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Resultados e Discussão: Saude do Idoso

Por:   •  27/6/2016  •  Monografia  •  1.234 Palavras (5 Páginas)  •  277 Visualizações

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V. Resultados e Discussão

A pesquisa foi constituída de sete (7) questões abertas, sendo o questionário aplicado pela enfermeira responsável do Ambulatório ao paciente idoso portador do HIV/AIDS que frequentava o Ambulatório.

Para melhor análise de resultados o paciente será identificado somente pelas iniciais V.S.

Para avaliar o conhecimento e a percepção que o paciente idoso soropositivo tem em relação a sua patologia, foi perguntado: Há quanto tempo e como você descobriu que é portador do HIV/AIDS?

“Adquiri desde 2006. Estava com a cabeça confusa e desorientado. Passei pelo médico, no Postinho, fiz vários exames que não deram nada. O doutor pediu o exame de HIV e o resultado deu positivo. E também estava perdendo peso.” (V.S.)

Segundo informações colhidas pelo voluntário da pesquisa ficou evidente que por falta de conhecimento da equipe multiprofissional, demorou-se para descobrir o que realmente o paciente realmente apresentava.

A possibilidade de uma pessoa idosa ser infectada pelo HIV parece ser “invisível” para a sociedade e para os próprios idosos, uma vez que a sexualidade nesta faixa etária, ainda é tratada como tabu (VIEIRA, 2004).

Segundo Elizabete de Freitas, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2010), até há pouco tempo ainda havia um preconceito e por isso o diagnóstico da doença acabava ficando mascarado por outras patologias que eram na verdade conseqüência da AIDS. O papel do médico é fundamental. Eles devem sim, pedir exames para detectar a presença do vírus HIV e informar sobre o uso de preservativos, sem achar que quem já passou dos 60 não tem vida sexual.

Na obtenção para as informações do modo de transmissão do HIV, foi perguntado: Você sabe de que maneira adquiriu e de quem ou como possa ter adquirido o HIV?

“Não. Não desconfio de ninguém, mas minha família, desconfia de um relacionamento suspeito. Desconfio que foi sexualmente, mas também trabalhei na CORPE (Cooperativa dos Recicladores de Penápolis), onde posso ter me infectado.” (V.S.)

Em relação à resposta acima percebe-se que a falta de informações dos idosos ainda prevalece alta na sociedade.

Embora a principal via de contágio pelo HIV, entre os idosos, seja a sexual, tal vulnerabilidade apresenta especificidades ao se fazer uma análise por gênero (WOOTEN-BIELSKI, 1999).

A AIDS nesse grupo etário traz a tona certos hábitos até então não revelados como a sexualidade escondida na pele enrugada e nos cabelos brancos, onde a libido é traduzido pelo preconceito (GORINCHTEYN, 2005).

Para melhor informação referente ao tratamento, foi perguntado: Você está fazendo o acompanhamento médico regularmente e apresenta algum efeito colateral medicamentoso prescrito?

“Sim. Diarréia.”

Pelas informações colhidas, observa-se que o idoso realiza o tratamento corretamente mesmo apresentando reações adversas a medicação.

Nas consultas regulares, a equipe de saúde pode avaliar a evolução clínica da pessoa, solicitar exames necessários e acompanhar como esta sendo feito o tratamento. Tomar os remédios conforme as indicações do médico são fundamentais. Isso se chama ter boa adesão ao tratamento (MS, 2010).

Apesar de aumentar a expectativa de vida dos soropositivos, os antirretrovirais causam efeitos colaterais. Entre os mais freqüentes, encontram-se: diarréia, vômitos, náuseas e manchas avermelhadas pelo corpo (MS, 2010).

Devido as alterações ocorridas em sua vida pessoal, foi perguntado: Você contou sobre a doença a sua família ou amigo imediatamente ou a longo prazo?

“Sim, contei para todo mundo imediatamente.”

Relacionado a questão acima, observou que o voluntário não apresentou nenhum constrangimento e preconceito diante da sua patologia.

Conforme MATURAMA (1999), precisamos deixar de lado certos preconceitos com relação aos portadores do HIV, dito soropositivos e basear-nos também no amor.

O estigma e o preconceito representam obstáculo na luta pela prevenção e combate ao HIV/AIDS, colocando as pessoas HIV soropositiva em difícil posição frente a vida, fato demonstrado pela Comissão de Direitos Humanos (1996).

Referente às informações sobre a doença foi perguntado: Você tinha alguma informação preventiva quanto ao HIV/AIDS? E hoje?

“Não, ouvia falar, mas não prestava atenção. Hoje sei que se pega através de sexo, material infectado e seringas que contém sangue.”

Observou-se que sobre as informações preventivas a falta de conhecimento e interesse antes do adquirir a doença estava presente.

Para muitos a idéia de contrair o HIV/AIDS em uma idade avançada não existe, porque a informação sobre a prevenção é direcionada quase que exclusivamente aos jovens e a consciência sobre fatores de risco para idosos é baixo (OLDER PLEOPLE, HIV AND AIDS, 2002; HIV/AIDS AND OLDER ADULTS, 2007).

A população idosa carece de informações sobre a doença, tem preconceito contra o uso de preservativos e faltam ações preventivas voltadas para esse grupo (PRILIP, 2004).

Em relação a grande importância de uma boa comunicação com a equipe de enfermagem, foi realizada a seguinte pergunta: Você tem uma boa relação com a  equipe multidisciplinar onde realiza o tratamento? E com a Enfermagem especificamente?

“Sim. Também, pois eu acho de grande importância. É um serviço que nos orienta sobre exames, medicamentos e a importância das consultas.”

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