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INFECÇÃO NO TRATO URINÁRIO

Por:   •  6/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.362 Palavras (18 Páginas)  •  567 Visualizações

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Introdução

A infecção do trato urinário (ITU) é causada pela presença de micro – organismos patogênicos, com ou sem sinais e sintomas. Os agentes etiológicos mais comuns são: enterecocos, estafilococos, proteus, pseudômonas, vírus e fungos.

A maioria das infecções ocorre por via ascendente; raramente por via hematogênica, a não ser quando o organismo está debilitado por moléstia grave ou diminuição das defesas.

Os fatores predisponentes são idade (acomete mais crianças e idosos), sexo (com preferencia no feminino), DM, uropatias obstrutivas e procedimentos invasivos, como a sondagem vesical.

        Na infância, as infecções do trato urinário (ITUs) podem ser encontradas em qualquer idade, podendo ter início no período neonatal. A incidência de infecções do trato urinário em lactantes, até seis meses, é de 2 casos por 1.000 nascidos vivos. Muitas vezes ocorrem bacteremias. Durante o período pré-escolar as infecções do trato urinário são mais comuns no sexo feminino. Quando ocorre em meninos, habitualmente está associada a anomalias congênitas. As ITUs na infância, principalmente nas meninas, comumente são assintomáticas.

        Na idade 
adulta, a prevalência de bacteriúria aumenta na população feminina. A prevalência de ITUs em mulheres jovens não grávidas é de aproximadamente 1 a 3%. Estima-se que cerca de 10 a 20% da população feminina apresenta, pelo menos, uma ITU em algum momento da vida. A relação sexual e o uso de diafragma são fatores de risco para ITU.

        Sendo as  Infecções no trato urinário inferior  as mais comuns encontradas em ambiente hospitalar, contribuindo com mais de 40% do numero total reportado, cerca de 600 mil pacientes no ano apresentam  esse tipo de infecção por ano. A maior causa  é pela passagem de sondas e cateteres.

Infecção no trato urinário inferior

        O trato urinário inferior é composto por: Bexiga, uretra e próstata ( no caso dos homens). Diversos mecanismos mantém a esterilidade da bexiga: Barreira física da uretra, o fluxo urinário, a competência da junção uretrovesical, as diversas enzimas antibacterianas e os anticorpos, assim como os efeitos antiaderentes mediados pelas células da mucosa da bexiga. As anormalidades ou disfunção desses mecanismo, contribuem para o ITU inferior.

Fatores de risco

Os fatores de risco para ITU incluem:

- Incapacidade ou falha por esvaziar por completo a bexiga urinária.

- Fluxo urinário obstruído por: anomalias congênitas, estenoses uretrais, tumores, contraturas do colo vesical, cálculos nos ureteres ou rins, compressão dos ureteres e anormalidades neurológicas.

- Defesas naturais do hospedeiro diminuídas ou imunossupressão, instrumentação do trato urinário ( passagem de sondas e cateteres.)

- Inflamação ou abrasão da mucosa uretral.

 - condições contribuintes ( determinadas populações de pacientes estão mais propensas a ITU do que outras), inclusive DM ( diabete melito ) os níveis de glicose urinária aumentada criam um ambiente fomentador na ITU. Gravidez, gota e outros estados caracterizados por esvaziamento da bexiga.

Fisiopatologia

        Para que a infecção aconteça, as bactérias devem ter acesso à bexiga de fixar-se e colonizar o epitélio do trato urinário para evitar serem depuradas com a micção, fugir dos mecanismos de defesa e iniciar a inflamação. Muitas ITUs resultam de organismos fecais que ascendem a partir do períneo ate a uretra e bexiga, aderindo, depois, as superfícies da mucosa.

Epidemiologia

        A infecção do trato urinário é a infecção bacteriana mais comum e responde por grande procura aos serviços de emergência, representando 1,2% das consultas de mulheres e 0,6% das consultas de homens nos EUA.
A prevalência total de ITU em mulheres é de 3,5%, aumentado de forma linear com a idade(3). Aproximadamente 30% das mulheres terão uma ITU sintomática, necessitando tratamento com antibiótico até os 24 anos de idade, e aproximadamente metade das mulheres vai apresentar ao menos um episódio de ITU ao longa da vida. Além disso, 25% das mulheres que apresentam cistite bacteriana evoluem com quadro de cistite recorrente.

        A presença de bacteriúria é mais comum após os 65 anos de idade, com uma incidência de 10% entre homens e de 20% entre as mulheres.

        A quase totalidade dos micro-organismos que infectam o trato urinário derivam principalmente da flora intestinal. A Escherichia coli, uma bactéria gram-negativa, é responsável por cerca de 85% dos casos de infecção urinária adquirida na comunidade e 50% das infecções hospitalares. Por outro lado, em pacientes institucionalizados ou com doenças associadas existem uma distribuição mais equitativadas diferentes enterobactérias, com aumento da prevalência de infecções causadas por Klebsiella sp., Proteus sp., Pseudomonas sp., Enterobacter sp. e por gram-positivos, como o Enterococcus sp., e o Staphylococcus saprophyticus. Este último coloniza a mucosa vaginal, sendo causa comum de infecção em mulheres jovens com vida sexual ativa, em uso de contracepção oral ou agentes tópicos espermicidas, que são reconhecidos fatores de risco de infecção urinária. De maneira incomum outros patógenos podem causar ITU como micobactérias, anaeróbios e fungos, sendo estes últimos encontrados em pacientes com cateter ou imunossupressão.


        As ITUs são mais comuns em mulheres do que em homens, exceto nos primeiros dois anos de vida. Mulheres que tiveram ITU apresentam 25% de chance de recidiva após tratamento. A prevalência da ITU em mulheres aumenta com a idade, devido, principalmente, a diminuição hormonal. Além disso, mulheres com quadro de perda urinária em uso de absorventes podem apresentar maior predisposição a ITU. Nos homens com mais de 50 anos de idade a hiperplasia prostática benigna pode ocasionar obstrução infravesical e o crescimento da próstata, levando a uma dificuldade de esvaziamento vesical. Esses indivíduos apresentam resíduo urinário pós-miccional e diminuição do jato urinário, levando a um aumento na prevalência de ITU.

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