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Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

Por:   •  5/5/2016  •  Seminário  •  2.124 Palavras (9 Páginas)  •  664 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A doença pulmonar obstrutiva crônica ganhou grande destaque nos últimos anos pela saúde pública no mundo, sendo vista como um dos maiores problemas de doença respiratória crônica e que afeta a qualidade de vida das pessoas gerando uma incapacidade física e causando grande impacto sócio econômico.

O estudo realizado tem como objetivo prever um diagnóstico da doença através do histórico do paciente e sintomatologia. A realização de estudos e intervenções relacionados ao diagnóstico da DPOC na atenção primária se faz necessária para a detecção precoce e o melhor controle da doença.

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

DEFINIÇÃO

Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC):

“[...]é uma enfermidade respiratória com manifestações sistêmicas, que se caracteriza por obstrução crônica ao fluxo aéreo que não é totalmente reversível, estando associada a uma resposta inflamatória anormal à inalação de fumaça de cigarro e outras partículas e gases tóxicos.” (Bagatin, 2006).

Doença que pode ser evitada e tratada e apresenta alguns efeitos extrapulmonares importantes que podem contribuir para agravamentos em alguns pacientes. É também caracterizada por um processo inflamatório crônico que pode produzir alterações dos brônquios (bronquite crônica), bronquíolos (bronquiolite obstrutiva) e parenquemia pulmonar (enfisema pulmanar). Sendo que os sintomas podem variar entre os indivíduos acometido da doença. (Jardim, 2009)

A definição de DPOC do ponto de vista clínico é uma condição pulmonar crônica, caracterizada pela presença de tosse produtiva e/ou dispneia aos esforços, sendo progressiva, determinada pela exposição da fumaça do cigarro ou outras substâncias inaladas. Os sintomas da doença inicialmente não são constantes e normalmente são de baixa intensidade, sendo que sua intensificação pode ocorrer em intervalos variáveis, principalmente nos meses frios, caracterizando exacerbações. E com a progressão da doença os sintomas ficam mais intensos e frequentes e as exacerbações mais comuns.

SINTOMAS

Conforme Jardim (2009), o perfil do portador de DPOC é de um indivíduo que apresenta idade superior a 40 anos e tabagista de longa data e que apresenta sintomas respiratórios crônicos. Os sintomas característicos da doença são:

- Tosse: apresenta pela manhã e pode ser ou não produtiva, tornando-se constante com o passar dos anos.

- Dispneia: ao realizar grandes esforços físicos, como subir escada ou andar rápido. Costuma ser progressiva e com o passar do tempo ela pode estar presente aos esforços das atividades do cotidiano, como numa simples troca de roupa até carregar uma sacola.

- Sibilância: Sonoridade aguda e/ou chiada produzida pelas vias respiratórias.

Todos esses os sintomas da doença são leves e não constantes inicialmente. Com a progressão da doença os sintomas ficam intensos e frequentes. Outro sintoma observado pode ser a perda de peso e anorexia que acontece em fase avançada da doença, sendo importante para o prognostico. No entanto, pode ser um sinal de outras doenças – como tuberculose, tumor brônquico –, devendo ser investigados com cautela. (Jardim, 2009)

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da DPOC se baseia em elementos obtidos do histórico do paciente, do exame físico e de exames complementares. Os dados de história e exame físico podem distinguir entre doença compensada (estável) e doença exacerbada (agudizada). No exame físico os sinais mais importantes são aqueles obtidos pela inspeção (tórax hiperinsuflado, tempo expiratório prolongado, respiração com lábios semicerrados, utilização de musculatura acessória do pescoço) e pela ausculta (diminuição dos sons respiratórios, sibilos e raramente estertores crepitantes). Nos casos de suspeita da doença, o paciente deverá ser submetido aos exames complementares como a radiograma de tórax, avaliação da oximetria de pulso e a espirometria, visto na figura 1, (teste que mede a quantidade de ar que uma pessoa é capaz de inspirar ou expirar a cada vez que respira e a velocidade com que o faz) sendo o exame fundamental para um diagnóstico preciso e precoce em pacientes que apresentam sintomas iniciais e leves e que contém um nexo causal como: o tabagismo; e/ou ter trabalhado em locais poluídos por pó ou gazes; e/ou exposto a substâncias tóxicas inaladas, como por fogão a lenha. (Jardim, 2009)

Espirometria. Hospital dia do Pulmão. Disponível em: <http://www.hospitaldopulmao.com.br/site/hp-empresas>. Acessado em: 11 de março de 2016.

Um ponto importante para que seja realizado o exame de espirometria estão nas perguntas realizada ao paciente, como: Você tem 40 anos ou mais? Você é fumante ou ex-fumante? Você tem tosse pela manhã na maioria dos dias? Você tem secreção pela manhã na maioria dos dias? Você se cansa mais do que uma pessoa da sua idade ao caminhar com ela? No caso do paciente responder “sim” em pelo menos três dos questionamentos, o exame de espirometria deve ser realizado. (Jardim, 2009)

TRATAMENTO

O tratamento deve começar com uma mudança do estilo de vida, com aconselhamento ao paciente para a cessação do tabagismo. O uso de medicamentos broncodilatores são utilizados para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente e sendo o mais importante na terapêutica da DPOC, podendo ser usados tanto na doença estável quanto na exacerbada. O uso de antibióticos está indicado nas exacerbações infecciosas da doença que apresentem manifestações como o aumento do volume da expectoração, mudança do aspecto da expectoração para purulento e aumento da intensidade da dispnéia. Os corticoides são utilizados por via inalatória na fase mais grave da doença. E a oxigênio terapia também utilizada em fase grave. (Jardim, 2009)

Tratamento da DPOC na fase estável

O aconselhamento e o apoio para suspensão do tabagismo são considerados parte obrigatória no tratamento, sendo realizada por um profissional da saúde ou por médico o qual deve ter um treinamento para realizar tal aconselhamento. (Jardim, 2009)

Já o tratamento farmacológico na fase estável da doença tende a ser cumulativo com mais medicamentos, sendo necessários à medida que

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