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A Saúde da Mulher

Por:   •  25/4/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.145 Palavras (9 Páginas)  •  102 Visualizações

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  1. Qual a contribuição da Associação de Dirigentes Cristãos para o conceito da Responsabilidade Social?

No Brasil, o surgimento da responsabilidade social não tem um início preciso, existem registros de ações sociais de empresários desde o século XIX, no entanto pode-se indicar a ‘Carta de princípios dos dirigentes cristãos de empresas’ publicada em 1965 pela Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas do Brasil (ADCE Brasil) como um dos marcos iniciais, tendo maior significância pela utilização no documento da expressão responsabilidade social das empresas.

A criação dessa associação esteve aliada ao enfraquecimento do Estado do bem estar social e que em conjunto contribuíram para o reconhecimento da função social das empresas. Na época da criação da ADCE Brasil haviam desníveis econômicos alarmantes e atraso em certas áreas no Brasil sendo que a partir do século XX, as várias crises deram início para a firmação de uma sociedade apta para negócios e com poder social.  Ocorreu então uma mudança de paradigma, em que no primeiro momento a empresa devia se mostrar responsável para os seus acionistas, para outra em que devia ser responsável perante sua comunidade, empregados, natureza, governo, rede de fornecedores, consumidores e compradores, atuais e futuros stakeholders.

Após a carta publicada pela ADCE Brasil, houve uma necessidade do empresariado para assumir suas responsabilidades, onde percebeu-se que a atividade empresarial não deveria absorver o empresário, nem transformar-se em fim em si mesma, pois o dirigente de empresa tem obrigação de participar ativamente e com plena responsabilidade, na vida cívica e política da comunidade. Nessa perspectiva, o quadro abaixo, mostra uma síntese dos acontecimentos que sucedem o surgimento da Responsabilidade Social no Brasil.

  1. Qual o seu entendimento sobre o conceito de Responsabilidade do Social definido por Patrícia Ashley?

Patrícia Ashley defende que o a responsabilidade social não pode ser considerado um movimento homogêneo, uma vez que o entendimento do conceito de responsabilidade social não está suficientemente debatido no Brasil para se chegar a uma definição consensual. Mas, ela apresenta no seu entendimento que as empresas que querem crescer, alcançar a lucratividade e o sucesso, precisam incorporar no seu processo de gestão novas práticas de relacionamento com os diferentes públicos que elas atendem. Assim definindo da seguinte forma: “Responsabilidade social pode ser definida como compromisso que uma organização deve ter para com a sociedade, expresso por meio de atos e atitudes que afetam positivamente, de modo amplo, ou a alguma comunidade, de modo especifico, agindo proativamente e coerentemente no que tange a seu papel especifico na sociedade e sua prestação de contar para com ela. A organização, nesse sentido, assume obrigações de caráter moral, além das estabelecidas em lei, mesmo que não diretamente vinculadas as suas atividades, mas que possam contribuir para o desenvolvimento sustentável  povos”. (Ashley 2000, p. 6 – 7)

  1. Quais as dimensões de Responsabilidade Social abordadas por Carrol (1991)? Qual você considera a mais relevante para melhoria da governança da Sociedade e das Organizações?  

Focando-se no estudo da Responsabilidade Social Empresarial, Archie Carroll propôs um modelo em forma de pirâmide que assenta em quatro estruturas (da base para o topo): Responsabilidade Económica, Responsabilidade Legal, Responsabilidade Ética e, por último, Responsabilidade Filantrópica. Na base da pirâmide tem-se o objetivo primário de uma organização: a geração de lucros. Segundo Carroll (1991), sem este componente não há legitimidade ou segurança. Na responsabilidade legal, a ênfase recai para o cumprimento das leis do mercado e do governo, ou seja, operando sob uma estrutura legal. Quanto à responsabilidade ética, esta vai além da legalidade, consiste no que toda a comunidade percebe como justo, honesto. A junção dos componentes filantrópicos é um trabalho em paralelo aos processos da organização, e citada pelo autor como responsabilidade discricionária. Acredito que não existe uma mais relevante, já que as dimensões são complementares, assim apresentando um resultado positivo para toda sociedade e organizações.

