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Relações de Gênero e Poder Entre Trabalhadores da Área da Saúde

Por:   •  23/5/2019  •  Resenha  •  1.280 Palavras (6 Páginas)  •  250 Visualizações

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Nome: Laura de Almeida Santos

RA: 00223239

Título: Relações de gênero e poder entre trabalhadores da área da saúde

Referências: Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder

Elenice Pastore (UPF), Luisa Dalla Rosa (UPF), Ivana Dolejal Homem (UPF)

Resumo:

     Com a chegada do capitalismo, houve uma grande procura por mão de obra mais barata, o que gerou a entrada de mulheres no mercado de trabalho, pois recebiam bem menos em relação ao homem. A partir desse momento, a maioria dos trabalhos passa a ter uma divisão sexual, principalmente os da área da saúde, por estar relacionado ao cuidado. E essa relação se dá em questão dos cuidados maternos que pertencem as mulheres. O gênero masculino era relacionado com a prática de tratar, da medicina; e o gênero feminino era relacionado apenas com a prática de cuidar, da enfermagem.

     O fato dos homens ganharem mais em relação as mulheres, questão de hierarquia colocada pelo capitalismo, é algo que está enraizado na sociedade e é passado de forma natural para as pessoas, desde a infância. Essa naturalização faz com que as próprias mulheres acreditem e aceitem que existam funções e profissões específicas para elas, apenas por apresentarem maiores habilidades em relação ao ato de cuidar.  

Avaliação crítica:

     Na idade média, as mulheres eram consideradas como bruxas quando não deixavam tudo de lado para se dedicar aos pobres. Já os homens eram representados pelos cirurgiões-barbeiros que se resposabilizavam pela cura dos problemas físicos. Isso acontecia pois as mulheres de classe social mais elevada eram incentivadas a ficar apenas em casa, sem nenhum estímulo para buscar algum conhecimento, e smepre se mantendo fiel e submissa ao homem. Acontecia o mesmo com os filhos das famílias burguesas, pois os meninos eram enviados a outros países para estudar e para buscar mais conhecimentos, enquanto as meninas permaneciam nas casas com os pais.

     Durante as últimas décadas do século, período marcado por crises econômicas, de elevadas taxas de inflação, a reestruturação nas formas de trabalho vem causando diversas modificações, afetando muito a vida dos trabalhadores, por haver uma grande e clara diminuição de seus direitos. A nova estrutura dos modelos de produção e o avanço tecnológico tem provocado a flexibilização, a desregulamentação e a precarização do trabalho, cada vez mais intensas. Essas mudanças são consequências das políticas neoliberias, devendo ser levado em conta uma cultura que amplia a sujeição dos trabalhadores e a das trabalhadoras, incluindo a dignidade e a autoestima.

     Transformações também ocorreram em relação ao papel social da mulher, intensificadas por movimentos feministas e pela presença cada vez mais efetiva de mulheres em espaços públicos. Acredito que isso aconteceu pois muitas delas, não se viam em papeis tão restritos e desejavam mudar essa realidade. Porém, de um lado existiam mulheres em cargos de comando, nas empresas e em profissões de prestígio como a medicina; e de outro lado, a maioria das mulheres continuavam nos segmentos informais, em condições precárias e sem carteira assinada. As trabalhadoras mais qualificadas trabalhavam com o magistério, a enfermagem e no serviço social.

      Para lidar com essas questões, a palavra gênero, que significa "um conjunto de características comuns entre as pessoas", tem sido muito utilizada; na qual, seu conceito foi construído cultural, social e historicamente, determinando especificidades para cada um. Essa definição pode ser transformada conforme se modificarem as relações sociais; pois, desde que nascem, as crianças aprendem a fazer coisas específicas do seu gênero, e embora não seja mais tão explícito, muitas famílias ainda tem a visão de que a mulher só deve cumprir os papéis de mãe e esposa, e que o homem deve ser preparado para conseguir seguir uma profissão no seu futuro.

     A divisão sexual do trabalho compreende determinadas atividades para mulheres e outras para homens, sendo que historicamente as atividades vistas como femininas são consideradas secundárias e menos valorizadas, social e economicamente. Na área da saúde, principalmente, existe essa divisão pois a prática de cuidar está atribuída ao público feminino, como um processo totalmente naturalizado. Isso acontece pois a enfermagem está associada com o cuidado doméstico a crianças, idosos e aos doentes, ligado à figura da mulher-mãe que desde sempre foi possuidora de um saber informal de práticas de saúde, que é transmitido sempre pelas mulheres de geração em geração.

     Na área de enfermagem, do número total dos funcionários (as) 95% são mulheres,   esse padrão impregnado na sociedade é transmitido de forma totalmente naturalizada pois sabemos que vindos de uma cultura que nos traz essa convicção, é muito difícil nos dispormos a olhar de dimensões tão diferentes das quais nascemos tendo como a única verdade. As qualidades e as habilidades femininas passam a ser uma condição para a contratação, e muitas vezes, valem mais do que a aptidão profissional. Porém, diz se fazer necessário profissionais homens para situações que precisem de maior força física, sendo que quando não há nenhum homem presente as mulheres realizam todas as atividades que se fazem necessárias "apenas" com a força feminina e mesmo assim são consideradas e vistas como frágeis, em relação aos homens, pela sociedade.

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