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Uso Abusivo de álcool - Cuidados de enfermagem em rede

Por:   •  19/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.452 Palavras (6 Páginas)  •  504 Visualizações

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS

CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA E DA SAÚDE

CURSO DE ENFERMAGEM

DISCIPLINA DE ANATOMIA

PROF. MATHEUS


Uso abusivo de álcool - cuidados de enfermagem em rede

PELOTAS, 1º SEMESTRE DE 2018


 O uso do álcool preocupa os profissionais da Saúde, o consumo abusivo acarreta altos custos para o governo e para toda sociedade. Diante desta situação pergunta-se:  Como a enfermagem ajuda este indivíduo em sua recuperação? O objetivo deste estudo é discutir estratégias, baseadas em evidências, da atuação do profissional de enfermagem no atendimento do paciente etilista. Material e Método – Trata-se de um estudo clínico, utilizando-se páginas da Universidade Federal de Pelotas. Resultados – O enfermeiro participa de programas de atendimento ao paciente etilista, utiliza testes específicos para detecção do problema e propõe intervenções visando resultados satisfatórios na recuperação do indivíduo. Conclusão – A consulta de enfermagem é utilizada para abordar o problema e utilizando-se da empatia e buscando sensibilizar o indivíduo para o tratamento.

O abuso alcoólico está relacionado com diversos problemas, físicos, psíquicos, sociais, o que o torna um relevante problema de saúde pública. Também deve-se identificar possíveis problemas clínicos associados ao uso do álcool, tais como: hipertensão, esofagites, gastrites, cirrose, neuropatia periférica, hipovitaminose, anemia, entre outros.

O álcool acompanha o homem desde tempos primórdios, ingerindo os sumos fermentados das frutas maduras caídas das árvores . Com o refinamento do processo de destilação disponibilizou-se bebidas de alto teor alcoólico e facilidade no acesso, deixando o homem cada vez mais vulnerável ao problema do alcoolismo . O uso indiscriminado de bebidas alcoólicas leva a dependência química e traz complicações no âmbito social e orgânico do indivíduo.

É uma droga psicotrópica que tem seu uso admitido e incentivado pela sociedade. Quanto às suas implicações, o álcool exerce efeito depressor sobre o sistema nervoso central (SNC), cuja gravidade depende de sua concentração na corrente sanguínea. Entre os efeitos causados pelo consumo de bebidas alcoólicas, destacam-se o aumento do risco para problemas sociais, de trabalho, familiares, físicos e legais, o que o configura como problema de saúde pública . Observa-se crescimento do consumo de álcool paralelamente ao aumento dos problemas sociais, associado ao estigma e ao preconceito sofrido pelos alcoolistas, que são vistos, na maioria das vezes, como pessoas indesejáveis, inconvenientes, desmoralizadas e indisciplinadas.

A equipe de Enfermagem mostra-se como um dos principais prestadores de assistência aos alcoolistas, pois, por meio de seu processo de trabalho, encontra-se mais próxima dessa clientela.  Assim, ao considerar a problemática do abuso de álcool e a importância da equipe de Enfermagem nesse atendimento, emergiu a necessidade da realização deste estudo, que tem como objetivo conhecer a percepção da equipe de Enfermagem sobre o cuidado a pacientes alcoolistas.

No mundo, 15% da população têm problemas com a ingestão de álcool, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil o alcoolismo está presente em 25% dos suicídios, 50% dos homicídios, 50% das mortes por acidentes de trânsito, além de ser responsável por 10% das faltas ao trabalho e estar envolvido em 90% das internações psiquiátricas. Sendo que pelo menos 20% de todas as internações psiquiátricas feitas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) decorrem de transtornos mentais provocados pela bebida em excesso.   Dessa maneira, o governo federal gasta R$ 180 milhões anuais, por meio do SUS, só para tratar dependentes de álcool. O alcoolismo também é a terceira maior preocupação do governo federal atualmente.

Nos serviços de saúde, o enfermeiro deverá estar atento às possibilidades de detectar precocemente o uso de álcool e outras drogas, a fim de reduzir os possíveis danos, devendo sensibilizar o usuário a buscar alternativas de tratamento, conforme preconiza a política de saúde (GONÇALVES; TAVARES, 2007, p. 588), uma vez que o diagnóstico e o tratamento precoces da dependência ao álcool têm papel fundamental no prognóstico deste transtorno. Acredita-se que, aproximadamente, 20% dos usuários tratados na APS bebem em um nível considerado de alto risco, pelo menos fazendo uso abusivo do álcool. Para tanto, é necessário que o profissional acolha o usuário sem julgamentos, e que possa estabelecer um vínculo que o permita articular juntamente com o usuário um Plano Terapêutico Individual (PTI) direcionado à dependência, bem como às doenças clínicas decorrentes da dependência

Para ajudar a identificar casos suspeitos de problemas de uso abusivo de álcool na comunidade, o análise clínico cita alguns questionários práticos que foram desenvolvidos, os quais podem ser aplicados pelos ACS. O mais simples deles é conhecido como CAGE (sigla em inglês, que se refere a palavras das perguntas que são formuladas). 

O questionário consiste em quatro perguntas:

1. Você já tentou diminuir ou cortar (Cut down) a bebida? 
2. Você já ficou incomodado ou irritado (Annoyed) com outros porque criticaram seu jeito de beber? 
3. Você já se sentiu culpado (Guilty) por causa do seu jeito de beber? 
4. Você já teve que beber para aliviar os nervos ou reduzir os efeitos de uma ressaca (Eye-opener)? 
Se pelo menos uma resposta a essas perguntas for afirmativa há suspeita de problemas com o álcool. Duas ou mais respostas afirmativas é indicativo de problemas com o álcool (MAYFIELD; MCLEOD; HALL, 1974; SANTOS et al., 2013).

Com relação à internação involuntária, esta deve ser realizada apenas quando existe situação de risco iminente para o paciente ou para terceiros. Esse tipo de internação só pode ocorrer mediante determinação da equipe, mas isso não basta: precisa ser comunicada ao Ministério Público, que a submeterá a um órgão de revisão (uma comissão multidisciplinar), para assegurar ao paciente o direito ao contraditório e para verificar a real necessidade da medida (DELGADO, 2012). Dessa forma, a primeira opção de tratamento são os serviços de atenção comunitária.
        Nos casos em que há a necessidade de internação conta-se com os leitos para desintoxicação nos hospitais gerais. Não é indicado o encaminhamento ao hospital psiquiátrico, pois acredita-se que este carrega características que levam à cronificação e iatrogenia, não sendo, portanto, entendido como um local de cuidado em saúde.

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