A PATOLOGIA GERAL

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 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 

CAMPUS AMILCAR FERREIRA SOBRAL 

GRADUAÇÃO BACHARELADO EM ENFERMAGEM 

DISCIPLINA: PATOLOGIA GERAL

DOCENTE: BRUNA FURTADO SENA DE QUEIROZ

WÊLMA DE MICHELLE BARBOSA DE SOUSA 

RESUMO DO ARTIGO: RISCOS TOXICOLÓGICOS DOS CORANTES DE TATUAGENS: UMA REVISÃO NARRATIVA

FLORIANO- PI 

2022 

O artigo, Riscos toxicológicos dos corantes de tatuagens: uma revisão narrativa, tem o objetivo de abordar por meio de uma revisão narrativa, os potenciais riscos toxicológicos à saúde humana associados aos corantes para tatuagens. Abordando os riscos toxicológicos à saúde humana associados aos corantes presentes nas tintas para tatuagens, a fim de compreender como a composição destas tintas pode expor os indivíduos a efeitos tóxicos, uma vez que podem conter componentes de relevante toxicidade.

Com a crescente popularidade das tatuagens a técnica se modernizou com os anos, entretanto, ainda é possível apontar riscos vinculados a ela. Há, por exemplo, o perigo de contaminação bacteriana, local ou sistêmica, associada às más práticas de higiene do estabelecimento escolhido para a aplicação, podendo ocasionar a transmissão de agentes etiológicos por meio de material contaminado, e configurando um importante problema de saúde pública. Como a aplicação de uma tatuagem é um procedimento invasivo, as práticas adequadas de biossegurança se fazem essenciais, e almejando condições sanitárias satisfatórias, os profissionais tatuadores precisam ser capazes de reduzir ou eliminar riscos através do controle ambiental e dos procedimentos utilizados em tatuagem. Entretanto, um estudo recente apontou que não é possível garantir a promoção e manutenção da saúde em procedimentos do tipo tatuagem.

Frequentemente, as tintas usadas em tatuagens se tratam de uma mistura de água, compostos orgânicos e álcool isopropílico. Contudo, a composição pode variar a depender do fabricante, podendo ser encontrados: pigmentos inorgânicos, pigmentos orgânicos e aditivos. Os pigmentos inorgânicos empregados contêm metais como cádmio, cromo e mercúrio, que resultam nas cores amarela, verde e vermelha. Enquanto os compostos orgânicos, cada vez mais utilizados nas tatuagens modernas, são substâncias insolúveis em água, apolares ou pouco polares que possuem cores vibrantes, conferidas através de grupamentos chamados cromóforos.

Toxicidade das tintas de tatuagens

A partir dos artigos selecionados, foram identificadas reações alérgicas e/ou de hipersensibilidade atrasada aos pigmentos presentes na composição de tatuagens. Apresentam ainda manifestações infecciosas, locais ou sistêmicas, de origem bacteriana, micótica ou viral. Ademais, também podem exibir complicações neoplásicas que incluem ceratoacantoma, carcinoma, leio miossarcoma e melanoma. Reações adversas causadas por sais de metais inorgânicos em pessoas tatuadas também são bem documentadas na literatura. Os autores concluíram, então, que as partículas de metal derivam das agulhas de tatuagem como resultado de puro estresse mecânico, o que sinaliza que o uso de agulhas contendo níquel e cromo é uma hipótese a ser considerada como fonte de reações alérgicas pós tatuagem.

Fototoxicidade

A capacidade da radiação UV induzir fotoirritação e levar ao aumento da toxicidade do organismo, através da fotodecomposição de pigmentos de tatuagem, é conhecida. Identificou-se em estudos que as tintas mais utilizadas em tatuagens são as vermelhas, azuis, pretas e amarelas, e que elas podem interagir com a pele e provocar reações significativas. O mecanismo responsável pela indução de fotossensibilidade em certos pigmentos, não foi descoberto.

Reação de hipersensibilidade tardia

Piggott KD e Rao PK (2019), publicaram no Journal of the American Medical Association, o relato de caso de um homem branco de 26 anos que se apresentou para avaliação de visão embaçada. Em 2014 ele fez uma tatuagem de tinta preta em seu braço esquerdo e, em 2016, uma segunda tatuagem foi feita em seu braço direito. Em 2018, notou uma elevação na tatuagem do braço esquerdo, seguida de visão reduzida. Passou a ter, então, episódios recorrentes de vermelhidão ocular e inflamação da pele ao redor de ambas as tatuagens.

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