TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O EXAME FISICO DO SISTEMA RESPIRATORIO

Por:   •  3/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.215 Palavras (9 Páginas)  •  624 Visualizações

Página 1 de 9

EXAME FISICO DO SISTEMA RESPIRATORIO

O exame físico respiratório compreende avaliação do tórax, pulmões, coração e do mediastino, e de toda estrutura que compõem a caixa torácica ( pele, tecido celular subcutâneo, linfonodos, panículo adiposo, musculatura, sistema vascular superficial, ossos e cartilagens).

Antes de iniciar o exame físico é importante fazer a anamnese onde o examinador colhera informações apresentadas pelo cliente, obtendo-se sobre a presença de sintomas relacionados com alterações ou funcionais do aparelho respiratório.

Para iniciar o exame é necessário que o paciente esteja como o tórax despido (camisa) e em posição que o examinador consiga avaliar todas as regiões, o paciente fica sentado, caso não consiga sentar-se sozinho recebera auxilio para se manter na posição, se assim não conseguir ficar na posição o exame será feito na posição deitada. O exame físico do tórax inclui quatro técnicas clássicas, a saber: inspeção (estática e dinâmica), palpação, percussão e ausculta e é um exame comparativo e simétrico, ou seja, é realizado dos dois lados do corpo (hemitorax), para fazer comparações entre o lado que está normal e afetado para auxiliar no diagnostico das alterações.

Os pontos de referencia anatômicos são: as costelas; os espaços intercostais; o ângulo de Loius, constituido por uma saliência transversal que se nota na junção do manúbrio do esterno com o corpo do esterno, correspondente à articulação da 2º costela; a 4º vértebra torácica, que se encontra na mesma altura do ângulo esterno-manubrial ou ângulo de Louis; a 7º vértebra cervical, também denominada proeminente; as clavículas; a articulação xifoesternal; a incisura supraesternal e o ângulo de Charpy ou infraesternal, representado pela abertura das ultimas cartilagens costais no ponto em que se inserem no esterno.  A sequencia de numeração das costelas e os espaços intercostais são feita de baixo para cima. A primeira costela não é palpável por estar localizada atrás das clavículas. Já a segunda costela tem como ponto de referencia o ângulo de Louis, após a identificação, o examinador ira deslizar os dedos médios e o indicador abertos, no sentido de dentro para fora, assim deixando entre eles a extremidades anteriores do segundo arco costal. Então a partir de seguir esses passos, torna-se fácil identificar  as demais costelas e os respectivos espaços intercostais.

Conhecer a projeção superficial dos órgãos intratorácicos e abdominais e as linhas torácicas é de grande importância para realizar o exame físico do tórax. Linhas torácicas verticais- excetuando- se a linha médio- esternal e a linha médio-espinhal ou espondiléia, todas as outras são duplas , havendo uma em cada hemitorax: Linha médio-esternal: traçada no plano mediano, no meio do esterno, dividindo os dois hemitorax; Linha esternal: direita e esquerda, que tangencia as bordas do osso esterno; linha paraesternal: é eqüidistante entre a linha esternal e a hemiclavicular; Linha hemiclavicular: também denominada linha mamilar, é a vertical traçada a partir do ponto médio da clavícula; Linha axilar anterior: seu ponto mais alto localiza-se na prega anterior da axila, separando a região anterior do tórax das regiões laterais; Linha axilar média: vertical eqüidistante entre as linhas axilares anteriores e posteriores; Linha axilar posterior: seu ponto mais alto localiza-se na prega posterior  da axila; Linha escapular: é a linha que acompanha  a borda medial da escápula; Linha paravertebral: é a tangente à borda lateral das vértebras; Linha espondiléia ( linha vertebral ou médio espinhal): passa pelos processos espinhosos das vértebras dorsais. Linhas torácicas horizontais – linhas claviculares superiores: correspondem às bordas superiores das clavículas; Linhas claviculares inferiores: corresponde ás bordas inferiores das clavículas; Linhas das terceiras articulações condroesternais: linhas horizontais que passam pelas sextas articulações condroesternais, direita e esquerda; Linha escapular superior: tangencia a borda superior da escápula.

Já as regiões do tórax são designadas como: Anterior: região supraclavicular; região clavicular; região infraclavicular; região mamaria; região inframamária; região supra-esternal; região esternal superior; região esternal inferior. Lateral: região axilar; região infra-axilar; Posterior: região supra-escapular; região supra-espinhal; região infra-espinhal; região interescapulovertebral; região infra-escapular.

INSPEÇÃO: Avalia-se o estado da pele e as estruturas superficiais da parede torácica. Divide-se a inspeção do tórax em: Estática e Dinâmica.

Estática – Compreende a forma do tórax e a presença ou não de abaulamentos ou depressões.

Forma do tórax- Mesmo em pessoas normais, a forma do tórax apresenta variações em relação á idade, ao sexo e a biótipo. No adulto normal o diâmetro lateral é maior que o antero posterior, os seguintes tipos de tórax podem ser encontrados: Tórax chato o diâmetro ântero-posterior é reduzido, além do achatamento as escápulas sobressaem claramente no relevo torácico. É mais comum nos longilíneos e não tem significado patológico; Tórax em tonel ou barril chama à atenção a magnitude do diâmetro ântero-posterior que praticamente iguala-se ao transversal. A causa mais comum é o enfisema pulmonar; Tórax Infundi buliforme ou de sapateiro caracteriza-se pela presença de uma de uma depressão mais ou menos no terço inferior do esterno. Pode ser congênito ou adquirido. Os sapateiros adquiriam essa forma de tórax, devido à posição de trabalho; Tórax cariniforme nota-se ao nível do esterno uma saliência em forma de peito de pombo (pectus carinatum). Pode ser congênito ou adquirido, o raquitismo infantil é a principal causa desse tipo de tórax, o qual não compromete a ventilação; Tórax em sino ou piriforme a porção inferior torna-se alargada como a boca de um sino, lembrando um cone de base inferior. Aparece nas grandes hepatoesplenomegalias e na ascite volumosa; Tórax cifótico é o encurvamento posterior da coluna torácica, seja por defeito de postura, por lesão de vértebras torácicas (tuberculose, osteomielite, neoplasias, ou anomalias congênitas); Tórax escoliótico o tórax torna-se assimétrico em conseqüência do desvio lateral do segmento torácico da coluna vertebral. A causa mais comum é anomalia congênita; Tórax cifoescoliótico decorre da combinação de uma alteração cifótica, com desvio lateral da coluna vertebral escoliose. Pode ser congênito ou secundário; Tórax instável traumático  quando são fraturadas várias costelas, observam-se movimentos torácicos paradoxais, ou seja na inspiração a área correspondente desloca-se para dentro, na expiração; Abaulamentos e depressões podem localizar-se em qualquer parte do tórax e indicam algumas lesões que aumentam ou reduz uma das estruturas da parede ou de órgãos intratorácicos.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (15.4 Kb)   pdf (124.4 Kb)   docx (15.3 Kb)  
Continuar por mais 8 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com