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Relação da Pressão Arterial com o Comportamento Sedentário e Nível de Atividade Física em Pessoas Vivendo com HIV/AIDS.

Por:   •  4/9/2019  •  Projeto de pesquisa  •  2.292 Palavras (10 Páginas)  •  289 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação 

Divisão de Pesquisa

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PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC/CNPq-FA- UEM

1. TÍTULO DO PROJETO: Relação da Pressão Arterial com o Comportamento Sedentário e Nível de Atividade Física em Pessoas Vivendo com HIV/AIDS.

2. INÍCIO:

3. TÉRMINO:

4. EQUIPE EXECUTORA:

a) Nome do Acadêmico: JOREL DE OLIVEIRA SOUZA

b) Nome do Orientador: ADEMAR AVELAR DE ALMEIDA JUNIOR

c) Nome do Coorientador (se houver):

5. ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO

RESUMO

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença causada pela ação do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) nas células TCD4+, provocando maior vulnerabilidade no acometimento de infecções oportunistas e de naturezas neoplásicas. A Terapia Antirretroviral (TARV) se mostra como o melhor método para o tratamento, aumentando a expectativa de vida maior dos pacientes. Evidências indicam que a utilização da TARV está relacionada ao surgimento da hipertensão arterial, que é um dos mais prevalentes e principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares. Sabe-se que um estilo de vida ativo pode contornar os sintomas e efeitos colaterais da doença e de seu tratamento, assim como prevenir a prevalência de doenças secundarias. Em contrapartida a diminuição do nível de atividade física (NAF) causada por inúmeras mudanças no cotidiano das pessoas, contribuiu para um maior comportamento sedentário (CS). O CS também pode ser um importante fator de risco para doenças crônicas, inclusive as doenças cardiovasculares. Deste modo o objetivo do estudo é verificar a correlação do CS e dos NAF com os valores de Pressão Arterial em pessoas vivendo com HIV/AIDS que fazem o uso regular de TARV. A amostra será composta por cerca de 50 indivíduos diagnosticados com HIV e atendidos pelo Centro de Testagem e Aconselhamento do Município de Maringá. O CS será verificado por meio de questionário estruturado, o NAF será avaliado pelo questionário de Baecke validado para pacientes HIV/AIDS e a pressão arterial será medida conforme as recomendações da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Para análise estatística será utilizado teste de correlação adequado aos pressupostos de normalidade e homocedasticidade dos dados e o nível de significância será fixado em 5%.

Palavras-chave: Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Estilo de Vida Sedentário; Pressão Sanguínea.

INTRODUÇÃO

                A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é um estado clinico que se caracteriza por um comprometimento no funcionamento do sistema imunológico do indivíduo em virtude da infecção das células TCD4+ pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017; LIMA et al., 2017). A infecção provoca maior vulnerabilidade no acometimento de infecções oportunistas e de naturezas neoplásicas. (COUTINHO; ODWYER; FROSSARD, 2018). A infecção pelo HIV é um dos grandes problemas de saúde nos dias atuais, em atribuição a sua gravidade e natureza pandêmica, uma vez que não há uma intervenção eficaz que culmine em cura. No entanto, a atual terapia antirretroviral (TARV) se mostra como o melhor método para o tratamento, proporcionando uma sobrevida maior aos pacientes, transformando a doença, antes mortal, em crônica (DERESZ et al., 2018).

Evidencias indicam, em decorrência da utilização da TARV, o surgimento de doenças crônicas como dislipidemias, diabetes mellitus tipo 2 e hipertensão arterial (SALMAZO et al., 2018). A união desses fatores com a situação a longo prazo de inflamação, imune ativação e alteração em fatores de coagulação presentes na síndrome, potencializa o desenvolvimento de doenças cardiovasculares em PVHA (DERESZ et al., 2018). A hipertensão arterial é uma das condições mais prevalentes e considerada fator de risco mundial para as doenças cardiovasculares, mortalidade e morbidade (RAYMUNDO, et al., 2014). Ela é classificada como uma condição médica multifatorial, relacionada a estilo de vida não saudável, alimentação desequilibrada, consumo excessivo de sal, obesidade, comportamento sedentário, tabagismos e etilismo (PESSUTO; CARVALHO, 1998). E se caracteriza pela elevação dos níveis pressóricos, sendo considerados hipertensos indivíduos, a partir de 18 anos de idade, quando sua pressão aferida, apresentar valores ≥ 140 e/ou 90 mmHg. (MALACHIAS 2016; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016).

Diante disto, o centro dos cuidados para as PVHA tem se ampliando para além da própria condição da doença, como infecções referentes a imunodeficiência, passando para distúrbios a longo prazo, acarretados pelo próprio HIV, uso da TARV e o cuidado com o estilo de vida dessas pessoas (DERESZ et al., 2018).

Terapias alternativas, como a prática de exercícios físicos regulares, também estão sendo utilizadas para contornar os sintomas e efeitos colaterais da doença e de seu tratamento assim como prevenir a prevalência de doenças secundarias. (CORDEIRO, et al.2018). A ação protetora de uma vida fisicamente ativa vai avante de somente atenuação e controle dos valores pressóricos do indivíduo, estando também atrelado a diminuição dos fatores de risco cardiovasculares e também a menor mortalidade e morbidades, quando relacionadas indivíduos de menor capacidade física, dessa forma elucidando a orientação deste nas precauções primarias e na intervenção medica da hipertensão arterial. (NOGUEIRA et al., 2012). Por outro lado, a diminuição do Nível de Atividade Física (NAF) causada pela automação e mudanças operacionais no local de trabalho, também a redução do período reservado ao lazer, se tornou mais acentuado desde os anos 70 gerando um maior comportamento sedentário (CS) (OLBRICH et al.,2009).

        O CS pode ser definido como o período despendido em atividades executadas em posições deitadas, reclinadas e sentadas, que não disponham gasto energético com nível de exigência superior, aos valores de repouso (< 1,5 METs). O CS vem sendo destacado por ser um importante fator de risco para doenças do tipo crônico como a diabetes mellitus tipo 2, doenças cardiovasculares, dislipidemias e câncer, e também mortalidades por causas gerais. Esse nível de risco pode ser diminuído porem não anulado pela associação da execução de atividades físicas de moderados a intensos de 60 a 75 minutos diários (JESUS; ROCHA, 2018). Desse modo fica claro a importância de se avaliar como se encontra o CS, assim como o NAF e determinar quais as relações destas variáveis com um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, que é a hipertensão arterial em PVHA.

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