Psicologia da Educação Claretiano

Etapa 2

Introdução

O trabalho a seguir visa a apresentar conceitos básicos da teoria de Vygotsky em relação às zonas de desenvolvimento real, proximal e potencial. Para tal, foi feita uma observação de um processo de aprendizagem, através de mediação, que servirá de exemplo para expor os conceitos objetivados.

Observação

Para o presente trabalho, foi observada uma situação de manipulação de números, em que a mãe tentava ensinar o filho, o qual tem seis anos de idade, a aprender a técnica de soma, fato esse que ocorreu na casa da família, durante o fim de semana.

Primeiramente, a mãe disponibilizou sobre a mesa diversos números de borracha, os quais já eram conhecidos pela criança, e fez perguntas a respeito deles, questionando sobre a nomenclatura dos números. Dessa forma, a mãe pegava um número em sua mão e perguntava ao garoto qual número era, como, por exemplo, pegou número 8 e perguntou qual era, o menino respondeu categoricamente “oito”.

Durante esse início de observação, ficou claro que a criança já tinha conhecimento acerca dos números. A partir desse momento, foi-se iniciada a tentativa de ensino da técnica de soma, ela ocorreu da seguinte maneira: a mãe utilizava números menores que o cinco, de modo que o menino conseguisse utilizar os dedos para somá-los. Nesse contexto, um número era apresentado a criança, em seguida, ela era orientada a representar o número com uma das mãos. Posteriormente, era apresentado outro número à criança, que por sua vez deveria representá-lo em sua outra mão. Após essa etapa, a mãe instruía seu filho a somar os dois números que estavam representados em seus dedos, o que facilitava a interpretação do menino.

Esse processo se repetiu várias vezes, de forma que o garoto pudesse automatizar essa técnica de soma ao final do dia. Ele se mostrou muito feliz e animado, ao aprender novas técnicas de lidar com os números, porém, no início, quando errava algumas somas, se mostrava um pouco irritado e frustrado.

Etapa 3

Zona de Desenvolvimento Proximal – Ela está definida entre o nível de desenvolvimento real, o qual é determinado pela capacidade do indivíduo de resolver um problema sozinho, ou seja, sem ajuda, e o nível de desenvolvimento potencial, o qual é determinado através de solução de um problema sob a orientação ou mediação de um terceiro. Esta é a série de informações e habilidades que o indivíduo tem a potencialidade de aprender, mas ainda não concluiu o processo, isto é, são conhecimentos fora de seu alcance atual, mas potencialmente alcançáveis. A Zona de Desenvolvimento Proximal define as funções que ainda não amadureceram, mas que estão em fase de desenvolvimento, uma vez que ainda irão amadurecer. (Conceito elaborado por Vygotsky)

A partir da situação observada, foi possível perceber alguns aspectos da teoria da zona de desenvolvimento proximal e seus afluentes. Primeiramente, a zona de desenvolvimento real fica explícita no contexto, uma vez que pode ser observada a partir do conhecimento prévio da criança em relação aos números, bem como seus nomes e valores representativos. Assim sendo, também se observa a zona de desenvolvimento potencial do menino, a qual é representada pela capacidade objetivada de somar os números previamente conhecidos pela criança.

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