  1. No Brasil, o conceito de responsabilidade social é uma temática considerada recente. Comente, com suas palavras, o que é responsabilidade social e em que contexto ela surgiu no Brasil.

A responsabilidade social é quando empresas, de forma voluntária, adotam posturas, comportamentos e ações que promovam o bem-estar dos seus públicos interno e externo. É uma prática voluntária pois não deve ser confundida exclusivamente por ações compulsórias impostas pelo governo ou por quaisquer incentivos externos (como fiscais, por exemplo). O conceito, nessa visão, envolve o beneficio da coletividade, seja ela relativa ao público interno (funcionários, acionistas, etc) ou atores externos (comunidade, parceiros, meio ambiente, etc.). Sabe-se ao certo que o início da história da responsabilidade social no Brasil, tenha tido registros em ações sociais de empresários desde o século XIX, pode-se também indicar o ano de 1965 como um dos marcos iniciais desse tema. Como contexto havia eminentes desníveis econômicos e o enorme atraso de certas áreas do país decorrentes, em parte, de não ter o setor empresarial tomado consciência plena de suas responsabilidades sociais, diante deste cenário, a ADCE Brasil (Associação de Dirigentes Cristão de Empresas) publica a “Carta de Princípios dos Dirigentes Cristãos de Empresas”. O documento chama o empresariado a entender que a “atividade empresarial não deve absorver o empresário, nem transforma-se em fim em si mesma, pois o dirigente de empresa tem obrigação de participar ativamente e com plena responsabilidade, na vida cívica e política da comunidade”.

  1. Quais são as quatro etapas de implementação da responsabilidade social e suas principais características?

Reconhecimento por parte da alta direção da organização com relação a busca pelo Desenvolvimento Sustentável, atuando de forma socialmente responsável. Neste ponto, é necessário que a cúpula diretiva da organização saia a frente para que as demais áreas e colaboradores da empresa também possam aderir a causa maior da Responsabilidade Social;

  1. Realização de Diagnóstico de Responsabilidade Socioambiental. O Diagnóstico é uma ferramenta que permite a avaliação dos impactos da organização no meio e como estes estão atingindo os stakeholders;
  2. Estabelecimento de Políticas de Responsabilidade Social. Assim, torna-se coerente que as palavras da alta direção não fiquem apenas na lembrança, pois a Política é um instrumento que formaliza as ações e direcionamentos a serem desenvolvidos, além de proporcionar um panorama do que se deseja atingir e que impactos gerar;
  3. Fomento à cultura da Responsabilidade Social internamente. Além da política é necessária sensibilização interna dos motivos pelos quais a organização está buscando ser mais responsável. Além de documentar através da política é necessário comunicar para que todos possam contribuir e conhecer as ações a serem empreendidas pela empresa;
  4. Execução das ações de Responsabilidade Social de forma sistemática. A Responsabilidade Social, vai além da Filantropia (doações), ela requer uma análise mais profunda sobre todos os stakeholders que envolvem a organização para que as ações sejam bem direcionadas. A execução das ações pode atingir desde o público interno (colaboradores), como exemplo, um Programa de Voluntariado Corporativo, até o público externo, como exemplo, ações que envolvem a comunidade do entorno ou clientes;
  5. Por fim, é necessário avaliar os impactos das ações desenvolvidas. Pois não é estratégico desenvolver ações esporadicamente e sem foco, é preciso avaliá-las para conhecer quais os resultados positivos e negativos, a fim de intensificar os positivos e reavaliar as ações de impacto negativo.

De forma geral, estratégia está relacionada a GESTÃO, assim, a Responsabilidade Social é uma forma de gestão, na qual as empresas desenvolvem suas ações pensando além de seus lucros e compromisso social, elas devem refletir sobre como gerar valor para a sociedade, e isso sim, supera as expectativas e pode revolucionar a forma de se fazer negócios.

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