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HEMOSTASIA E TROMBOSE

Por:   •  19/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.651 Palavras (7 Páginas)  •  650 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E FARMACOLOGIA

DISCIPLINA: FARMACOLOGIA PARA ENFERMAGEM

PROFESSOR: JOSÉ ROSINO

HEMOSTASIA E TROMBOSE: FARMACOLOGIA

                                                                        Componentes

                                                                Ana Hortência Cavalcante

                                                                Elvis Martins Cabral

                                                                Expedito Weslley Oliveira

                                                                Natália Lemos

TERESINA, NOVEMBRO DE 2012

- Considerações gerais sobre Hemostasia/Cascata de coagulação

        A hemostasia é definida como interrupção da perda de sangue de vasos lesados, é essencial à vida. Os distúrbios da hemostasia são a hipercoagulabilidade e a hemorragia. O mecanismo de interrupção se dá pela formação do coágulo sanguíneo, decorrente da agregação plaquetária, que libera fatores de coagulação, e da deposição de fibrina, formando assim o tampão hemostático. O processo de coagulação sanguínea exige a presença de plaquetas produzidas na medula óssea, do fator de von Willebrand produzido pelo endotélio, e dos fatores de coagulação sintetizados no fígado a partir da vitamina K.

Quando em estado patológico, a coagulação pode alterar-se, expressando alta coagulabilidade, como na trombose, onde há formação de trombos plaquetários, e sua ocorrência se dá pela instalação de 3 fatores, componentes da Tríade de Virchow, sendo estes: estase sanguínea, lesão enotelial e hipercoagulabilidade.Algumas situações em que se observa a hipercoagulabilidade são: gravidez e puerpério, uso de anticoncepcionais orais, estado pós-cirúrgico, imobilidade, Insuficiência cardíaca congestiva (ICC), diminuição da síntese de anticoagulantes, distúrbios circulatórios (diabetes, aterosclerose, dislipidemia) e neoplasias.

        Os distúrbios hemorrágicos são causados por defeitos associados às plaquetas, aos fatores da coagulação e à integridade vascular, e consistem na redução do número de plaquetas devido à sua produção inadequada (disfunção medular), na destruição excessiva das plaquetas (tombocitopenia), nas anormalidades da função plaquetária (trombocitopatia) ou nos defeitos do fator de von Willebrand(fator VIII de coagulação).

A cascata de coagulação se dá pela liberação de fatores de coagulação, ou zimógenos, pelas plaquetas, sendo que a cada fator liberado, há liberação de quantidades maiores do próximo fator envolvido, de acordo com que as plaquetas agragam-se para tamponamento da hemorragia. A antitrombina III é a substância envolvida na regulação desse processo, limitando a coagulação apenas à área vascular lesada.

O endotélio também tem função importante, visto que forma uma barreira entre o sangue e a tromboplastina dos tecidos, e contém sulfato de heparan, do qual a heparina sintética é baseada, produzido pelo glicocálice destas células.

        A farmacologia na trombose consiste em anticoagulação, antiagregação plaquetária e fibrinólise.

- Anticoagulantes orais

Varfarina  

A varfarina é a mais importante droga anticoagulante oral. Seu mecanismo de ação baseia-se em impedir a redução da viatmina K e consequentemente inibem a y-carboxilação de ácido glutâmico (glu) nos fatores da coagulação II, VII, IX e X.  São necessários vários dias para o aparecimento de seus efeitos, devido ao tempo levado para a degradação dos fatores carboxilados que já se encontravam no sangue. Em geral, leva de 8 a 12 horas para iniciar sua ação, com absorção completa no trato gastrintestinal, com meia-vida de 40 horas, e eliminação renal e nas fezes. Os anticoagulantes orais atravessam a placenta e não devem ser administrados nos primeiros meses de gravidez, uma vez que são teratogênicos. As principais drogas que interagem com a varfarina são:

- agentes que inibem o metabolismo hepático:cimetidina, imipramina, cloranfenicol, ciprofloxacina, metronidazol, amiodarona e azóis antifúngicos;

- drogas que inibem a função plaquetária: AINES, aspirina;

- drogas que deslocam a varfarina de seus sitos de ligação na albumina: hidrato de cloral e alguns AINES;

- drogas que inibem a redução da vitamina K: cefalosporinas;

- drogas que diminuem a disponibilidade de vitamina K: antibióticos de amplo espectro e algumas sulfonamidas

As reações adversas comuns são: hemorragia, e em casos raros, necrose intestinal, diarreia e dermatite.

Contra- indicações:

-   ulcerações gastrointestinais;

-   trombocitopenia;

-   doenças hepáticas ou renais;

  • hipertensão maligna;
  • cirurgia cerebral, ocular ou medular recente;
  • endocardite bacteriana;
  • alcoolismo crônico;
  • gravidez;
  • indivíduos que vivem em ocupações fisicamente perigosas.

Anticoagulantes injetáveis

- Heparina

A heparina inibe a coagulação ao ativar a antitrombina III, um inibidor natural que inativa o fator Xa e também atrombina (fator IIa). A atividade anticoagulante é devida a uma seqüência peculiar de pentassacarídios, com alta afinidade para a AT III. Por isso, a deficiência de antitrombina III representa uma causa muito rara de resistência a heparinoterapia.  Por outro lado, as heparinas de baixo peso molecular aumentam apenas a ação da antitrombina III sobre o fator Xa, mas não aumentam a ação da antitrobina III sobre a trombina, como o faz a heparina. A heparina não é absorvida pelo intestino em virtude de sua carga e de suas grandes dimensões; por conseguinte, é administrada por via intravenosa ou subcutânea.  

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