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SAÚDE PUBLICA MUNDO

Por:   •  20/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.685 Palavras (7 Páginas)  •  320 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE ENFERMAGEM

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA SAUDE COLETIVA I - ENF 03059

EDUARDA RIBEIRO TEIXEIRA - 301553

dudateixeira@outlook.com

BRUNA GOTTLIEB VERGINIO - 301470

gottliebruna@gmail.com

TAREFA IV - Sistemas Internacionais de Saúde

Porto Alegre

2018

1. REINO UNIDO

Criado há 63 anos, o National Health System (NHS), nome oficial do sistema de saúde britânico, inspirador da criação do Sistema Único de Saúde no Brasil, é um modelo universal, gratuito e, acima de tudo, eficaz. O sistema baseia-se nos princípios de equidade e integralidade.

Têm direito ao atendimento gratuito do NHS:

Residentes legais com residência permanente; refugiados; estudantes matriculados em um curso de, no mínimo, 15 horas semanais e com visto de estudante válido por mais de seis meses, assim como seus familiares; solicitantes de asilo; pessoas com permissão para trabalhar na Inglaterra.

Turistas e estudantes matriculados em cursos inferiores a 6 meses deverão pagar por um Seguro de Saúde, porém, em casos de emergências em que a pessoa corra risco de morte, basta dirigir-se ao setor de Emergência de qualquer hospital para ser prontamente atendido. Tal direito ao atendimento também é aplicável para imigrantes ilegais no país, porém, com posterior cobrança pelos serviços prestados.

Para ter acesso ao NHS, é necessário fazer um cadastro nacional e realizar uma consulta de rotina com um médico em um General Practitioner (GP), uma espécie de UPA que existe em todos os bairros. O médico listará as doenças pregressas e atuais do usuário, acompanhando e encaminhando para especialistas quando necessário.

O acesso aos medicamentos é gratuito para crianças até os 18 anos, gestantes, idosos e pessoas carentes ou desempregados. Além dos GPs, o NHS conta com os walk-in centres, nos quais não é necessário agendar consultas, hospitais e postos de pronto atendimento 24h.

Existe serviço privado de saúde, mas é pouco utilizado e não oferece todos os serviços que o sistema público oferece.

Sua estrutura de cobertura segmenta-se em duas vias básicas de atendimento visando suprir mais adequadamente as diferentes necessidades da população e com maior agilidade:

NHS Walk-in Centres: são centros onde não é necessário o agendamento, oferecendo conselhos de saúde e atendimentos menos complexos como tratamento para gripes, resfriados, pequenos acidentes. São abertos de manhã até a noite, sete dias por semana e o atendimento/avaliação é feito por enfermeiros. O objetivo principal desses centros é completar e não substituir os GPs. Essas instâncias de atenção têm similaridade com os pronto-atendimentos implantados a nas grandes áreas urbanas de nosso país.

NHS Direct: linha telefônica operada por enfermeiras, que funciona 24 horas por dia fornecendo informações de saúde e fazendo encaminhamento aos serviços apropriados quando necessário, sejam eles primário ou secundário.

Em complemento a essa atenção básica, foi definido um nível subsequente de atendimento ambulatorial especializado e procedimentos de alta complexidade, realizados em hospitais, cujas implementações delimitam-se pelos núcleos de atendimento:

Care Trusts: são instituições criadas em 2002 com o objetivo de desenvolver trabalhos entre os Serviços de Saúde e os Serviços Sociais;

Mental Health Trusts: serviços especializados em Saúde Mental.

NHS Trusts: instituições criadas para garantir qualidade na atenção e eficiência nos gastos de hospitais, os quais se dividem em gerais, especializados e universitários. Exceto em emergências, o encaminhamento aos hospitais deve ser realizado pelos GPs.

Ambulance Trusts: serviços de transporte de pacientes.

A Atenção Primária no Reino Unido, a partir da reestruturação do NHS em 2005, passou a ser responsável pelo atendimento de 99% da população por meio da organização de Grupos de Atenção Primária (equipes de saúde multiprofissionais composta principalmente por médicos, enfermeiros, dentistas, psicólogos e fisioterapeutas de atuação na saúde básica) que é responsável, em média, pelo atendimento de 100mil pacientes.

Outra importante atuação do Grupo Primário é por meio de 26 Zonas de Ação em Saúde a Health Action Zones, cujo objetivo é cobrir a comunidade de maior risco epidemiológico e de exclusão social, aproximadamente 13 milhões de habitantes. Esse mecanismo particular de atenção primária caracteriza-se como uma medida governamental em busca da minimização das desigualdades sociais que se mostra promissora.

A maior parte do financiamento do sistema de saúde britânico advém do setor público, principalmente de impostos gerais, com uma pequena contribuição do sistema de Seguridade Social; portanto, o sistema público inglês conta com fontes de financiamento semelhante às do SUS.

Com relação à porcentagem do PIB gasta em saúde, apesar de o Reino Unido apresentar uma tendência ao aumento desse percentual nas últimas décadas, este ainda é inferior aos de outros países da OECD (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico). Os dados disponíveis mostram que os britânicos gastaram, em 2001, 7,6% do PIB em saúde, ao passo que os demais países da organização gastaram, em média, 8,4% do PIB. Da mesma forma, quando comparado com o mesmo rol de países, o Reino Unido possui um dos menores gastos totais em saúde per capita.

Ainda adotando os dados da OCDE como parâmetro, o Reino Unido apresentou em 2003 um gasto público equivalente a 82% dos gastos totais em saúde, contra uma média de 72% dos demais países da OCDE (2003); portanto, o sistema britânico possui uma das mais altas porcentagens de gasto público em saúde, como porcentagem do gasto total, em comparação aos países analisados anteriormente. A nível de comparação, os dados apresentados no Boletim de  políticas públicas mostram que o Brasil gasta 7,6% do PIB com saúde, porcentagem idêntica ao sistema britânico em 2001, sendo apenas 42% do setor público, o que equivale a quase metade do gasto público do Reino Unido.

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