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FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I TOMADA DE POSIÇÃO

Por:   •  15/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.989 Palavras (12 Páginas)  •  352 Visualizações

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ESCOLA SUPEROR DE ENFERMAGEM SÃO JOSÉ DE CLUNY

FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I

FUNCHAL, 2015

ESCOLA SUPEROR DE ENFERMAGEM SÃO JOSÉ DE CLUNY

CURSO DE PÓS LICENCIATURA DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO

FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I

TOMADA DE POSIÇÃO

ORIENTAÇAO DA UNIDADE CURRICULAR:

PROFESSORA DOUTORA BRUNA RAQUEL ORNELAS DE GOUVEIA

ELABORADO POR:

BRUNA SANTOS, 1701

FUNCHAL, 2015

  1. INTRODUÇÃO

No âmbito da Unidade Curricular de Fundamentos de Enfermagem I, inserida no Curso de Pós Licenciatura de Especialização de Enfermagem de Reabilitação, lecionados na Escola Superior de Enfermagem São José de Cluny, no primeiro semestre do ano letivo de 2015/2016, sob a orientação da Professora Doutora Bruna Gouveia, foi proposta a realização de um relatório crítico sobre a moção que passo a citar: “Para definir o papel e o âmbito de intervenção da enfermagem de reabilitação é necessário reforçar a valorização da sua história e da real prática dos cuidados e não apenas os pressupostos teóricos e a legislação em vigor que contribuem para a fraca afirmação da enfermagem de reabilitação no contexto da equipa multidisciplinar de reabilitação”.

Ao longo do tempo verificamos que, nos serviços de saúde, a qualidade dos cuidados é uma preocupação tendencial, sendo a avaliação da satisfação dos utilizadores de cuidados um dos seus indicadores. Na interface entre a qualidade em saúde e a satisfação dos clientes, há que reconhecer o valor dos processos formativos na aquisição de competências dos profissionais, direcionados a uma melhor prática. Deste modo, tendo por base uma visão holística da enfermagem e conforme a posição assumida no debate, decorrido em sala de aula no dia 16 do corrente mês, este relatório debruçar-se-á sobre a tomada de posição: contra a moção.

Trata-se de um trabalho descritivo, baseado numa estrutura de 5 páginas, tendo como objectivo dar resposta às linhas de orientação que se seguem: a visão sobre a história da enfermagem de reabilitação, como surge esta área de especialização na enfermagem, como se enquadra o especialista em enfermagem de reabilitação na carreira, as suas competências e níveis de intervenção e, por fim, o seu papel na equipa multidisciplinar.

A finalidade deste trabalho individual foi fazer com que através do debate, se elaborasse e discutisse as diversas linhas orientadoras de modo a dar a conhecer, de forma enriquecedora, a enfermagem de reabilitação no íntegro.

Para elaboração deste trabalho utilizou-se a técnica de pesquisa bibliográfica através motores de busca do EBSCOhost e nas seguintes bases de dados: Tripdatabase, Scielo Portugal (revista referência) e PubMed. Desta pesquisa, optou-se por utilizar os documentos que abordavam os vários temas subjacente à situação estudada. Desenvolveu-se esforços para que as referências utilizadas fossem atuais e refletissem a evidência da tomada de posição assumida.

  1. ENQUADRAMENTO TEÓRICO

A enfermagem como ciência enfermagem, não se pode afirmar, nem desenvolver-se na sociedade actual, sem um corpo de conhecimentos sistemático e alicerçado. O caminho da profissão, até então, coloca os enfermeiros numa posição privilegiada para responder a alguns dos imensos desafios que as tendências do Sistema de Saúde permitem vislumbrar para amanhã (Vieira, 2007), de entre os quais, clarificar a natureza dos cuidados evidenciando atributos da qualidade dos mesmos.

A Enfermagem, enquanto especialidade de Reabilitação, compreende um corpo de conhecimentos e procedimentos específicos que permite ajudar as pessoas com doenças agudas, crónicas ou com as suas sequelas a maximizar o seu potencial funcional e independência. Os seus objectivos gerais são melhorar a função, promover a independencia e a máxima satisfação da pessoa e, deste modo, preservar a auto-estima (regulamento 125/2011).

Contextualizando numa perspetiva histórica a enfermagem de reabilitação, sintetiza-se o seu percurso cronologicamente. Esta descrição terá como base de pesquisa o documento cedido em sala de aula sobre a história da enfermagem de reabilitação, o REPE, os regulamentos publicados no Diário da República e documentos da Ordem dos Enfermeiros.

O início da caminhada da reabilitação surge nos EUA, em 1947, associada a uma especialidade médica. Em Portugal, a especialidade surge de uma necessidade, verifica-se que não haviam cuidados diferenciados na área de reabilitação, em meados dos anos 50.

Em 1964, é inaugurado o centro de reabilitação de Alcoitão. Um ano depois assinala-se o princípio da formação na área de reabilitação. Em 1967 foi aprovado o plano de estudo elaborado em 1965.

Em 1969 teve início o processo de formação da sociedade portuguesa dos enfermeiros especializados em enfermagem de reabilitação, sendo os estatutos publicados em Diário da República 1978.

A evolução do saber, aliada à complexidade da necessidade de cuidados específicos, leva à emergência de um novo paradigma, sendo este formativo, contínuo de forma a adequar as competências às exigências vivenciadas. Neste sentido, desde a década de oitenta, surge de forma exponencial, cursos de pós graduação. Estes evidenciados num papel estratégico baseado na formação de recursos humanos, qualificados na aquisição e desenvolvimento de conhecimento crítico que reflectisse a capacidade de intervenção em contexto de prática, de modo a fortalecer os contributos para o desenvolvimento de políticas de saúde.

A necessidade da evolução do saber reflete a complexidade da resposta sistemática ao adequado desempenho profissional. Segundo Gomes (2010), a formação básica torna-se manifestamente insuficiente, independentemente da estrutura curricular, para o desenvolvimento das competências exigidas.

Deste modo, o início da enfermagem de reabilitação começou com um corpo de conhecimentos limitado, foi-se aprimorando, com base na experiência e na evidência científica. Assim, na sequência do decreto de lei 305/81 os cursos de especialização em enfermagem sofreram alterações significativas.

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