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Interpretação de um boletim de análises clínicas

Por:   •  25/5/2018  •  Monografia  •  8.762 Palavras (36 Páginas)  •  289 Visualizações

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Licenciatura em Bioquímica 1º Semestre | 3ºano 2015/2016


Bioquímica Clínica

Docente: Petronila Rocha Pereira

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Discentes:        Ana Clara Almeida nº 28320 Márcia Gonçalves, nº 32311

Betania Freitas, nº 32687


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  1. Objetivo        3
  2. Parâmetros de análise
  1. Função glicídica        4
  2. Função lipídica        7
  3. Função hepática        15
  1. Apresentação do boletim de análises clínicas        29
  2. Interpretação do boletim clinico do doente        32
  3. Conclusão…        34
  4. Bibliografia        35


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A presente monografia pretende fazer uma introdução teórica aos diversos temas abordados ao longo do semestre nas aulas de Bioquímica Clínica.

Começaremos por abordar uma análise à função glicídica, o tema da função hepática, depois, faremos alusão ao metabolismo lipídico e terminamos o trabalho com a função renal.

Por fim faremos a interpretação do boletim clinico do doente através da análise aprofundada de cada parâmetro das análises que fizemos.


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O fígado é o órgão fundamental na regulação da glicémia (concentração de glicose no sangue): mantendo-a numa gama de valores normal. O mecanismo principal da homeostase da glucose celular, quer seja em tecidos hepáticos ou extra-hepáticos, será a troca entre processos de formação e mobilização de glicose. Após a ingestão, as moléculas de glicose absorvidas no intestino chegam ao fígado pela veia porta e são captadas pelos hepatócitos por difusão facilitada, uma vez que não são capazes de se difundirem simplesmente pela membrana, utilizando predominante o transportador GLUT-2. Ao nível dos músculos o transporte é feito pelo transportador GLUT- 4.

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Figura 1. Efeitos opostos da insulina e glucagon na homeostasia da glucose na concentração do sangue.


O equilíbrio normal entre a produção e a utilização da glucose é estabelecido através de hormonas. A insulina uma hormona polipeptídica anabólica produzido pelas células β das ilhotas de Langerhans do pâncreas, cuja síntese é activada pelo aumento dos níveis circulantes de glicose e aminoácidos após as refeições. A insulina actua sobre vários tecidos periféricos, incluindo músculo, fígado e tecido adipose e tem como efeitos metabólicos imediatos o aumento da captação de glicose, principalmente nos tecidos muscular e adiposo, o aumento da síntese de proteínas, ácidos gordos e glicogénio, e ainda o bloqueio da produção hepática de glicose (via diminuição da neoglucogénese e glicolise), da lipólise e da proteólise. Além disso, a insulina tem efeitos tardios na expressão de genes e síntese proteica, assim como na proliferação e na diferenciação celulares. Esta hormona tem ainda como funções o aumento da produção de óxido nítrico no endotélio, a prevenção da apoptose ou morte celular e a promoção da sobrevivência celular. A queda gradual da glicemia estimula a libertação de hormonas contra-regulatórias por parte das células, de modo a equilibrar a quantidade de glicemia. A principal hormona sintetisada nessa situação é o glucagon.

Quando a concentração de glucose no sangue se encontra acima dos valores de referência para um indivíduo normal (hiperglicémia), há um aumento da quantidade hemoglobina glicosilada, que permite identificar a concentração média de glicose no sangue durante períodos longos de tempo, ignorando alterações de concentração episódicas sendo, por isso, confirmatória dos valores de glucose obtidos em jejum. Trata-se de um teste útil no controlo de diabetes, mesmo que o doente se abstenha de consumir produtos com glucose dias antes da consulta, de forma a esconder a sua situação ou a incorrecta ingestão de alimentos, tendo em conta a sua condição. Também se evita assim que certos factores que alteram a concentração de glucose do sangue por curtos períodos (como por exemplo, o stress) possam indicar um falso diagnóstico.


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Diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal da glicose ou açúcar no sangue. A glicose é a principal fonte de energia do organismo, mas quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde.

Existem dois mecanismos fundamentais:

  1. Falta de insulina. Nestes casos, o pâncreas não produz insulina ou a produz em quantidades muito baixas. Com a falta de insulina, a glicose não entra nas células, permanecendo na circulação sanguínea em grandes quantidades. Para esta situação, os médicos chamaram esse tipo de Diabetes de Diabetes Mellitus tipo 1 (DM tipo 1).A diabetes mellitus do tipo I é também caracterizada pela produção de anticorpos que actuam sobre a insulina (doença auto-imune). É muito recorrente em pessoas jovens, e apresenta sintomatologia definida, onde os doentes perdem peso.
  2. Mau funcionamento ou diminuição dos receptores das células. Nestes casos, a produção de insulina pode estar ou não normal. Mas como os receptores (portas) não estão a funcionar correctamente ou estão em pequenas quantidades, a insulina não consegue promover a entrada de glicose necessária para dentro das células, aumentando também as concentrações da glicose na corrente sanguínea. A esse fenómeno, os cientistas chamaram de "resistência à insulina". Para esse segundo tipo de Diabetes, os médicos deram o nome de Diabetes Mellitus tipo 2.

Além destes, existem também outras variantes da doença com menor importância: diabetes tipo III ou diabetes gestacional, diabetes tipo IV ou intolerância à glucose, diabetes tipo V ou anormalidade prévia na tolerância à glucose, diabetes tipo VI ou anormalidade potencial e diabetes tipo VII ou intolerância à glucose associada.

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