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Artigo sobre dor

Por:   •  24/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.802 Palavras (8 Páginas)  •  523 Visualizações

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CURSO DE ENFERMAGEM

DISCIPLINA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE MENTAL

Profª Denise Coelho

EPIDEMIOLOGIA E PSIQUIATRIA

Epidemiologia- Ramo da ciência destinado a estudar “tudo sobre a população”, do grego – epi= sobre + demos= população.

O objetivo epidemiológico é descrever os agravos que ocorrem com a população, apontar as causas e orientar as indicações dos meios de controle.

A Epidemiologia originou-se quando Jonh Snow (1854) comprovou que a transmissão de cólera acontecia pela água e dejetos contaminados de doentes e portadores e não pela transmissão miasmática, teoria do contagio daquela época.

Atualmente a Epidemiologia abrange um aspecto muito maior. Trata-se de uma disciplina básica da saúde pública voltada para a compreensão do processo saúde-doença no âmbito de populações. Preocupa-se com o desenvolvimento de estratégias para as ações voltadas para a proteção e promoção da saúde da comunidade. Atua no estudo da distribuição da morbidade e mortalidade, determina testes de eficácia e inocuidade de vacinas, testa a toxidade de produtos, desenvolve a vigilância epidemiológica, verifica fatores ambientais e sócio econômicos que integram com as doenças transmissíveis e não transmissíveis, servindo de apoio para a saúde publica, no sentido de facilitar a implementação de medidas profiláticas.

Epidemiologia Psiquiátrica - área básica para a pesquisa em saúde mental.

Objetivo: Estudar a distribuição e os determinantes dos transtornos mentais nas populações.

Estuda os fatores com influência no desenvolvimento, na evolução e no tratamento das doenças psiquiátricas, assim como sua distribuição no espaço e no tempo.

Os estudos indicam os percentuais da população que sofre de algum transtorno. Por exemplo: o percentual de esquizofrênicos.

Fornece um enfoque metodológico para a busca de informações necessárias para o adequado planejamento de cuidados e políticas de saúde.

Assim, a epidemiologia se configura num instrumento valioso para utilização dos enfermeiros quer seja no ensino, nos serviços, nas suas atividades administrativas e nas investigações, pois oferece subsídios indispensáveis para intervenções de enfermagem mais efetivas e conscientes nos desequilíbrios do processo saúde/doença que acometem a população.

Por isso, a epidemiologia é uma indispensável ferramenta de trabalho, cabendo aos profissionais usá-la da melhor forma, conscientes dos seus limites, aperfeiçoando-a no que for possível. (Artigo “A epidemiologia como instrumental na produção de conhecimento em enfermagem” . Sabrina da Silva de Souza;et al )

AMBIENTE TERAPÊUTICO

Marco ideal e dinâmico em que se trabalha com os pacientes.

Espaço de segurança, no qual se proporcionam cuidados e onde não existe uma atmosfera punitiva.

Como deve ser:

  • Um ambiente físico seguro - no qual não existam situações ou objetos que possam provocar dano ao próprio paciente ou a outros.
  • Um estresse ambiental mínimo.
  • Existência de relações pessoais saudáveis e terapêuticas.
  • Pressupõe o estabelecimento de uma relação de confiança entre a equipe terapêutica e o paciente.

Relação terapêutica

        É aquela que estabelece cada membro da equipe terapêutica com o paciente e a sua família e com todo o grupo de pacientes.

ATIVIDADE TERAPÊUTICA GRUPAL

  • Grupos de autoajuda (GAAs)

Sanchez Vidal (1991) propõe uma integração das expressões autoajuda e ajuda mútua: são grupos de autoajuda na medida em que mantêm total autonomia em relação a instituições e profissionais (ou seja, o grupo ajuda a si mesmo); e são grupos de ajuda mútua porque baseiam sua atuação na mutualidade (os participantes ajudam uns aos outros).

Os critérios mais utilizados são os seguintes:

  • Autogestão - os próprios integrantes encarregam-se de todos os procedimentos necessários para a manutenção do grupo;
  • Independência de instituições e profissionais de saúde – os GAAs são leigos e autônomos;
  • Participação voluntária - a frequência ao grupo é totalmente livre;
  • Nenhum interesse financeiro – os GAAs não visam a lucro; sustentam-se com doações espontâneas dos integrantes;
  • Dirigidos para um único problema - os grupos têm um foco: alcoolismo, drogadição, problemas emocionais, compulsão alimentar;
  • Experiências pessoais como principal fonte de ajuda – os GAAs não utilizam conhecimento científico ou literatura especializada; o

        conhecimento partilhado é experiencial.

Terapia Comunitária

Terapia Comunitária é uma metodologia de intervenção nos grupos sociais que objetiva a criação e o fortalecimento de redes sociais solidárias. Alicerça-se no princípio que a comunidade possui seus problemas. mas também desenvolve estratégias para lidar com sua realidade.

A TC é um espaço de acolhimento para as pessoas que favorece a troca de experiências entre elas. Todos têm oportunidade de reconhecer os saberes adquiridos com a experiência de vida e a colaborar com o seu bem estar, autoconhecimento, autoestima e também dos demais participantes do grupo.

Objetivos:

  • Desenvolver atividades de prevenção e inserção social de pessoas que vivem em situação de crise e sofrimento;
  • Promover a integração de pessoas, o resgate da dignidade e da cidadania, contribuindo para a redução de vários tipos de exclusão;
  • Promover encontros interpessoais e intercomunitários, objetivando a revalorização de suas respectivas histórias, a identidade cultural, a restauração da autoestima e da autoconfiança.

Para que a TC aconteça é necessária a presença de um terapeuta comunitário. Ele é responsável pela condução do grupo de acordo com os princípios e a sistemática da TC.

Através da terapia comunitária, a pessoa vivencia pensamentos positivos sobre si e sua relação com os sistemas, revitalizando a capacidade de reação e mobilização das energias vitais em função de uma transformação holística (física, mental, emocional, espiritual e social) em nível pessoal e social.

Grupos operativos

A teoria e técnica de grupos operativos foi desenvolvida por Enrique Pichon-Rivière (1907-1977). O fenômeno disparador da técnica de grupos operativos se deu a partir de um incidente vivido no hospital psiquiátrico De Las Mercês, em Rosario, onde Pichon-Rivière desempenhava atividades clínicas e docentes. Ocorreu uma greve do pessoal de enfermagem desse hospital. Para superar aquela situação crítica, o médico colocou os pacientes menos comprometidos para assistir aos mais comprometidos. Observou que ambos, subgrupos, apresentaram significativas melhoras de seus quadros clínicos. Observou que houve um processo de comunicação entre os pacientes e a ruptura de papéis estereotipados - o de quem é cuidado, para o de quem cuida - elementos referenciais do processo de evolução dos doentes. Intrigado com esse resultado passou a estudar os fenômenos grupais. Elaborou a teoria e técnica de grupos operativos de E. Pichon-Rivière.

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