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APLICACÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTE RENAL CRÔNICO

Por:   •  31/10/2015  •  Projeto de pesquisa  •  2.354 Palavras (10 Páginas)  •  859 Visualizações

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CURSO DE ENFERMAGEM

APLICACÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTE RENAL CRÔNICO

Fortaleza - CE

2015

APLICACÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTE RENAL CRÔNICO

Trabalho submetido à disciplina deProjeto Interdisciplinarda faculdade ----, com parte dos requisitos para composição de nota.

Fortaleza - CE

2015

RESUMO

A insuficiência renal crônica é uma síndrome caracterizada pela redução da filtração glomerular incapacitando os rins de excretar os produtos nitrogenados e de manter o equilíbrio hidroelétrico e ácido básico. No Brasil acomete cerca de 518 pacientes por milhão de habitantes. O objetivo desse estudo é identificar as necessidades do cliente, a fim de aplicar assistência de enfermagem em pacientes renal crônico. Para tanto, foi desenvolvido uma pesquisa do tipo descritivo, de abordagem qualitativa com paciente com insuficiência renal crônica. Para entrevista foi utilizado um roteiro padronizado e semi estrutural, sendo que foi realizado no Hospital Venâncio Raimundo de Sousa, localizado em Horizonte- Ce. De acordo com a sistematização de enfermagem (SAE), o paciente apresentou os seguintes diagnósticos: eliminação urinária prejudicada, mobilidade física prejudicada, padrão respiratório ineficaz, e dor aguda. Fazendo-se e necessário traçar um resultado esperado dos diagnósticos e, posteriormente, planejar as intervenções e implementá-las, para então fazer a  avaliação dos cuidados de enfermagem. Assistência do cuidado teve como foco a orientação e educação do paciente, incentivando-o no seu auto cuidado. Observou se que o mesmo teve uma evolução satisfatória de acordo com tempo. O projeto de pesquisa salienta quão importante o trabalho da equipe para recuperação do cliente, com base nos princípios éticos.

INTRODUÇÃO

A DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) emerge hoje como um sério problema de saúde pública em todo mundo, sendo considerada uma “epidemia” de crescimento alarmante. Estima-se que existam mais de 2 milhões de brasileiros portadores de algum grau de disfunção renal. (EGIDIO,João.  2004)

           A insuficiência renal crônica (IRC) é uma síndrome caracterizada pela redução da filtração glomerular abaixo de 60ml/min/1,73m2 com persistência por mais de 3 meses. Esse ponto de corte já caracteriza uma moderada disfunção renal em que a incapacidade dos rins de excretar os produtos nitrogenados como ureia, creatinina e ácido úrico e de manter o equilíbrio hidroelétrico e ácido básico começa a provocar hipertensão arterial, edema, congestão, anemia e desnutrição; e complicações como insuficiência cardíaca, arritmia, hemorragia digestiva, disfunção imunológica, hiperlipidemia etc. (PIETRA; GOMES, 2007)   
          Pode ser estabilizada ou revertida durante sua fase inicial, dependendo da causa. Quando o nível de filtração glomerular cai abaixo de 30ml/min, a evolução para insuficiência renal terminal se torna inevitável. Porém, mesmo nesses níveis de disfunção pode-se reduzir a velocidade de sua progressão e retardar a necessidade de diálise e transplante através das medidas terapêuticas. (PIETRA; GOMES, 2007)

A insuficiência renal crônica pode aparecer e evoluir rapidamente, mas, em geral,inicia e evolui de forma insidiosa, ao longo de meses ou anos.Essa evolução pode ser contínua ou com períodos de aceleração e piora ou com crises de acutização. O diagnóstico dessa doença é baseado mundialmente em três componentes: (1) um componente anatômico ou estrutural (marcadores de dano renal); (2) um componente funcional (baseado na TFG) e (3) um componente temporal. 1 Com base nessa definição, seria portador de DRC qualquer indivíduo que, independente da causa, apresentasse TFG < 60 mL/min./1,73m2 ou a TFG > 60 mL/min./1,73m2 associada a pelo menos um marcador de dano renal parenquimatoso (por exemplo, proteinúria) presente há pelo menos 3 meses. (BASTOS; KIRSZTAJN. 2011)

EPIDEMIOLOGIA

A doença renal crônica constitui hoje em um importante problema médico e de saúde pública. No Brasil, a prevalência de pacientes crônico de diálise mais que dobrou nos últimos oito anos, já que o número de transplantes renais não acompanha esse crescimento. Dados recentes mostram uma taxa de prevalência global de pacientes em terapia renal substitutiva (incluindo os transplantes), de 518 pacientes por milhão de habitantes. Aproximadamente 90% dos pacientes dialítico no Brasil estão em hemodiálise; os demais, em diálise peritoneal contínua. O gasto com o programa de diálise e transplante renal no Brasil situa-se ao redor de 1,4 bilhões de reais ao ano. (EGIDIO, João.  2004)

No Brasil, a pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios –PNAD-,realizada pela Fundação Instituto Brasileiro e Estatística (IBGE),inclui, no respectivo SUPLEMENTO relativo à área da saúde em 1998,questões sobre 12 das doenças crônicas  - entre elas,a doença renal crônica. A mesma edição da PNAD/2008 estimou a prevalência DRC nas Regiões Norte, de 2,8 casos por 100.000 habitantes, e Nordeste, de 3,9 casos por 100.000 habitantes, em contraposição a 10,7/100.000 habitantes na Região Centro-Oeste, 11,7/100.000habitantes na Região Sudeste e 13,3 casos por 100.000 habitantes na Região sul. (EGIDIO,João.  2004)

          A detecção precoce da doença renal e condutas terapêuticas apropriadas para o retardamento de sua progressão pode reduzir o sofrimento dos pacientes e os custos financeiros associados à DRC. Como as duas principais causas de insuficiência renal crônica são a hipertensão arterial e o 
DIABETES mellitus, são os médicos clínicos gerais que trabalham na área de atenção básica à saúde que cuidam destes pacientes. Ao mesmo tempo, os portadores de disfunção renal leve apresentam quase sempre evolução progressiva, insidiosa e assintomática, dificultando o diagnóstico precoce da disfunção renal. Assim, a capacitação, a conscientização e vigilância do médico de cuidados primários à saúde são essenciais para o diagnóstico e encaminhamento precoce ao nefrologista e a instituição de diretrizes apropriadas para retardar a progressão da DRC, prevenir suas complicações, modificar comodidades presentes e preparo adequado a uma terapia de substituição renal.  (EGIDIO, João. 2004)

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