O que é Educação Física

   Ao analisarmos o artigo “O que é Educação Física”, de Vitor Marinho de Oliveira, encontramos vários tópicos importantes a serem debatidos e aprofundados,

“Cabe as escolas de Educação Física canalizar toda essa vocação esportiva para objetivos realmente compatíveis com a missão de um professor.”

“Enquanto processo individual, a Educação Física desenvolve potencialidades humanas.Enquanto fenômeno social, ajuda  homem a estabelecer relações com o grupo a que pertence”.

 Optamos por escolher o seguinte trecho:

“Educação não é sinônimo de aprendizagem, quando despida de valores abonados pelo grupo social. Educação Física é Educação, na medida em que reconhece o homem como arquiteto na construção de si mesmo e de uma sociedade melhor e mais humana. Onde não será necessário levar vantagem em tudo”.

  Na Educação Física vários fatores devem ser analisados e desenvolvidos em conjunto, toda movimentação corporal deve ser trabalhada levando em consideração a formação do individuo como um todo. Mais importante do que praticar um esporte ou buscar fins estéticos, é a educação obtida em prol de um melhor convívio em sociedade. Cabe ao professor o papel de não apenas transmitir o conhecimento, ele deve ser capaz de criar maneiras para que o conhecimento seja construído. Deve transmitir ao aluno o caráter social, expondo a ele o convívio em grupo, introduzindo a praticas e ações de respeito e tolerância em relação a gênero e sexualidade e relações étnicas raciais, além de não realizar cobranças excessivas na parte pratica, mas tentar mostrar a cada aluno o seu potencial, estimulando a superar a si mesmo.

  Deste modo a Educação Física consiste na formação do caráter, não podendo ser vista como simples recreação ou atividade esportiva, mas sim como um poderoso instrumento de formação de uma sociedade melhor e mais justa.

Os novos modelos da Educação Física

  Antigas concepções abordavam a educação física como ciência disciplinadora, tendo como objetivo exclusivo moldar os corpos e de certa maneira a mente da população. Essa abordagem fazia com que a obrigatoriedade diminuísse o gosto e o interesse pela sua prática, e conseqüentemente os seus potenciais resultados positivos.

  Transformações que acarretaram a mudança da obrigatoriedade para o prazer promoveram o aperfeiçoamento da disciplina e da sua visão. Hoje o ensino não está mais baseado apenas no desenvolvimento da apurada técnica, mas sim na visão do aluno como pessoa, não que a técnica tenha sido deixada de lado, mas sim conciliada com ações que promoveram um ensino mais humano e dinâmico.

  O papel do professor de educação física não é mais apenas apresentar os conteúdos, muito menos exigir que os alunos transformem-se em atletas, mas sim introduzir o gosto e o prazer por atividades físicas que melhorem a qualidade de vida e contribuam para a formação psicossocial e psicomotora do aluno, para que se tornem cidadãos melhores.

  Uma das maiores dificuldades do professor para se adaptar a esse novo modelo de ensino, é conseguir utilizar a técnica a seu favor, não se apegando totalmente a ela, mas empregando-a de forma conjunta com outras maneiras de ensinar. Para que esse objetivo seja alcançado é necessário que os cursos de Educação Física reformulem a maneira que preparam seus alunos, futuros professores e educadores, fazendo com que desvios não acorram, como a separação do esporte como uma disciplina diferente da Educação Física, tendo como objetivo apenas alcançar metas técnicas e resultados, o que acaba  gerando uma cultura em que os alunos chamados de “talentos esportivos” passam a ter um tratamento diferenciado,  ocasionando a exclusão de alunos com menores habilidades esportivas.