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Transfusão de sangue e seus cuidados

Por:   •  11/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.326 Palavras (10 Páginas)  •  319 Visualizações

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Trabalho de imunologia referente ao curso de enfermagem

TRANSFUSÕES DE SANGUE

E

SEUS CUIDADOS

1 Introdução

O liquido sanguíneo sempre esteve presente na história da humanidade com a crença de que dava sustento e que era capaz de salvar vidas. Porém, foram necessários centenas de anos de estudos, para descobrir sua importância principal e o seu papel terapêutico.

Tendo em vista o sistema hemoterápico brasileiro, destaca-se a confirmação da primeira transmissão do vírus da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), em 1988, como principal causa para uma reorganização das Políticas Nacional e Estadual de Sangue, (PEREIMA et al., 2007).

Nos dias atuais, a hemoterapia no Brasil é regulamentada por normas e resolução sobre os procedimentos hemoterápicos e as boas práticas no ciclo do sangue, compreendendo desde o processo de receptação de doadores até a transfusão de sangue, seus componentes e hemoderivados, originados do sangue humano.

A transfusão de sangue deve se adequar às necessidades de saúde do paciente, proporcionada com tempo e administrada de forma correta. Mesmo realizada dentro das normas, indicada e administrada corretamente, a transfusão de sangue envolve um risco sanitário. Esse risco se dá pelas reações transfusionais durante ou após a transfusão sanguínea, além do fato de estar a ela relacionado. Dentre as complicações, soma-se aquelas devido à contaminação por bactéria, reações hemolíticas agudas ocasionadas por incompatibilidade do sistema ABO, reações anafiláticas, sobrecarga volêmica, entre outras. Essas ocasiões nem sempre podem estar associadas à falha humana. Mas sim ligadas aos mecanismos de resposta do organismo à transfusão de sangue.

Os institutos que realizam a transfusão de sangue devem manter, nos prontuários dos pacientes que serão submetidos a tal procedimento, os registros relacionados à transfusão, como data, hora de início e término da transfusão de sangue, sinais vitais no início e no término, origem e identificação das bolsas dos hemocomponentes, identificação do enfermeiro responsável e registro de reação transfusional. Somado a isso, são necessários verificação e registro dos sinais vitais (temperatura, frequência respiratória, pressão arterial e pulso) do paciente submetido ao procedimento, imediatamente antes do início e após seu término; o acompanhamento nos primeiros dez minutos da transfusão pelo profissional de saúde qualificado. Tais ações possibilitam não só a detecção antecipada de eventuais reações adversas, mas também sua notificação.

Com o intuito de evitar os danos consequentes que podem ser gerados pela transfusão de sangue, os registros de enfermagem são elementos imprescindíveis ao cuidado com paciente. Por eles, é possível conceder uma comunicação multidisciplinar, permitindo a sequência da assistência, além de ser relevante para a qualificação das anotações das reações transfusionais ao fornecer informações sobre o paciente no período pré, trans e pós-transfusional, (SOUZA, 2012).

A enfermagem tem papel essencial na hemoterapia, ainda são poucas as pesquisas realizadas pela categoria nessa área temática. Um estudo bibliográfico efetuado a respeito da produção científica de enfermagem em Hemoterapia, Hematologia e Transplante de Medula Óssea, em um recorte temporal de 2000-2004, apontou um total de 88 publicações, sendo 73 em Anais de congressos. Os trabalhos originaram-se principalmente no Sudeste, predominando a abordagem quanti-qualitativa, com pouca produção na parte da enfermagem nesta área. Isso pode ser justificado por se tratar de uma especialidade da enfermagem ainda recente e em consolidação no Brasil, (ARAUJO; BRANDÃO & LETA, 2007).

A total seguridade na transfusão e a qualidade estão diretamente relacionadas entre si próprias, visto que qualidade nos serviços de saúde significa oferecer menor risco possível ao paciente, a partir da instrumentalização e o máximo de cuidado. Para isso, o estabelecimento de um planejamento e de uma política de riscos, por exemplo, protocolos consolidados na organização, contribuem para a segurança e ajudam as partes interessadas: o paciente, o colaborador e a instituição médica.

No caso da saúde, em que o consumidor é o paciente, um sistema de gestão da qualidade tem como função melhorar a eficiência dos serviços prestados, para ir ao encontro dos requisitos solicitados por ele, também como sua satisfação. Neste caso, tende-se que os profissionais que trabalham em tais serviços deverão estar treinados e atentos para precaver, identificar, abordar e tratar possíveis reações transfusionais, (MATTIA, 2014).

 Destaca-se a equipe de enfermagem, uma vez que sua atuação pode minimizar consideravelmente os riscos ao paciente e evitar danos consequentes, realizando o gerenciamento do processo transfusional com a eficiência total, (FERREIRA et al., 2007).

2 Objetivos

O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão bibliográfica sobre as transfusões.

3 Revisão bibliográfica

3.1 transfusões

Para que uma transfusão sanguínea seja efetuada é expressamente necessário saber qual o tipo sanguíneo do doador e do receptor, em alguns casos o receptor pode rejeitar o sangue recebido causando-lhe consequências devastadoras.

 As células vermelhas do nosso sangue possuem vários antígenos, cuja os mais conhecidos são os do “Sistema ABO”. As pessoas podem ser do tipo A, do tipo B, do tipo AB e do tipo O.

Os tipos são herdados de seu pais por exemplo: Se mãe e pai forem do tipo A, o descendente será do tipo A. Em alguns casos mesmo se o pai for do tipo A e a mãe do tipo O, o filho tende mais a ser A, pois o A é dominante tem relação à O, mesmo O contendo ausência de antígeno do “Sistema ABO”.

O sistema imunológico possui uma certa tolerância para antígeno das suas próprias células vermelhas, produzindo anticorpos para outro tipo de antígeno. Se uma pessoa do tipo A não pode receber do tipo, pois aconteceria uma reação dos anticorpos. Pessoas do tipo AB não produzem anti A e anti A e B, já os do tipo O produzem.

Para o enfermeiro descobrir a tipagem sanguínea é feita uma análise da seguinte forma: separa-se anticorpos do tipo A e B, o que sofre aglutinação será classificado como do tipo oposto, ou seja, se a aglutinação ocorrer no anticorpo A, o sangue é do tipo B e assim sucessivamente. Quando não ocorrer aglutinação por parte dos anticorpos o sangue é do tipo O. De certo modo o tipo O, por não possuir antígenos de nenhum tipo, é aceito por ambos, tornando –se um “doador universal”. Sendo assim o tipo AB não produz anticorpos para A e B, o que leva a crer que é um “receptor universal”.

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