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O Pensamento Pedagógico e Filosofia da Educação

Por:   •  25/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.543 Palavras (7 Páginas)  •  374 Visualizações

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DESAFIO PROFISSIONAL[pic 1]

EDUCAÇÃO FÍSICA

O Pensamento Pedagógico e Filosofia da Educação

INTRODUÇÃO

No trabalho a seguir irá mostrar a história da educação brasileira, entrevistas com professores experientes sobre sua carreira docente e quais as expectativas no começo da carreira e a realidade de quando começaram a lecionar, quais os desafios encontrados no inicio da carreira e como se deu a escolha pela profissão. O trabalho como docente necessita de dedicação, pois exige que o profissional dedique seu tempo para além da sala de aula, já que no seu tempo disponível tem que realizar a preparação de suas aulas, bem como corrigir provas e trabalhos.

Processo histórico da profissionalização docente e importância que se deu com a presença de docentes na educação

 O autor António Nóvoa afirma que os professores e pedagogos são os profissionais mais requisitados pela sociedade, atendendo as necessidades de outras áreas sendo responsáveis pela educação e formação de outros profissionais, porém, são considerados semiprofissionais por não serem valorizados como os outros profissionais. O comportamento, conhecimento e habilidades de um professor deve fazer parte de sua profissionalidade no processo de ensino aprendizagem de seus alunos, mas o caminho da profissionalização docente não tem sido fácil, pois essa profissão exige na atualidade saber para que sirva como foi criada, qual sua importância na sociedade e como tornar-se reconhecida.                                                                            
António Nóvoa (1999) retorna à segunda metade do século XVIII para procurar a origem da discussão sobre a profissionalização do professor. Naquela época discutia-se se o professor deveria ser leigo ou religioso; se deveria pertencer a um corpo docente ou realizar um trabalho isolado e individual; se deveria ser escolhido ou nomeado; quem deveria pagá-lo, a que autoridade deveria estar submetida, etc.
O resultado daquelas discussões fizeram com que os “estados docentes” controlassem a educação com mais rigor. Naquela época não houve mudanças significativas na profissão docente apenas fizeram uma transferência de recrutamento da igreja para autoridades estatais, de professores religiosos para leigos. Com essas mudanças foram geradas dentro das congregações religiosas o perfil do professor que chegou o mais próximo de um sacerdócio.
Para o autor são os três fatores históricos que contribuíram para a consolidação da profissão docente na atualidade: a estatização do ensino, a criação da Escola Normal e a fundação do movimento associativo. A primeira contribuição que ocorre no final do século XVIII provoca uma unificação de todos os grupos de docentes existentes naquela época. Esse foi o momento em que o profissional acaba se ajustando no estado. Então a partir de meados do século XIX o professor torna-se agente cultural, social e econômico.
Com a construção de escolas normais no final do século XIX o professor passa de “velho mestre” e é substituído para “novo professor” de instituição primária, esta construção também contribuiu para a criação da cultura profissional fixando a imagem intermédia dos professores.
Um elemento que vem a contribuir para a consolidação da identidade profissional é o surgimento de um movimento associativo, iniciado em meados do século XIX, em que pela primeira vez, os professores se encontram num objetivo comum, reivindicam por causa própria e se fortalecem a tal ponto, que o início do século XX passa a representar a época áurea dos professores, com função social definida, com prestígio razoável, e, segundo Nóvoa, com o importante poder simbólico do progresso. No Brasil, esse período culmina com o Manifesto dos Pioneiros, em 1932, e a Constituição de 1934.
Com o crescimento da educação ao longo dos anos as transformações nas relações patriarcais e econômicas alteraram a profissão docente. Primeiro este trabalho passou a ser mais compatível com as mulheres por ser um serviço leve de muita paciência e por envolver cuidado ao trabalhar com crianças e segundo, os homens começaram a abandonar o cargo de professor porque começaram achar que o custo no magistério ficou muito alto, já que os salários oferecidos pelo Estado não eram suficientes para sustentar a família. Além disso, os professores perdiam a autonomia em sala de aula, por intervenção do Estado. Assim, os homens foram abandonando o magistério e foram à procura de novos campos de trabalho. Passaram, então, a cargos administrativos, estabelecendo um controle maior sobre a educação, ou seja, sobre as mulheres. Por isso, o magistério ficou diferente. O acesso ao magistério, os salários e o currículo foram racionalizados e padronizados. O jeito feminino para ensinar crianças era ideal nessas escolas. E para disciplinar os mais velhos, era chamado o diretor ou o supervisor.
Seguindo o histórico acima foi possível coletar informações dos depoentes e reconhecer o importante espaço que os docentes ocuparam para o processo de constituição da profissão docente.

Não usarei os nomes reais das docentes a pedido das mesmas.

Professora A, é graduada em Pedagogia, especialista na área de Educação e tem doze anos de experiência no magistério. De acordo com a entrevista sua entrada na carreira do magistério ocorreu por opção determinada claramente pelo desejo da família e pela certeza de que logo arrumaria um emprego. Assim relata a Professora A: “Eu escolhi o magistério porque, na época, filho de pais pobres, o que a gente visava era o magistério, porque era bem mais fácil conseguir trabalho. Então, eu fui pra esse lado a pedido de minha mãe”.
Professora B, ela também é graduada em Pedagogia com especialização na área de educação e leciona numa turma do 1º ano do Ensino Fundamental. O processo que mais determinou a “escolha” dessa professora pelo magistério é uma prova de que a história não é linear, nem predeterminada, mas dialética, ou seja, é atravessada por contradições e mudanças bastante complexas. Na infância, apesar de brincar muito com suas bonecas, o que mais a atraía era brincar de professora, dando aula para os coleguinhas. Ela diz: “o que eu queria mesmo era ensinar os coleguinhas. Eu começava a brincar de mãe e pai com as bonecas. Eu era a mãe, o outro era o papai, os filhinhos e terminava fazendo uma salinha de escolinha”.
Professora C, também graduada em Pedagogia com especialização na área de educação, atua há 17 anos na carreira, atualmente leciona numa turma do 3º ano do Ensino Fundamental. Assim como a primeira também teve influencia da família e por gostar da profissão, diz ela: "Desde menina, eu sempre dizia que seria professora de crianças pequenas, a opção veio do encantamento que tive quando era aluna, com professoras muito boas”.

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