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Os Benefícios da Prática de Ciclismo para População com Obesidade/Sobrepeso

Por:   •  23/1/2022  •  Dissertação  •  5.207 Palavras (21 Páginas)  •  146 Visualizações

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Os benefícios da Prática de Ciclismo para População com Obesidade/Sobrepeso

MENESTRINO MARTIN, Karina

, Marcel

RESUMO

O ciclismo pode trazer diversos benefícios para a saúde da população com obesidade e sobrepeso, atua de forma positiva no reajuste da composição corporal mas entende-se também que não é fator exclusivo. Sobre os efeitos metabólicos, os estudos demonstram ganhos de potência no consumo máximo de oxigênio, melhorando assim condições cardiorrespiratórias além do aumento de força e resistência muscular. Os efeitos psicológicos, entende-se que a população com obesidade e sobrepeso carece de maior espaço no esporte e que o ciclismo, assim como atividades físicas em geral, pode proporcionar uma maior qualidade de vida mediante a redução do estresse, socialização, disposição e motivação que o esporte pode proporcionar. Conclui-se que esta população pode se beneficiar muito com o esporte e necessita de mais incentivo, principalmente na infância, para se tornarem ativos e aproveitar todas as vantagens que o esporte tem a oferecer. Para esta pesquisa utilizamos as bases de dados google acadêmico, Scielo e Pubmed. Foram realizadas pesquisas tanto em periódicos científicos quanto em livros com abrangência do período de 2000 a 2021, o que garante atualização do tema.

Palavras chave: ciclismo; obesidade; atividade física; controle de peso.

INTRODUÇÃO

Segundo Vasques, Martins, Azevedo (2004) a obesidade e o sobrepeso são fatores de risco para doenças crônicas como diabetes, doenças cardiovasculares e câncer. Por sua caracterização e etiologia multifatorial, é uma condição que tem merecido atenção e estudos de diversas áreas de especialidades.

Trata-se de um problema de saúde pública mundial, responsável por 63% das mortes no mundo todo (OMS, 2016). É possível observar a importância da participação de vários fatores etiológicos genéticos e orgânicos, da falta de atividades físicas, de fatores educacionais e psicológicos. O treinamento do ciclismo pode proporcionar benefícios físicos, psicológicos e sociais. A proposta pode ser uma estratégia importante no tratamento não medicamentoso e com redução do impacto articular para obesos, desempenhando um papel importante na melhoria da qualidade de vida em nossas cidades. Como principal indicativo da obesidade e excesso de massa corporal temos o índice de massa corporal (IMC). É estabelecido pela divisão da massa corporal em quilos pelo quadrado da estatura em metros. Embora o IMC não avalie diretamente a proporção de gordura corporal, estudos corporais realizados em grandes amostras populacionais têm revelado alta correlação entre IMC e a gordura corporal (OLIVEIRA 2005). O objetivo geral deste trabalho é analisar os efeitos da prática de ciclismo na composição corporal e na saúde mental de indivíduos com sobrepeso e/ou obesidade, como também investigar efeitos metabólicos e psicológicos que o esporte pode desencadear.

A PRÁTICA DO CICLISMO E SUAS RELAÇÕES COM A MELHORA DO CONDICIONAMENTO FÍSICO GLOBAL

A prática do ciclismo, além de estar presente no treinamento de atletas, tem sido amplamente divulgada para as pessoas em geral, pois o ciclismo pode ser utilizado como meio de transporte, como atividade de recreação ou lazer e também na área de reabilitação. (GROOT, WELBERGEN, CLIJSEN, CARIJS, CABRI & ANTONIS, 1994)

De acordo com a Federação Gaúcha de Ciclismo (2019) a prática de ciclismo pode proporcionar diversos benefícios ao nosso corpo, como: Redução do estresse, pedalar é um dos melhores antidepressivos. Além disso, incentiva o convívio social, uma ótima forma de relaxar; Melhora o sono, a atividade libera endorfina e serotonina, conhecidos como hormônios do prazer. Estes geram o relaxamento, fator essencial para o sono; Auxilia na perda de peso, o exercício gera uma alta queima calórica, e por ser de baixo impacto é indicado para todos os tipos de pessoas; Aumenta a coordenação motora, andar de bicicleta auxilia a desenvolver o equilíbrio do corpo, trabalhando vários músculos ao mesmo tempo. Ajuda na respiração, o esforço das pedaladas aumenta a frequência cardíaca, melhorando as condições respiratórias, e consequentemente o fôlego e a resistência.

Pedalar é uma forma de exercício simples e divertida, recomendada para todas as idades e pode ser feita em qualquer lugar.

A maioria das atividades físicas apresenta características de força, rapidez e amplitude de movimento. A força, velocidade e resistência são capacidades motoras importantes no desenvolvimento de altos níveis de desempenho (BOMPA, 2001) no ciclismo. A melhora da força é essencial na preparação de quase todos os esportistas. No âmbito esportivo a definição de força é a capacidade do músculo de produzir tensão ou contrair-se (GONZÁLEZ; GOROSTIAGA, 2001).

Pedalar é uma atividade que requer movimentos sincronizados de múltiplas articulações visando gerar propulsão por meio da utilização das forças produzidas, principalmente, por músculos da região lombo pélvica e membros inferiores. Utilizando um ciclossimulador e eletrodos de superfície Jorge & Hull (1986) analisaram a atividade eletromiográfica de oito músculos durante a pedalada: glúteo máximo, reto femoral, vasto medial, vasto lateral, tibial anterior, gastrocnêmio, bíceps femoral cabeça longa e semimembranoso. O padrão de atividade elétrica pode variar de acordo com cadência, carga, altura do selim, altura do canote, posicionamento do pé entre outros. O glúteo máximo e os isquiotibiais contribuem para a extensão do quadril, A atividade do reto femoral, vasto lateral e medial, atuam na flexão do quadril (MELO, DE SOUZA, OLIVEIRA, 2010).

Segundo Passfield e Doust (2000), pedalar em intensidade moderada a alta causa ganho de força, associado a atividade muscular desenvolvida durante a pedalada.

Em outro estudo de Boyd, Hillman & Tuxworth (2000), um claro efeito dose-resposta da atividade física ficou evidente para indivíduos que pedalaram 30 km ou mais por semana. Os voluntários do estudo que fizeram esse percurso semanal tiveram um ganho de força dos membros inferiores com relação diretamente proporcional com a quilometragem percorrida: aumentou, em média, 26% para aqueles que

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