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Ações Específicas, Contempladas na Consulta de Enfermagem

Por:   •  30/8/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.349 Palavras (6 Páginas)  •  109 Visualizações

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A Síndrome Metabólica (SM) tem sido alvo de vários estudos na epidemiologia de doenças como hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo II, resistência a glicose e obesidade. Atualmente a SM é a maior causadora de eventos cardiovasculares entre outras doenças. A obesidade e a resistência à insulina parecem ser causadoras primarias na gênese da síndrome metabólica. (Matos, et al. 2003. Penalva, 2007)

Obesidade é uma das maiores causas da Síndrome Metabólica, pois está ligada a diversos distúrbios fisiológicos, moleculares e bioquímicos, sendo um dos maiores problemas de saúde pública atualmente. Suas causas se dão por maus hábitos de vida (dietas desestruturadas, a falta de atividade física e socioeconômica). A obesidade não está diretamente ligada a SM, mas sim a região onde se concentram os ácidos graxos. Gorduras subcutâneas não estão diretamente ligadas a distúrbios metabólicos, entretanto a gordura visceral é quem está diretamente ligada a doenças metabólicas. Substancia liberada pelo adipócitos, como por exemplo, fator de necrose tumoral (TNF-α), adiponectina e a leptina apresentam as principais causas da resistência da insulina. Pessoas com maior resistência à insulina apresentam maior concentração de gordura abdominal (Filho, et al. 2006). A obesidade está diretamente ligada com alterações hormonais que por sua vez potencializam o aumento de gordura visceral aumentando as chances de desenvolver outras doenças endócrinas, metabólicas e cardiovasculares acarretando na síndrome metabólica. (Matos, et al. 2003)

A leptina hormônio que sinaliza a quantidade de tecido adiposo está diretamente ligada à obesidade, pois sinaliza o eixo hipotalâmico à saciedade. Altas concentrações desse hormônio resultam no caso da obesidade, possivelmente pela atenuação da oxidação de ácidos graxos, a ação da insulina nos hepatócitos, depleção de triglicerídeos nos adipócitos e da ação da insulina em células especificas sendo possível causador da resistência insulina (Matos, et al. 2003). A leptina tem maiores concentrações no sexo feminino, pois as mulheres tem maior concentração de células adipócitos do que homens, isso explica que a leptina está expressa em maior quantidade em gorduras subcutâneas. Ácidos graxos livres na circulação proveniente da

gordura entre as vísceras estão maior associada à resistência insulina. (Filho, et al. 2006)

Podemos considerar para o tratamento da SM, o tratamento medicamentoso e o não medicamentoso. Onde o objetivo primário de tratamento é o não medicamentoso, que se dá por uma boa adequação dietética onde o recomendado é ingerir os macronutrientes da maneira correta onde deve se ingerir carboidratos complexos de bom valor biológico, a recomendação varia de 40% a 65% da quantidade total das calorias ingeridas, as proteínas devem ser consumidas entre 10% a 35% do valor total das calorias e as gorduras de 20% a 35% do valor dietético total, a preferência é de gorduras poli-insaturadas e monoinsaturadas, o controle de sódio também é de extrema importância para controle de pressão arterial. Outro componente excelente para controle e tratamento da SM é a pratica de exercícios físicos, que tem a recomendação de 30 min por sessão de intensidade moderada, sendo cinco vezes semanais. A pratica de exercícios aeróbicos melhora o colesterol (aumento do HDL), os triglicerídeos, a resistência à insulina e a glicose circulante. Mesmo com a mudança dos hábitos de vida diários podemos não ter melhoras imediatas, o tratamento medicamentoso tornam se outra opção (Penalva, 2007). O tratamento medicamentoso contem cinco medicamentos específicos para o tratamento da obesidade a dietilpropiona (anfepramona), femproporex, mazindol, sibutramina e orlistat. Entretanto o tratamento medicamentoso pode trazer efeitos colaterais indesejáveis para o paciente, como por exemplo, cefaleia, boca seca, taquicardia, gastrointestinais, insônia, irritabilidade entre outros. O tratamento medicamentoso também pode ser incluído para terapia de hipertensão arterial, diabetes mellitus II, hiperglicemia e doenças do perfil lipídico. (Brandao et al. 2004)

O tratamento primário da Síndrome Metabólica deve ser no estilo de vida, como a perda de peso e redução da circunferência abdominal através de exercícios físicos e da melhora na dieta diária.

Muitos pacientes têm dificuldade de entendimento de receitas e orientações médicas. Durante a consulta de enfermagem, é possível conceder explicações mais claras ao paciente como é o seu problema e sobre sua

receita, tanto quanto a importância da ingesta correta da medicação. Podemos realizar orientações escritas de modo mais compreensivo e até mesmo desenhos explicativos (para pacientes com maior dificuldade de entendimento ou pessoas analfabetas) sobre as drogas prescritas, tornando a adesão ao tratamento mais prático e compreensível ao paciente para conseguirmos um melhor resultado.

O tabagismo é um dos dez maiores riscos à saúde, com 1 bilhão de homens e 250 milhões de mulheres fumando. Tabaco é uma mistura de cerca de 4.000 substâncias químicas e biológicas que podem interagir com os sistemas bioquímicos humanos, expondo o organismo ao estresse oxidativo. Como resultado, uma abundância de radicais livres produzidos pelo tabaco pode causar estresse oxidativo, principalmente nos sistemas respiratório e circulatório. Os fumantes de cigarro apresentaram colesterol total, IMC e pressão arterial mais elevados. Quando comparados aos não fumantes, as pessoas que fumam mais de 20 maços de cigarros por ano têm maior risco de apresentar níveis elevados de triglicerídeos e baixos níveis de colesterol HDL.

Além disso, a média de triglicerídeos e circunferência da cintura abdominal aumentam. Diante disso, estudos constataram que fumantes apresentam maior risco de desenvolver Síndrome Metabólica. Quando comparados aos não fumantes, encontra-se que o risco de desenvolver Síndrome Metabólica foi 1,9 vezes maior.

No

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