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TEORIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS EM ENFERMAGEM

Por:   •  12/10/2016  •  Artigo  •  1.479 Palavras (6 Páginas)  •  1.545 Visualizações

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FACULDADE CENECISTA DE OSÓRIO - FACOS

GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

INTRODUÇÃO A ENFERMAGEM

HIGOR COELHO NUNES

TEORIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS EM ENFERMAGEM

Trabalho solicitado pela disciplina de Introdução a Enfermagem ministrada pela docente Débora Biffi na Faculdade Cenecista de Osório-Facos, para obtenção de parecer avaliativo.

AGO/2016/TRAMANDAÍ


Higor Coelho Nunes¹

RESUMO

Estudo descritivo analítico onde seu propósito é estudar a fundo a teoria, conceitos e fundamentos criados por Hildegard E. Peplau sobre as relações interpessoais em enfermagem descrevendo sua origem, metodologia, utilidade e suas quatro fases, mostrando a visão que Peplau tinha sobre a profissão da enfermagem enfatizando e mostrando o porquê da importância do uso desta teoria desde antigamente até os dias de hoje.

Palavras-chave: Enfermagem, Relação Interpessoal, Teoria de Enfermagem.

¹ Acadêmico da faculdade Cenecista de Osório no curso de Enfermagem.


  1. INTRODUÇÃO

Com o inicio da enfermagem propriamente dita graças a Florence Nightingale no século XIX, Florence acaba por criar uma filosofia base para a enfermagem, filosofia esta que serve de base para a maioria das teorias de enfermagem contemporâneas. A partir da segunda metade do século XIX mais especificamente no ano de 1952 com a publicação do livro ‘Interpersonal Relations in Nursing’ de Hildegard Peplau, que abordava o relacionamento interpessoal em enfermagem começou-se a articular e sistematizar novas visões teórico-filosoficas acerca da enfermagem fazendo com que outros teóricos desenvolvessem e publicassem suas teorias que selecionavam e inter-relacionavam seus diferentes pontos de vista filosóficos que refletiam na natureza e no escopo de enfermagem. (SANTOS; NOBREGA, 1996)

Uma teoria é constituída por um conjunto de conceitos inter-relacionados que permite a nós uma forma sistemática para explicar e prever fatos ou eventos. Sua construção tem inicio na observação de fatos e eventos que resultam em ideias. Estas ideias acabam por projetar tentativas, resoluções e visões sistemáticas dos fenômenos. (SANTOS; NOBREGA, 1996)

Acaba-se então por formar conceitos que levam a hipóteses, possibilitando que os experimentos possam comprovar e validar estas hipóteses, levando então à formação de uma teoria. Muitos foram os enfermeiros que acreditaram e apostaram no processo científico da enfermagem, autônomo e independente, diferentemente do modelo biomédico a que somos levados no processo de formação profissional. (SANTOS; NOBREGA, 1996)


  1. DESENVOLVIMENTO
  1. ORIGEM DA TEORIA INTERPESSOAL DE HILDEGARD E. PEPLAU

A composição conceitual dos relacionamentos interpessoais procura desenvolver as habilidades do enfermeiro usando a orientação através dos eventos de significância psicológica, sentimentos e comportamentos do paciente. Peplau usou diversos recursos para o desenvolvimento da sua composição conceitual tais eles como: A teoria interpessoal de Harry Stack Sullivam; a teoria da psicodinâmica de Sigmund Freud; a teoria de Abraham Maslow da motivação humana; o trabalho de Neal Elgar Miller voltado para a teoria da personalidade, mecanismos de ajustes, psicoterapia e princípios do aprendizado social. (SANTOS; NOBREGA, 1996)

Peplau comprometeu-se a incorporar conhecimentos já estabelecidos dentro do seu conceito para assim desenvolver uma teoria baseada no modelo de enfermagem, o que conseguiu com sua Teoria das Relações Interpessoais. Peplau destaca ainda a importância para a enfermagem ao se colocar como uma tentativa de mudança do olhar clínico, meramente, para um olhar compreensivo, do enfermeiro dirigindo-se ao paciente. (SANTOS; NOBREGA, 1996)

3.2 A VISÃO DE PEPLAU SOBRE A ENFERMAGEM

Hildegard E. Peplau considera a enfermagem uma arte terapêutica e um processo interpessoal, onde cada indivíduo é visto como um ser dotado de crenças, costumes, usos e modos de vida voltados para uma determinada cultura e ambiente diversificado. Para Peplau, a enfermagem é uma relação humana entre o individuo que está doente ou necessitado de serviços de saúde, e um enfermeiro preparado para reconhecer e para responder às necessidades de ajuda do paciente. (SANTOS; NOBREGA, 1996)

Peplau considera também elementos básicos nas situações de enfermagem as necessidades humanas básicas, a frustração, o conflito e a ansiedade, que devem ser tratados no relacionamento enfermeiro-paciente de modo a favorecer o desenvolvimento saudável da personalidade. Peplau encara a enfermagem como uma força de amadurecimento e um instrumento educativo, uma vez que o enfermeiro assiste o paciente utilizando a relação interpessoal como principal ferramenta, cresce conhecendo-se melhor, e ajuda a crescer também o paciente. (SANTOS; NOBREGA, 1996)

3.3 A APLICAÇÃO DA TEORIA E SUAS QUATRO FASES TERAPÊUTICAS EM CONJUNTO COM EXPERIÊNCIAS PSICOBIOLÓGICAS

  1. ORIENTAÇÃO.

A fase da orientação é o inicio da relação interpessoal, e ocorre quando o paciente/família percebe que a uma necessidade de ajuda. Tanto o enfermeiro quanto o paciente trazem suas bagagens anteriores como cultura, valores, ideias pré-concebidas e etc. que devem ser todas levadas em consideração. Ambos têm seus papeis importantes nessa interação interpessoal, existe ainda nesta fase todo o aspecto educativo da relação. (SANTOS; NOBREGA, 1996)

  1. IDENTIFICAÇÃO

Nesta fase o paciente reage seletivamente ao enfermeiro, ambos precisam esclarecer suas percepções e expectativas. No final desta fase o paciente começa a lidar com o problema, o que diminui sua sensação de impotência e a desesperança do enfermeiro, criando uma atitude de otimismo. (SANTOS; NOBREGA, 1996)

  1. EXPLORAÇÃO

A fase da exploração consiste em deixar que o paciente sinta-se parte integrante do ambiente de cuidados. É importante para o enfermeiro saber usar seus princípios para técnicas de entrevista, precisando o enfermeiro conceder ao paciente uma atmosfera sem ameaças e utilizar adequadamente a comunicação, esclarecendo, escutando, aceitando e interpretando corretamente. Dessa forma o enfermeiro ajuda o paciente na exploração de todos os caminhos da saúde. (SANTOS; NOBREGA, 1996)

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