Projeto Integrador Faculdade AGES

RESUMO:

Os acadêmicos do Curso de Educação do Centro Universitário AGES, realizaram entre os dias 12 de agosto e 02 de setembro uma pesquisa de campo em escolas públicas dos estados da Bahia e Sergipe como o objetivo de compreender e entender o atual cenário educacional das escolas públicas, bem como, compreender o contexto social e econômico que a comunidade que pertence estas escolas está inserida. Ao longo da aplicação dos questionários ficou evidente a fragilização da estrutura escolar, sobretudo, os recursos humanos insatisfatórios, como o pessoal de apoio a direção, bem como a concentração das tarefas nas mãos de apenas um único funcionário, realidade está evidenciada nas quatro escolas pesquisadas. Nas duas escolas estaduais pesquisadas ficou evidente uma fragilização referente as áreas de atuação, pois, o professor de Educação Física que leciona na unidade escolar possui formação na área de Linguagem, que, segundo a direção da escola já foi repassado pela Secretária de Educação do Estado da Bahia.

DESCRITORES: Educação Física, Professores, contexto social.

1.        INTRODUÇÃO:

O Projeto Integrador idealizado pela faculdade é uma mecanismo de investigação de campo, onde os alunos da instituição vão a campo em escolas das cidades que residem para colher dados sobre o funcionamento da educação e das escolas, a pesquisa de campo, foi realizada na cidade de Simão Dias no Estado de Sergipe, nas cidades de Cícero Dantas, Coronel João Sá e Jeremoabo no Estado da Bahia, com os dados colhidos é necessário repensar as práticas de ensino, bem como estratégias para modificar a realidade que os alunos estão inseridos.

Mas, para se entender a realidade da educação no Brasil é necessário retorna alguns anos e compreender o fenômeno as causas e razões que levaram ao fracasso escolar, que, surgiu nas últimas décadas do século XX, quando a maioria da população pertencente às classes populares teve acesso à escola. O acesso à escola para todos foi uma reivindicação e conquista dos trabalhadores, cujo direito está garantido em lei, pela Constituição Federal de 1988, reafirmado e regulamentado pela Lei de Diretriz e Bases da Educação (LDB 9394/96) e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990). O fato de estar garantido em lei não significa que efetivamente seja para todos, pois vivenciamos, ainda, elevados índices de evasão e repetência nas escolas públicas brasileiras. Este é o grande desafio a ser superado na atualidade pelo sistema educacional: escola pública de qualidade para todos. Para tanto, faz-se necessário que, além do acesso, também seja garantido a essas crianças sua permanência na escola.

Talvez uma das maiores vantagens, e desvantagens, da Educação Física seja o contato lúdico que possui com o aluno. É uma vantagem porque o aluno, ou a grande maioria, gosta de “jogar”, sem mesmo ter muita noção de como isso pode influenciar em sua vida. Outro fato que leva a este desestimulo é a questão da formação fragilizada dos professores ou lecionar uma disciplina que não possui aptidão, fazendo com que o aluno pense que as aulas de Educação Física são sinônimo de “jogar bola”.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s, 1997) a Educação Física necessita propor uma prática pedagógica democrática, humana e diversificada, ampliando sua visão biológica, incluindo o social, a afetividade do aluno, entre outros. Pensando nisso, o projeto desenvolvido procurou arcar com, se não todas, as propriedades descritas neste documento e em outras leituras acerca da sua prática, propondo um estudo dentro da sua área, aplicando uma metodologia que a maioria desconhece ser possível na Educação Física do ensino fundamental.

As atividades iniciaram com uma visita diagnóstica na escola para conhecer a realidade educacional da escola, onde foram entrevistados professores de Educação Física das escolas pesquisadas. Em uma segunda visita, foram aplicados os questionários aos alunos e direção da escola. Nesse trabalho procurou-se observar a organização do trabalho e a estrutura física, sendo que, algumas unidades fizeram questão de apresentar a forma de realização do trabalho docente em sala de aula e em campo, o processo de planejamento e a avaliação.

2.        METODOLOGIA:

Percebe-se que a educação pública brasileira ao longo dos anos vêm apresentando inúmeras dificuldades, sobretudo, com a infraestrutura inadequada, profissionais docentes que atuam na área não possuem formação acadêmica superior ou com formação incoerente a área em que atua; uma gestão escolar ineficiente, ausência de formação continuada para os professores graduados, sem falar nos baixos salários, aspecto sempre ressaltado quando o assunto é o desempenho dos professores no processo de ensino/aprendizagem.

A presente pesquisa faz parte do Projeto Integrador Do Centro Universitário AGES, localizado na Cidade de Paripiranga na Bahia, que através de visitas de campos, os alunos integrantes do projeto realizam visitas nas escolas do local que reside com a finalidade de obter mais informações sobre o funcionamento da escola, como a mesma está inserida, as dificuldade e avanços alcançados ao longo dos anos, a formação dos professores, dentre outros aspectos, no período de 12 de Agosto há 02 de Setembro. A experiência foi única, pois, possibilitou a observação e acompanhamento de fatos até então desconhecidos por nós, como um maior conhecimento do espaço escolar. As escolas pesquisadas ficam localizadas nas Cidades de Simão Dias no Estado de Sergipe, nas cidades de Cícero Dantas, Coronel João Sá e Jeremoabo no Estado da Bahia. As mesmas atendem alunos do pré I (4 anos de idade) conforme a nova legislação educacional, que obrigou as escolas a aceitarem alunos a partir dos 04 anos de idade, até o ensino médio última etapa da Educação Básica.

Para ter o maior número possível de informações sobre a escola foram aplicados questionários semiestruturados com diretores/coordenadores, professores e alunos, que, com os questionamentos afirmaram seu ponto de vista sobre o funcionamento da escola e das limitações.

A aplicação dos questionários diagnósticos foi necessária para colher as principais dificuldades enfrentadas pela escola e pelos professores, com a finalidade de pensar estratégias para contribuir ou minimizar as dificuldades relatadas pela direção e professores. Oliveira (2009) afirma que o projeto de intervenção deve ter como principal foco a melhoria da qualidade do processo ensino aprendizagem através de mudanças que dinamizem as aulas. É preciso evitar aulas caracterizadas como treinamento em que é evidenciado o caráter de reprodução sem estímulo a criatividade e a criticidade.