e principalmente músculos que se recuperem depois de treinamentos. Os possíveis alvos primários do doping genético em humanos são: a eritropoietina (EPO), enzima conversora de angiotensina 1, hormônio do crescimento humano (hGH), fator de crescimento 1 semelhante a insulina (IGF-1), inibidor de genes da miostatina, folistatina, receptor ativado por proliferador peroxissomal (PPARs), fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), endorfinas e encefalinas, leptina, fosfoenolpiruvato carboxiquinase (PEPCK) e actinina alfa-3 (ACTN3) (UNAL; UNAL, 2004; GATZIDOU; GATZIDOU; THEOCHARIS, 2009; AZZAZY, 2010). Diante da diversidade de genes, diferentes técnicas analíticas têm sido sugeridas para a determinação de doping genético. De acordo com a definição de 2004 da World Anti-Doping Agency (WADA), doping genético é o uso não terapêutico de células, genes e elementos gênicos, ou a modulação da expressão gênica, que tenham a capacidade de aumentar o desempenho esportivo(24). Ainda que esteja sendo desenvolvida com o propósito de tratar doenças graves, a terapia gênica, assim como diversas outras intervenções terapêuticas, tem grande potencial de abuso entre atletas saudáveis que queiram melhorar o desempenho. A história tem mostrado que atletas são capazes de ignorar diversos riscos na busca de ultrapassar seus limites competitivos(33). A exemplo de fármacos de efeitos colaterais desconhecidos, é muito provável que atletas submetam-se à terapia gênica para fins de ganho no desempenho competitivo mesmo sabendo que existem riscos conhecidos e que também existem riscos que ainda são desconhecidos(21). Considerando que a terapia gênica está apenas em estágio inicial de desenvolvimento e que, teoricamente, os atletas ainda não fazem uso desse tipo de estratégia ergogênica, pode-se apenas comentar sobre os genes que são candidatos importantes ao uso indevido no meio esportivo. São eles: eritropoetina, bloqueadores da miostatina (folistatina e outros),

Para avaliar os riscos envolvidos com o doping genético, é preciso primeiramente conhecer os riscos da terapia gênica. Sabe-se que uma das principais preocupações da terapia gênica é a utilização de vírus como vetor. Apesar dos rigorosos controles em todas as etapas de preparação dos vírus geneticamente modificados, existe o risco do vírus provocar respostas inflamatórias importantes no paciente, embora esse seja um dos assuntos sobre os quais mais se tem buscado soluções(7-11,29). A chance do gene ser introduzido erroneamente em células germinativas, apesar de muito baixa, deve também ser considerada como um risco inerente ao procedimento. Outro problema relacionado ao vetor viral é a capacidade de mutação e replicação que ele poderia ter(49), especialmente se houver falhas em sua preparação, o que pode ser comum em laboratórios "clandestinos" que se disponham a realizar doping genético(21). Além disso, há também os riscos não relacionados ao vetor, mas aos efeitos do gene inserido, como o aumento da viscosidade sanguínea pela super-expressão de eritropoetina(12), ou o aumento da chance de ocorrer neoplasias pela super-expressão de fatores de crescimento. A falta de controle sobre a expressão do gene inserido pode, de forma semelhante, representar um risco da terapia. Os riscos específicos de cada gene são menos previsíveis do que os riscos gerais inerentes à técnica de transferência genética, especialmente se considerarmos que os testes clínicos serão realizados na maioria das vezes em pessoas doentes com deficiência no gene testado. Logo, não seria possível saber antecipadamente como pessoas saudáveis, como é o caso dos atletas, responderiam ao mesmo tratamento. Apesar disso, o número relatado de problemas decorrentes da terapia gênica é bastante reduzido, e até o momento tudo indica que, se os procedimentos estiverem todos de acordo com os critérios de segurança, a possibilidade de ocorrerem problemas é baixa, indicando que a terapia gênica tem-se mostrado relativamente segura(21). Tem seu lado bom e seu lado ruim, ou seja, negativo e positivo, o positivo é fácil, pois quando o atleta faz o uso do doping genético ele melhora seu desempenho total, tanto na musculatura quando após realizar as provas, a sua recuperação vai ser mais rápida, assim esse atleta que faz o uso do doping genético será melhor do que aqueles que não faz, e o seu lado negativo é que nem tudo são maravilhas ao fazer o uso do doping genético. O doping genético pode ser muito perigoso para a saúde. Há vários casos suspeitos de atletas mortos por problemas cardíacos. No caso do EPO, ao elevar o nível de hemoglobina, a densidade do sangue aumenta e o risco de ataques cardíacos é elevado. Os testes de antidoping genético são ainda muito controversos e complicados. O desenvolvimento de técnicas para coibir o doping genético ainda é muito caro e levam anos de pesquisas. Porém, o COI mostra toda a sua preocupação com a evolução do doping genético. Os fatores que pode influenciar também tem seu lado bom e ruim, pois tem uns que aprovam, já outros que não aprovam por já ter casos de morte ou de sequelas. Os comitês esportivos não aprova, pois sabe que faz risco a saúde, mas também não impede, pois para fazer esse teste em todos atletas fica um custo absurdo, por isso não tem como ver se o atleta faz o uso ou não. Apesar de não eliminar completamente o doping, a possibilidade de detecção e as sanções decorrentes do flagrante no teste antidoping pelo menos inibem o uso de drogas ilícitas pelos atletas. O fato do dopinggenético, a princípio, não ser detectável(27), pode estimular seu uso em larga escala no meio esportivo. Por esse motivo, é muito importante que medidas de prevenção sejam discutidas imediatamente pela comunidade científica e pelos órgãos reguladores do esporte. Programas educacionais envolvendo técnicos, preparadores físicos, atletas e suas famílias, que demonstrem claramente todos os riscos inerentes à utilização indiscriminada da terapia gênica, provavelmente são a forma mais eficaz de evitar o doping genético no futuro próximo.

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