Manejo Não Farmacológico da Dor no Trabalho de Parto
Por: Francisco Forni • 27/10/2025 • Trabalho acadêmico • 4.299 Palavras (18 Páginas) • 7 Visualizações
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GRUPO EDUCACIONAL FAMART
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
MANEJO NÃO FAMARCOLÓGICO DA DOR NO TRABALHO DE PARTO
GABRIELA VERONEZ AZEVEDO
PORTO ALEGRE
2024
MANEJO NÃO FAMARCOLÓGICO DA DOR NO TRABALHO DE PARTO
Gabriela Veronez Azevedo[1]
RESUMO
Buscando analisar as vantagens do manejo de enfermagem no trabalho de parto minimizando ou suprimindo o uso de medicamentos para minimizar a dor, este estudo tem como objetivo identificar as vantagens desse tipo de técnica aplicada em parturientes durante o trabalho de parto. Por meio de uma pesquisa qualitativa, de natureza exploratória, do tipo revisão bibliográfica, utilizando publicações indexadas na base de dados da BVS, PubMed, Scielo, entre outras, descreveu as características do parto e a importância da assistência à parturiente, abordou o manejo não farmacológico do parto e suas características e vantagens, considerando algumas técnicas para minimizar o estresse e a ansiedade, principais causadores da sensação de dor, e analisou vários estudos que apontam esse tipo de estratégia como de grande benefícios para a mulher durante o trabalho de parto, considerando que alguns estudos demonstram que esse tipo de assistência deve começar ainda durante o pré-natal. Com base nos estudos, considera que o manejo não farmacológico, que vem se constituindo uma técnica muito eficiente e que dá segurança à mulher na hora do parto, sendo excelente medida para auxiliar as mulheres no momento de dar à luz.
Palavras-chave: Parto; Assistência de enfermagem; Parto sem dor; Manejo do parto.
1 INTRODUÇÃO
O parto é um processo natural e consiste numa das etapas da procriação nas espécies animais desenvolvidas, como o ser humano. A forma mais natural de promover o nascimento de uma criança é o parto normal, apesar de, na atualidade, a maioria das mães e médicos optarem pelo parto via cesariana. Conforme Mascarenhas et al. (2019), o primeiro é considerado mais seguro, demandando menor tempo de internação para a mãe, sendo a dor e a ansiedade um dos motivos que levam muitas mães a desistirem desse caminho.
Apesar da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que só ocorra intervenção do profissional de saúde durante o parto se extremamente necessário, considerando que este não necessita de controle, mas de cuidados, a incidência de cesarianas vem crescendo em todos os países e, conforme Katzer (2016), no Brasil a situação é alarmante quanto ao número de partos por técnica cirúrgica no útero para extrair o feto.
As novas técnicas que visam promover um parto com menos dor já estão sendo utilizadas em várias maternidades, num trabalho da equipe de enfermagem que busca aumentar a confiança, diminuir o tempo do parto e a dor durante o trabalho de parto. Klein e Gouvea (2022) consideram que há um envolvimento das enfermeiras obstétricas neste novo modelo, constituindo-se em profissionais de extrema importância na melhoria na qualidade assistencial no trabalho de parto, além de reduzir o risco reduzido e aumentar e sensação de controle da experiência pelas mulheres.
Assim, busca-se com este estudo analisar as vantagens do manejo de enfermagem no trabalho de parto minimizando ou suprimindo o uso de medicamentos para minimizar a dor, tendo como objetivo identificar as vantagens desse tipo de técnica aplicada em parturientes durante o trabalho de parto.
O conjunto formado pelo processo de parto e o nascimento constitui-se de fenômenos fisiológicos que, geralmente, implicam em significativa dor, que se manifesta de forma diferente em cada mulher. De acordo com Lehugeur et al. (2017), um dos principais objetivos do cuidado a ser dispensado à mulher em trabalho de parto é o controle da dor, evitando prejuízos ao feto ou à parturiente. Para os autores, “a dor é uma experiência subjetiva, que envolve uma interação complexa entre a fisiologia do corpo, o espírito e o ambiente” (p. 4930).
Assim, o trabalho dos profissionais de saúde nesse momento, assim como no preparo anterior, se torna uma estratégia muito importante, porque prepara a mulher de forma mais consciente e a torna mais segura para enfrentar o trabalho de parto, diminuindo a tensão, a ansiedade e, por conseguinte, a dor. Diante dessas colocações, justifica-se este estudo que ainda irá contribuir para os profissionais de saúde terem maior conhecimento sobre a importância do manejo não farmacológico no trabalho de parto, bem como aos acadêmicos de enfermagem sobre o conhecimento e importância da adoção dessas medidas.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 METODOLOGIA DE PESQUISA
Este estudo consistiu numa pesquisa qualitativa, de natureza exploratória, com o objetivo identificar as vantagens do manejo não farmacológico aplicado em parturientes durante o trabalho de parto, visando minimizar os sintomas da dor. Conforme Souza et al. (2019, p. 56), a pesquisa qualitativa é “aquela que privilegia a análise de micro processos, através do estudo das ações sociais individuais e grupais, realizando um exame intensivo dos dados, e caracterizada pela heterodoxia no momento da análise”.
A pesquisa exploratória, explicam Tormes et al. (2018, p. 13) é aquela que provê o pesquisador de um conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa em tela e, portanto, “apropriada para os primeiros estágios da investigação, quando a familiaridade, o conhecimento e a compreensão do fenômeno, por parte do pesquisador, são geralmente insuficientes ou inexistentes”.
A coleta de dados realizou-se por meio de catalogação e seleção em material específico, constando de todo o tipo de produção científica impressa acerca do tema em debate, além de publicações disponibilizadas na internet, sendo fundamentais estudos desenvolvidos e levantados por meio de busca on-line em trabalhos indexados nas bases de dados da BVS, Lilacs, PubMed Scielo, considerando trabalhos nacionais e estrangeiros no período compreendido entre 2016 e 2023, , tendo como palavras-chave para a busca: parto; assistência de enfermagem; parto sem dor; manejo do parto. Foram localizados 72 artigos, sendo descartados 23 por duplicidade e seis por não estarem completos, restando 43 publicações das quais foram eliminadas 22 por similaridade ou inconsistência, totalizando 21 publicações que, somadas ao material levantado em outras fontes, fundamentaram as considerações propostas (Fig. 1).
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