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Direitos sexuais, reprodutivos e a prevenção do câncer cérvico uterino e de mama.

Por:   •  28/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.137 Palavras (9 Páginas)  •  431 Visualizações

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Síntese
Direitos sexuais, reprodutivos e a prevenção do câncer cérvico uterino e de mama.

Nesta síntese retratamos assuntos de grande importância relacionados à saúde da mulher e da sexualidade de um modo geral, destacando o papel do enfermeiro frente a estas situações que envolvem desde a orientação até o tratamento eficaz. Para discutirmos este assunto a linha principal a abordarmos é a consulta ginecológica.

Primeiro vamos começar com a definição dos termos desconhecidos que foram os seguintes: Câncer cérvico uterino, que é um tipo de câncer que ocorre no colo do útero e está estreitamente relacionado com o vírus HPV; DIU, que é um dispositivo intra-uterino feitos de polietileno, com ou sem adição de substâncias metálicas ou hormonais, que exercem efeito anticonceptivo quando colocados dentro da cavidade uterina; Colpocitológico, que é um exame que permite visualizar a vagina e o colo do útero por meio de um aparelho chamado colposcópio. Esse aparelho permite o aumento de 10 a 40 vezes do tamanho normal; Dispareunia, termo médico que significa 'intercurso sexual doloroso'; Cérvix Friável, que é o nome dado ao cérvix mais sensível, mais frágil; Mácula, que é uma lesão elementar da pele caracterizada por uma área delimitada de coloração distinta da pele ao redor, porém sem relevo ou espessamento perceptíveis. Guideline que é um guia que deve ser utilizado durante a avaliação e manuseio dos pacientes com condições clínicas específicas. E por fim o Papanicolau que consiste na coleta de material do colo do útero com uma "colher de raspagem". O exame permite, através da análise microscópica de uma amostragem de células coletadas do colo do útero, detectar células anormais pré-malignas ou cancerosas.

Agora, como vimos nesta SP consulta ginecológica realizada pelo enfermeiro compreende o conjunto de ações e procedimentos voltados à identificação, diagnóstico e tratamento imediato de patologias e é realizada por etapas.
Na primeira etapa temos a anamneses, etapa essa onde o profissional coleta informações a fim de montar um “arquivo pessoal” do cliente, que possa conter dados desde onde pode-se encontra-lo, seus hábitos, até o seu histórico de doenças e o de sua família com o intuito de usar estas informações para conseguir entender melhor o quadro patológico do cliente e até mesmo ajudar a fechar um possível diagnostico.
A segunda etapa importante é uma avaliação física geral do cliente, observando desde a aparência e textura de sua pele, de seus pelos, até estar atento quanto a presença de gânglios enfartados.

Além disto, é importante que o profissional enfatize a importância do cuidado às mamas. O profissional deve realizar uma avaliação clínica das mamas da cliente, atento a mudança de cor, reentrâncias, enrugamentos, elevações, tamanho e formato do seio, secreção no mamilo ou aréola e nódulos. Após esta avaliação inicial, é importante que o profissional ensine a cliente a como realizar o autoexame de mama, orientando-a sobre a forma correta de realizar o toque e a palpação a fim de identificar algum cisto como mostra o esquema a seguir, de autoria do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer:
[pic 1]

É importante lembrar a cliente que a periodicidade do autoexame é mensal, preferencialmente após a menstruação, pois as mamas não apresentam edemas, e lembra-la também da importância da mamografia. A mamografia é um exame de raio-x que serve para visualizar a região interna das mamas, que deve ser realizado em todas as mulheres com idade igual ou superior a 40 anos. Através da análise dos seus resultados, o médico poderá identificar lesões benignas e até mesmo o câncer de mama precocemente, aumentando suas chances de cura.

Após a esta avaliação damos início ao atendimento ginecológico. O consultório deve ter preferencialmente uma antessala, onde se realiza a interação com a cliente, colhe-se a anamnese e, após o exame ginecológico, são feitas orientações, prescrição, agendamento e encaminhamento necessários. Também é importante que o consultório disponha de um banheiro para uso da cliente.

