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Texto anexo embrionarios

Por:   •  25/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.460 Palavras (10 Páginas)  •  1.086 Visualizações

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Membranas Fetais e Anexos Embrionários

Noções introdutórias

São as estruturas que não fazem parte direta do embrião, porém são indispensáveis para manter sua vida e desenvolvimento normal antes do nascimento.

São anexos embrionários o âmnio, o saco vitelino, o córion (parte fetal da placenta) e o alantoide. Essas estruturas apenas se originam do zigoto, mas não fazem parte do corpo do embrião. No entanto, a parte dorsal do saco vitelino vai fazer parte do revestimento epitelial do intestino e o alantoide auxiliará na formação da bexiga e do úraco.

Âmnio

A cavidade amniótica aparece no final da 1ª semana do desenvolvimento embrionário, a partir das células do epiblasto, os amnioblastos, conforme já explicado pelo 1º grupo, e é uma bolsa situada acima do disco embrionário. O assoalho dessa cavidade é a própria ectoderme embrionária. É formada por um epitélio pavimentoso simples e revestida pela mesoderme extraembrionária. Essa mesoderme formará um pedículo entre a bolsa amniótica e o córion, que no futuro fará parte do cordão umbilical.

Crescimento da vesícula amniótica:

  • Na 2ª semana  o âmnio cobre somente o dorso do embrião.
  • Na 3ª semana  ultrapassa as regiões cefálica e caudal do embrião, chegando até o pericárdio e saco vitelino secundário
  • 6ª semana  o âmnio cobre totalmente o conceptus, adere-se ao córion e forma a membrana corioamniótica, que, no final do 3º mês, enche a cavidade uterina e entra em contato com a decídua parietal

Estas fases são ilustradas no slide posterior.

A cavidade amniótica é preenchida pelo líquido amniótico, que possivelmente tem origem materna.

Nas espécies terrestres, o âmnio substitui o meio líquido em que se desenvolvem os organismos aquáticos e anfíbios, e se compara a um aquário em particular (lembre-se dos ovos de peixes e sapos, que se desenvolvem na água). São várias as funções do líquido, nas quais ressaltamos principalmente:

  • a lubrificação do embrião, impedindo a aderência dos tecidos fetais entre si e as paredes do saco coriônico
  • proteger o embrião da desidratação
  • amortecer os choques  no final da gestação, a quantidade pode chegar a 1 ou 2 litros de líquido amniótico, prevenindo traumatismos causados por fatores externos
  • ajudar a controlar a temperatura corporal
  • agir como barreira contra infecções.
  • facilita os movimentos fetais, ou seja, permite que o feto se mova livremente.

(Mostre a ilustração do slide, que é a fotografia de um feto de 10 semanas de gestação, na qual se vê o saco e o líquido amniótico. Mostre também o cordão umbilical e o vaso sanguíneo que aparece dentro dele).

Importante ressaltar que o feto, durante todo o seu desenvolvimento no interior do útero, deglute o líquido amniótico, o qual é absorvido pelo seu trato digestivo, passando para a circulação, excretado pelos rins e eliminado outra vez para o saco amniótico pela urina. (O slide mostra o esquema desse ciclo. Importante ressaltar que é um ciclo!).

Saco vitelino

O saco vitelino tem origem no endoderma. Com 12 dias temos a formação do saco vitelínico primário e com 14 dias temos a formação de vesícula vitelínica definitiva. Sua função geral, é armazenar substâncias nutritivas (vitelo) para o embrião durante o desenvolvimento (por isso se diz que nos vertebrados não-mamíferos, o saco vitelino é a mamadeira [nutre] e a alantoide é a fralda [armazena excreta]). Mas, nos humanos, ele se atrofia gradativamente, sendo esta função desempenhada pela placenta.

Apesar de o saco vitelino não ser funcional no que diz respeito ao armazenamento do vitelo, sua presença é essencial por várias razões:

  • ele desempenha um papel de transferência de nutrientes para o embrião, durante a segunda e a terceira semanas, enquanto a circulação úteroplacentária está sendo estabelecida;
  • é o primeiro órgão hematopoético, que formará as primeiras hemácias do embrião, a partir da 3ª semana, até a que esta atividade se inicie no fígado, por volta da 6ª semana;
  • durante a quarta semana, a porção dorsal do saco vitelino é incorporada pelo embrião, formando o intestino primitivo;
  • células germinativas primordiais aparecem no revestimento endodérmico da parede do saco vitelino na terceira semana e, subsequentemente, migram para as glândulas sexuais em desenvolvimento, se diferenciando em células germinativas (espermatogônias nos homens e ovogônias nas mulheres).

Dessa forma na espécie humana, o saco vitelino se apresenta como primeiro órgão hematopoético (formador de sangue), pois é ali que vão ser formado as primeiras hemácias do embrião. Depois,  essa função será designada ao mesênquima; mais tarde, ao fígado e ao baço. Após o nascimento esta função é desempenhada pela medula óssea vermelha.

No fim da 6ª semana o saco vitelino se destaca da alça do intestino médio. Com 10 semanas, o pequeno saco vitelino está localizado na cavidade coriônica, entre os sacos amniótico e coriônico (ver figura e localizar as estruturas). Além disso, na época do parto, juntamente com o alantoide, está reduzida a vestígios na estrutura do cordão umbilical.

Alantóide

Por volta do 16º dia, um grupo de células começa a se proliferar a partir do endoderma, formando uma pequena bolsa ou um dedo de luva, que cresce gradualmente e vai se insinuando entre as células do pedúnculo embrionário. Muitos autores a consideram uma invaginação do teto do saco vitelino.

Em répteis e aves, a alantóide é uma estrutura grande e possui função respiratória ou de reservatório para a urina. No entanto, como nos mamíferos essas funções são exercidas pela placenta e saco amniótico, no segundo mês de desenvolvimento, a parte extraembrionária da alantóide se degenera, fazendo da alantóide um órgão vestigial (por isso se diz que nos vertebrados não-mamíferos, o saco vitelino é a mamadeira [nutre] e a alantoide é a fralda [armazena excreta]).

Embora a alantóide não seja funcional nos embriões humanos, ela se torna importante por quatro razões principais, que são:

  • ocorre a formação de sangue na sua parede, da terceira à quinta semana;
  • seus vasos se tornam artérias e veias umbilicais;
  • junto com o saco vitelino forma o cordão umbilical

A porção proximal da alantoide forma parte da bexiga urinária, enquanto que a porção distal, úraco, se transforma em um cordão fibroso, o ligamento umbilical médio (conforme podemos observar na figura). Os vasos sanguíneos da alantoide persistem como artérias e veias do cordão umbilical.

Cordão umbilical

O cordão umbilical é uma estrutura de comunicação que liga o embrião à placenta. Compõe-se de mesoderma extra- embrionário no qual se formam ilhotas sanguíneas que na terceira semana estabelecem comunicação com os vasos alantoideanos. O mesênquima dessa estrutura produz uma substância chamada geleia de Wharton, composta de tecido conjuntivo gelatinoso, que envolve os vasos do cordão, diminuindo o risco de compressão.

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