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Avaliação e Tratamento da Dor na Vítima de Trauma

Por:   •  8/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  8.335 Palavras (34 Páginas)  •  732 Visualizações

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Faculdades Metropolitanas Unidas - UNIFMU

Especialização em Enfermagem em Pronto Socorro

Disciplina: Atendimento ao Trauma

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Avaliação e Tratamento da Dor na Vítima de Trauma

São Paulo

2016

Faculdades Metropolitanas Unidas - UNIFMU

Especialização em Enfermagem em Pronto Socorro

Disciplina: Atendimento ao Trauma

Linaldo G. A. Silva    Ra: 1416180     F: 11 9-6303-1212   email: linogaldino@gmail.com

Avaliação e Tratamento da Dor na Vítima de Trauma

Trabalho apresentado para atender às exigências da disciplina de Atendimento ao trauma, do curso de especialização em Enfermagem em Pronto-Socorro, ministrado pela Profª Gláucia Ferreira.

São Paulo

2016

Estudo Dirigido – Disciplina de Atendimento ao Trauma

Avaliação e Tratamento da Dor na Vítima de Trauma

  1. Definição e fisiopatologia da Dor.

Experiência sensorial e emocional desagradável associada à lesão tissular real ou possível, ou descrita em termos da referida lesão.

Dor nociceptiva (fisiológica): se refere ao funcionamento normal dos sistemas fisiológicos que levam à percepção dos estímulos nocivos (lesão tissular) como sendo dolorosos. Por este motivo, denominada “dor normal”.

Dor neuropática (fisiopatológica): é patológica e resultante do processamento anormal da entrada sensorial pelo sistema nervoso como resultado de lesão nos sistemas nervosos periférico e/ou central.

  1. Consequências fisiológicas da Dor.

A nocepção inclui quatro processos específicos:

Transdução: refere-se aos processos por meio dos quais os estímulos nocivos, tais como incisão cirúrgica ou queimadura, ativam os neurônios aferentes primários denominados nociceptores, que estão localizados por todo o corpo na pele, no tecido subcutâneo e em estruturas viscerais (orgânicas) e somáticas (musculoesqueléticas). Esses neurônios apresentam a capacidade de responder seletivamente aos estímulos nocivos resultantes da lesão tissular originárias de fontes mecânicas (ex. incisão, crescimento tumoral), térmicas (ex. queimadura à quente e à frio), químicas (ex. toxinas, quimioterapia) e infecções.

Transmissão: potencial de ação transmitido ao longo das fibras A-delta e C. As terminações das fibras A-delta detectam a lesão térmica e mecânica, possibilitam a localização relativamente rápida da dor e são responsáveis por um reflexo rápido de retirada do estímulo doloroso. As fibras C desmielinizadas são condutoras de impulsos lentos e respondem a estímulos mecânicos, térmicos e químicos. Produzem dor mal localizada e com freqüência em caráter de queimação. As fibras A-beta são as maiores fibras e respondem ao toque, movimento e vibração, mas normalmente não transmitem dor.

Percepção: resultado da atividade neural associada à transmissão dos estímulos nocivos. Exige a ativação de estruturas cerebrais mais altas para a ocorrência da consciência, de emoções, e impulsos à dor. A fisiologia da percepção continua a ser estudada, mas pode ser direcionada por terapias para a mente e o corpo, como distração e imaginação, que se baseiam na crença de que os processos cerebrais podem influenciar fortemente na percepção da dor.

Modulação: a modulação das informações provocadas em resposta aos estímulos nocivos ocorre a cada nível desde a periferia até o córtex e envolve muitas substâncias neuroquímicas diferentes. Por exemplo, a serotonina e norepinefrina são neurotransmissores inibitórios que são liberados na medula espinal e no tronco encefálico pelas fibras descendentes (eferentes) do sistema modulador.

Efeitos fisiológicos da dor não aliviada:

Endócrino: aumento do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), aumento do cortisol, aumento do hormônio antidiurético (HAD), aumento da epinefrina, aumento da norepinefrina, aumento do hormônio do crescimento (GH), aumento das catecolaminas, aumento da renina, aumento da angiotensina II, aumento da aldosterona, aumento do glucagon, aumento da interlucina I, diminuição da insulina, diminuição da testosterona.

Metabólico: gliconeogênese, glicogenólise hepática, hiperglicemia, intolerância à glicose, resistência à insulina, catabolismo protéico muscular, lipólise.

Cardiovascular: aumento da FC, aumento do esforço cardíaco, aumento da RVP, aumento da RVS, HAS, aumento da resistência vascular coronariana, aumento do consumo de O2 pelo miocárdio, hipercoagulação, TVP.

Respiratório: diminuição do fluxo e volumes, atelectasia, formação de shunt, hipoxemia, diminuição da tosse, retenção de expectoração, infecção.

Geniturinário: diminuição da produção urinária, retenção urinária, sobrecarga de líquido, hipopotassemia.

Gastrintestinal: diminuição da motilidade gástrica e intestinal.

Musculesquelético: espasmo muscular, comprometimento da função muscular, fadiga, imobilidade.

Cognitivo: redução na função cognitiva, confusão mental.

Imune: depressão da resposta imune.

Do desenvolvimento: aumento das respostas comportamentais e fisiológicas à dor, alterações do temperamento, mais somatização, possível alteração do sistema de desenvolvimento da dor, aumento da vulnerabilidade aos distúrbios de estresse, comportamento viciante, estados de ansiedade.

Dor futura: síndromes de dor crônica e debilitante: dor pós mastectomia, dor pós toracotomia, dor fantasma, neuralgia pós herpética.

Qualidade de vida: insônia, ansiedade, medo, desesperança, aumento dos pensamentos suicidas.

  1. Diferença entre analgesia e sedação.

Analgesia é o procedimento que diminui ou interrompe as vias de transmissão nervosa, suprimindo a dor. É um termo coletivo para designar qualquer membro do diversificado grupo de drogas usadas para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticascomo a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol e o demerol.

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