A consulta deve ser realizada com a cliente deitada sobre uma mesa para exames ginecológicos, onde ela será avaliada pelo profissional. É importante que assim como no exame físico geral estejamos atento a aparência exterior da região intima da mulher, prestando atenção a cor, possíveis machucados e também aos pelos pubianos (textura, espessura e distribuição). Após uma avaliação externa de sua genital, o profissional prossegue com o exame avaliando a vagina da mulher. Esta etapa é realizada com o uso do espéculo que geralmente é de material plástico e descartável. O profissional faz uso do espéculo para a avaliação de mulheres que já tiveram início em uma vida sexual. Este instrumento vai ajudar o enfermeiro a ter uma melhor visualização do colo do útero e das paredes vaginais da mulher, onde o mesmo vai avaliar e observar em busca de erupções, corrimentos e inflamações com base nas queixas da cliente. Esta etapa é muito importante e junto dela utilizamos a abordagem sindrômica. A abordagem sindrômica tem o intuito de facilitar a identificação de uma ou mais síndromes para então manejá-las de forma adequada incluindo a doença dentro de síndromes pré-estabelecidas baseadas em sintomas e sinais e instituir tratamento imediato sem aguardar resultados de exames confirmatórios.  Não podemos também deixar de citar a Lei do exercício profissional, Nº 7.498/86, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem, entre elas a garantia de que o enfermeiro está habilitado a realizar a consulta ginecológica.

Tendo isto em mente e o quadro em que a cliente se encontra, o enfermeiro vai buscar dentro destas síndromes a que tem o perfil mais adequado com a qual a cliente apresenta e então realizar um teste que possa confirmar de forma simples este diagnóstico. Dentro da abordagem sindrômica, existem quatro testes dos quais podemos fazer uso para um diagnóstico:  

  • Teste de aminas ou de hidróxido de potássio: O profissional deve colher a secreção vaginal, coloca-la em uma lâmina e pingar 1 gota de hidróxido de potássio a 10%. Se exalar um odor de peixe podre é positivo para gardnerela/ vaginose bacteriana
  • Teste de pH: Com uma fitinha de pH o profissional encosta na parede da vagina ou espalha a secreção na mesma fita e então compara a coloração e o rotulo para avaliar o pH. Sabendo que um pH mais ácido pode levar a candidíase e um mais básico a tricomoniase ou vaginose bacteriana.
  • Teste de shiller: Com uma pinça com gaze + lugol o profissional espalha pela parede da vagina e colo do útero da cliente, seguido pelo mesmo procedimento, mas com o iodo. Se ficar com aparência tigrada é positivo para o HPV. Este é apresentado em forma de lesões com elevações da pele as quais, ao se juntar, formam massas de tamanhos variáveis, tipo verrugas. Aparecem na glande, no prepúcio e o meato uretral no homem, na vulva, o períneo, a vagina e o colo do útero na mulher. Em ambos os sexos pode ocorrer no ânus e reto. As vezes a lesão é pequena, de difícil visualização, ou sem sintomas.

Atualmente, mais de 150 tipos de HPV são reconhecidos, e a importância clínica disso deve-se ao fato de que tipos diferentes têm sítios de infecção distintos, podendo ser, assim, separados em vírus cutâneos e mucosotrópicos.
Mais de 35 tipos de HPV infectam a região anogenital nos seres humanos e podem causar desde as clássicas verrugas genitais ou condilomas até lesões displásicas de baixo e alto grau, dos quais cerca de 20 deles estão associados com câncer de colo uterino. Os tipos de HPV podem ser separados em vírus de baixo, intermediário ou alto risco, de acordo com o tipo de lesão a que estão mais associados. Os HPV dos subtipos 6, 11, 41, 42, 43 e 44 estão geralmente associados a infecções benignas do trato genital, como o condiloma acuminado ou plano, e estão presentes na maioria das infecções clinicamente aparentes causadas pelo vírus.

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