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Humanização da Assistência em Paciente com Câncer

Por:   •  5/9/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.300 Palavras (6 Páginas)  •  307 Visualizações

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Humanização da Assistência

Atualmente, o câncer vem se mostrando como uma das principais causas de mortalidade no mundo, merecendo especial atenção por parte dos profissionais de saúde no sentido de amenizar o sofrimento, pois mesmo havendo cura para muitos casos a taxa de mortalidade é muito alta. É uma doença com possibilidade de cura, na impossibilidade desta, é possível o estabelecimento de cuidados que visem a diminuir o sofrimento dos doentes e de seus familiares embasados na filosofia dos cuidados paliativos. Sendo assim cuidados paliativos conceituados pela Organização Mundial da Saúde como [...] uma abordagem que promove a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares, diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento. [3]

        A paliação vem de encontro com o tratamento oncológico tradicional, tais como a quimioterapia, cirurgia e a radioterapia, que muitas vezes, tornam-se ineficaz para curar, apesar dos grandes avanços médicos e tecnológicos. Nesta situação, muitos pacientes passam a necessitar de cuidados que visam, além do controle da dor e de outros sintomas, a interferir nos aspectos psicológicos, sociais e espirituais, com o intuito de investir na melhoria de sua qualidade de vida. [3]

O paciente com câncer não deve ser considerado apenas como mais um caso.Nessa perspectiva, precisa ser empreendida uma visão holística e     multidisciplinar, buscando compreendê-lo nas suas múltiplas relações para proporcionar uma abordagem profissional humanizada profundamente sólida geradora não só de saúde, mas, principalmente, de vida. [3]

        Assim, a assistência ao paciente oncológico dá mostras de sua complexidade, pois precisa envolver a consideração de múltiplos aspectos, tais como: físico, psicológicos, sociais, culturais, espirituais e econômicos, bem como os preconceitos e tabus existentes, pois a palavra câncer ainda vem carregada da idéia de maldição e morte. [3]

A assistência humanizada ao paciente com câncer e seus familiares consiste no emprego de atitudes que originem espaços que permitam a todos verbalizar seus sentimentos e valorizá-los; identificar áreas potencialmente problemáticas; auxiliá-los a identificar fontes de ajuda, que podem estar dentro ou fora da própria família; fornecer informações e esclarecer suas percepções; ajudá-los na busca de soluções dos problemas relacionados ao tratamento; instrumentalizá-los para que tomem decisões sobre o tratamento proposto; e levar ao desempenho de ações de auto-cuidado, dentro de suas possibilidades. Entre as múltiplas ações de saúde necessárias para propiciar cuidados que privilegiem, dentre outros, os aspectos psicológicos, estão à disponibilidade a, a atitude de aceitação e de escuta e a criação e a manutenção de um ambiente terapêutico. [3]

Nessa perspectiva o paciente hospitalizado fica submetido a vários fatores estressantes, originando alguns questionamentos a respeito desses Pacientes e de como eles poderiam ter uma internação mais tranquila. Como afirma Beuter (2004), o cuidado deveria contemplar a visão de totalidade do ser humano, permeado pela solidariedade, empatia, compreensão e respeito mútuo que possibilite o toque com afeto, carinho, expressando sensibilidade e amor. [4]

O cuidado de enfermagem não é restrito à assistência terapêutica do paciente, mas estende-se a seus familiares, por meio de ações que visam a estimulá-los a permanecer ao lado do paciente, durante o tratamento e, assim, receber informações sobre o uso de medicações e cuidados a serem dispensados. [5]

Ao referirem satisfação no atendimento recebido, os depoentes também salientam que o cuidado autêntico deve contemplar além do atendimento às necessidades biopsicossociais e espirituais do paciente, é necessária também uma comunicação eficaz entre a equipe de enfermagem e pacientes/familiares, sobretudo no que tange à veracidade das informações fornecidas pelo profissional. [4]

Além do estabelecimento e comunicação adequada, a equipe precisa estar vigilante para perceber as necessidades não apenas do doente, mas também dos familiares que o acompanham durante sua permanência no hospital, pois ao atender as necessidades físicas, psíquicas e sociais do familiar, evita-se que estas sobrevenham ao paciente. [4]

Ao se descobrir no mundo hospitalar, o doente com câncer e a família passam a viver em uma realidade na qual a possibilidade da morte revela-se de forma inevitável e concreta, de modo que não almejam apenas o cuidado, mas anseiam também por manifestações de solicitude que contemplem seu ente querido e a si próprio no ambiente hospitalar. [4]

Para que o cuidado seja autêntico, o mesmo deve articular que o paciente e sua família, sejam envolvidos na assistência e, sobretudo que possam ser assistidos de modo humanizado e receber da equipe manifestações de desvelo, visto que uma interação efetiva da enfermagem com a família do paciente é um passo fundamental em seu processo de recuperação. [4]

Neste sentido, esta comunicação ao ser aplicada no ambiente hospitalar, entre a enfermagem, paciente e família determina a qualidade de um cuidar integral, isto é, aquele que se propõe a atender o ser humano em todas as suas necessidades: físicas, de informação, práticas, psicológicas, espirituais, sociais e emocionais. [4]

Sendo assim, compreende-se que, na área da saúde, é fundamental saber lidar com gente, pois somente pela comunicação efetiva o profissional poderá ajudar o paciente e sua família. Ao interagir diretamente com estes, a enfermagem precisa estar atenta para conseguir decodificar e decifrar as mensagens por eles enviadas, para só então estabelecer um plano adequado e coerente de cuidados, de acordo com as necessidades biopsicossociais, espirituais, emocionais, práticas e de informação de cada um. Ressalta-se ainda que, dentre os profissionais de saúde, o enfermeiro é aquele que está mais próximo, intricado e é quem o paciente e a família procura quando necessitam de orientações e esclarecimentos sobre o tratamento. [4]

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