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Os Índices do Sarampo no estado de São Paulo nos últimos 30 anos

Por:   •  30/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.045 Palavras (9 Páginas)  •  357 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO
UNIDADE OSASCO

Epidemiologia e Bioestatística


Índices do Sarampo no estado de São Paulo nos últimos 30 anos

Osasco
2015

UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SAO PAULO
UNIDADE OSASCO

Aline de Souza Santos RA 9902011215

Jheninny Duarte Gomes RA 8208961600

Janice Conceição de Souza RA 8206964630

Michele De Oliveira Camargo RA 8096923915

Pâmela de Fátima Ruiz Pereira RA 8075854249

Priscila Carvalho do Prado RA 9902015835

Van Damme da Silva Ferreira RA 9902013731

Orientação: Prof.ª Dr.ª Danila Torres Leite

Índices de Sarampo no estado de São Paulo nos últimos 30 anos

Trabalho apresentado à disciplina de Epidemiologia
e Bioestatística como parte integrante para conclusão
da Atividade Prática Supervisionada – ATPS.

Osasco
2015

Sarampo

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância. A enfermidade é uma das principais responsáveis pela mortalidade infantil em países do Terceiro Mundo. No Brasil, graças às sucessivas campanhas de vacinação e programas de vigilância epidemiológica, a mortalidade não chega a 0,5%. É uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus chamado de Morbillivirus, da família Paramyxoviridae (BRASIL; 2009).
            A transmissão é realizada de forma direta, pessoa a pessoa, por meio das secreções nasais e também da boca, expelidas pelo doente ao tossir, respirar ou falar, o que explica o elevado índice de contagiosidade que ela apresenta. Pode acontecer também a dispersão de gotículas com partículas virais dispersas no ar, principalmente em ambientes fechados como em escolas, creches e clínicas, por exemplo (FIOCRUZ; 2012).
            O indivíduo pode permanecer em estado de incubação por um período de 10 dias , ou seja, um período de tempo decorrido entre a exposição ao organismo patogênico, no caso, o vírus do sarampo, e a manifestação dos primeiros sintomas da doença, que é geralmente a febre. Neste período não há patologia e o hospedeiro não manifesta sintomas, pois todo o processo está acontecendo no âmbito celular, e de aproximadamente 14 dias até o aparecimento das primeiras manchas avermelhadas pelo corpo. . Portanto, não é possível se determinar quando a exposição a um caso de sarampo poderá ocorrer (VARELLA; 2011).

              Pesquisas apontam que o período de maior transmissibilidade do vírus ocorre 2 dias antes e 2 dias após o início das erupções cutâneas, considerando que o patógeno possui um único e exclusivo reservatório para seu desenvolvimento, o organismo humano. Os recém-nascidos cujas mães sofreram sarampo durante o período gestacional ou foram vacinadas também durante esse período estão temporariamente imunes ao longo de seu primeiro ano de vida, já que receberam os anticorpos por via placentária. Segundo um levantamento do Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de 85% das crianças perdem esses anticorpos maternos por volta dos 9 meses de idade. (BRASIL; 2009)
             A vacina tríplice viral SCR é a medida de prevenção mais eficaz contra o sarampo. No calendário nacional de vacinação, a primeira dose deve ser administrada a toda criança de um ano de idade e uma segunda dose àquelas de cinco a seis anos. A SCR também é recomendada aos profissionais que atuam no setor de turismo, motoristas de táxi, funcionários de hotéis e restaurantes, que mantêm contato com viajantes internacionais, e também aos que viajam ao exterior, principalmente a locais onde há circulação viral atual. Inclusive, aos profissionais de saúde, que estarão em contato direto na prestação de cuidados aos possíveis casos (CREMESP; 2006).

Situação epidemiológica do sarampo no estado de São Paulo

Segundo dados do Ministério da Saúde, o estado de São Paulo apresenta ausência da circulação endêmica do vírus do sarampo desde 2000 (Gráfico 1). Porém, a enfermidade continua ocorrendo em diferentes regiões do Brasil e também do mundo, acarretando vítimas (gráfico 2) e mantendo, dessa forma, o risco de importação para locais onde o controle do sarampo foi estabelecido. No ano de 2015, os EUA, por exemplo, registraram 102 casos em 14 estados, sendo 92% deles relacionados a um surto que teve início em dezembro de 2014 entre funcionários e visitantes do parque turístico da Califórnia (CVE/SES-SP; 2015).
          Ao longo do ano de 2014, o Brasil
 apresentou um número recorde em confirmação de casos de sarampo: 730, sendo que 696 registrados no Ceará, 27 no estado do Pernambuco, 3 casos de sarampo e um de rubéola no Rio de Janeiro, e sete casos foram confirmados no estado de São Paulo, sendo eles – Santo André (1 caso), Campinas (1 caso) e 5 no município de São Paulo. Dentre eles, três apresentaram histórico de viagem recente, seno que não houve relato de deslocamentos ou outra fonte externa de infecção em 4 casos. Todos ocorreram em indivíduos que não receberam ou que não tiveram documentada a vacina. Cinco dos sete casos precisaram de internação, mas sem nenhum registro de óbito. O último caso confirmado no estado de São Paulo, até o momento, é de 20 de março de 2014 (CVE/SES-SP; 2015).

Gráfico 01: Casos confirmados de sarampo no Estado de São Paulo. (1990-2014)

[pic 1]Fonte: SVS/Ministério da Saúde

Gráfico 01: Óbitos por sarampo no Estado de São Paulo. (1990-2014)

[pic 2]Fonte: SVS/Ministério da Saúde

Diagnóstico

O sarampo provoca, além das manchas avermelhadas, outros sintomas, dentre eles: febre acima de 38,5°C; tosse; coriza; e também pequenas manchas brancas que podem aparecer na mucosa bucal, geralmente antecedem o exantema. Para realizar o diagnosticas, as amostras de sangue dos casos suspeitos devem ser recolhidas no primeiro atendimento ao paciente, preferencialmente entre o 1° e o 28° dias do aparecimento do exantema. As amostras coletadas após o 28° dia são consideradas tardias, mesmo assim devem ser enviadas ao laboratório (LACEN; 2013).
           Os resultados IgM positivo ou indeterminado, independente da suspeita, devem ser comunicados imediatamente à vigilância epidemiológica para a realização da reinvestigação e da coleta da segunda amostra de sangue. A realização da segunda coleta é obrigatória e imprescindível para a classificação final dos casos, e deverá ser realizada entre 20 a 25 dias após a data da primeira coleta (LACEN; 2013).

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