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Resistência globular

Por:   •  27/9/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.720 Palavras (7 Páginas)  •  864 Visualizações

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Prática 4- Resistência[a] Globular

  1. INTRODUÇÃO

A membrana plasmática é de essencial importância para a vida, uma vez que delimita o espaço interno da célula, isolando-a do ambiente (AMABIS; MARTHO, 2004). Porém, esse isolamento não pode ser absoluto, considerando que para viver a célula precisa permitir a entrada de certas substancias, como agua, gás oxigênio, alimento, além da saída de outras como gás carbônico e substancias toxicas, sendo portanto uma membrana semipermeável, ou seja, que possui permeabilidade seletiva (AMABIS; MARTHO, 2004). 

As substancias podem atravessar a membrana com gasto de ATP, no transporte ativo ou espontaneamente, sem gasto de ATP, no transporte passivo. Na osmose, tipo de transporte passivo, tem-se um caso especial de difusão em que apenas a agua se difunde através da membrana semipermeável das células (GANONG, 1999). Assim, células biológicas quando colocadas em diferentes soluções podem permanecer com tamanho inalterado, inchar até arrebentar (plasmólise) ou murcharem por compressão (HENEINE, 2010). 

Neste contexto, destaca-se que as células humanas, como as hemácias, são banhadas em solução Isotônica proveniente do sangue, na qual a concentração total de solutos equivale à concentração interna dos solutos citoplasmáticos, assim as células não perdem nem ganham (AMABIS; MARTHO, 2004). Se entretanto, a célula for colocada em solução muito concentrada em solutos, como de NaCl por exemplo, haverá maior difusão de agua de dentro para fora da célula, fazendo-a murchar, numa solução Hipertônica (GANONG, 1999).  No caso das hemácias, o fenômeno onde elas se apresentam espremidas é chamado de crenação (HENEINE, 2010). Por outro lado, quando uma de nossas células é colocada em agua pura, a concentração externa desse solvente é maior que no interior da célula, representando uma solução Hipotônica, onde a célula incha (AMABIS; MARTHO, 2004). Nestes meios a hemácia demonstra sua característica de Resistência Globular, também conhecida como Resistência Osmótica das Hemácias, constatados por Prova de Resistência Osmótica ou Curva de Hemólise. Esta característica avalia a competência dos glóbulos vermelhos de incorporar agua em seu interior sem que haja lise da célula (PARPART, et al, 1947). Tal teste pode ser usado no auxílio da caracterização de diversas anemias, que apresentam como característica principal a diferença de tamanho e forma das células (PARPART, et al, 1947). Assim sendo, essa atividade pratica teve como objetivo realizar experimentos para demonstrar a existência de osmose e da hemólise.

4.2 METOLOGIA

Foram preparados seis tubos de ensaio, numerados de um a seis com Cloreto de Sódio (NaCl) e Agua Destilada (HO), nas seguintes concentrações:

TUBO

1

2

3

4

5

6

Agua Destilada (ml)

5

4,5

4

3

1

0

NaCl 2,19g% (ml)

0

0,5

1

2

4

5

Volume Final (ml)

5

5

5

5

5

5

Em seguida, colocou-se com a micropipeta, 50 µL de sangue em cada tubo. Os tubos foram agitados. Posteriormente na Centrifuga, os tubos foram centrifugados por cinco minutos, a 2000 rpm. Observaram-se os resultados.

  1. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a observação do ocorrido em cada tubo, foram atribuídas na tabela seguinte marcações que expressam o que visualizou-se da seguinte forma: tubo em que nada ocorreu (-), tubos em que foram observados níveis crescentes de hemólise ou[b] cremação (+), (++), (+++).

TUBO

1

2

3

4

5

6

Observação de hemolise (ml)

(+++)

(+++)

(+)

(-)

(-)

(-)

Observação de crenação

(-)

(-)

(+)

(++)

(+++)

(+++)

Calculando a % em gramas, a molaridade e osmolaridade de cada tubo, foram observados os seguintes resultados:

TUBO

1

2

3

4

5

6

Agua Destilada (ml)

5

4,5

4

3

1

0

NaCl 2,19g% (ml)

0

0,5

1

2

4

5

Volume Final (ml)

5

5

5

5

5

5

Gramas %

0

0,219

0,418

0,856

1,314

2,19

Molaridade

0

3,74 x10-3

7,14 x10-3

14,6x10-3

22,4x10-3

37,4x10-3

Osmolaridade

0

7,48 x10-3

14,28 x10-3

2,92x10-3

4,48x10-3

74,8 x10-3

Os valores encontrados na tabela foram proporcionados a partir das seguintes formulas: C1V1= C2V2; Molaridade (M)= concentração x 10/ PM (peso molecular); E Osmolaridade (O) = Molaridade x nº de partículas. Assim, nota-se que a medida que o percentual de soluto em gramas aumentam, aumenta-se[c] também os valores de Osmolaridade e Molaridade. Neste sentido, percebe-se que a Osmolaridade depende diretamente do número de partículas presentes em cada litro de solução, logo, quanto maior for a quantidade de partículas presentes na solução maior será a Osmolaridade (SILVERTHORN, 2010). Desta forma, a diferença de tonicidade resultou em diferentes alterações nas hemácias, observou-se que as soluções presentes nos tubos 1, 2 e 3 (0; 0.219; 0.418) são hipotônicas, onde o aumento de volume das hemácias ocorria conforme a concentração de sal diminuía; a solução do tubo 4 (0.856) apresentou caráter isotônico, considerando que as hemácias não apresentaram alteração visível, tendo portanto equilíbrio osmótico; as soluções dos tubos 5 e 6 (1.314; 2.19) apresentaram alta quantidade de sal, sendo assim hipertônicas. Houve portanto, hemólise máxima no tubo 1 e cremação máxima no tubo 6, que apresentou maior concentração de NaCl.

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