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A Comissão Centro Controle Infecção Hospitalar

Por:   •  23/8/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.462 Palavras (10 Páginas)  •  266 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETO – UNIRP

Farmácia - Noturno

Flávia Batista dos Reis Machado

Luane Tavares

                                                                      Gabriela Almeida

Márcia Magri da Silva Fonseca

Mariane Gonçalves Andrade

Renata Ereno Monteiro Linhares

Farmacêutico e suas atribuições na CCIH – Comissão Centro Controle Infecção Hospitalar

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

2017

Resumo

A infecção hospitalar é uma síndrome infecciosa adquirida posteriormente à admissão do paciente a uma unidade hospitalar e que pode se manifestar durante a internação ou após a sua alta, caso a mesma possa ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. As infecções hospitalares constituem um gravíssimo problema de saúde pública, portanto em 06 de janeiro de 1997 entrou em vigor a Lei Federal 9.431 a qual previa a obrigatoriedade da existência de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e de um Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH), definindo como um conjunto de ações, desenvolvidas deliberadas e sistematicamente, com o objetivo de reduzir, ao máximo possível as infecções e a gravidade destas. O farmacêutico deve trabalhar na orientação e prevenção da infecção hospitalar. A política de uso racional de antimicrobiano é elemento fundamental no controle de infecções hospitalares. No Brasil, as CCIH conforme exigências legais são as responsáveis pelo desenvolvimento desses programas. O farmacêutico é o profissional capacitado para avaliar as prescrições, propor o uso racional de medicamentos e praticar a atenção farmacêutica, oferecendo informações sobre a utilização dos medicamentos. De forma que resulte num perfeito uso racional dos antimicrobianos, garantindo assim a sua eficácia, de modo a controlar ou mesmo evitar novas bactérias resistentes e novos casos de infecções hospitalares que aumentam a permanência no hospital e a taxa de mortalidade dos pacientes.

INTRODUÇÃO

A infecção hospitalar (IH) é aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifesta durante a hospitalização ou após a alta, quando relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. O controle de infecção hospitalar (CIH) é um conjunto de ações implantadas buscando a diminuição da incidência e a prevenção das infecções hospitalares (GOMES, 2001).

De acordo com a American Society of Health - System Pharmacists (ASHP) as atribuições do farmacêutico no controle de infecções nosocomiais abrangem: transmissão reduzida de infecções, educação continuada para profissionais de saúde e pacientes, e também promoção do uso racional de antimicrobianos (STORPIRTIS et al., 2008).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), para uma antibioticoterapia racional, deve-se buscar uma maior eficácia aliada à menor toxicidade, antes observando a indicação do agente causal da infecção e sua sensibilidade aos antimicrobianos (ATM). O desenvolvimento da racionalização precisa do apoio de vários setores do hospital. É um trabalho multiprofissional que abrange a CCIH. Nesse contexto, o farmacêutico desempenha um papel importante, interagindo com a equipe de saúde e o paciente, realizando ações em farmacovigilância que proporcione melhor qualidade de vida para o paciente e, como resultado, custos reduzidos para a instituição (GOMES, 2001).

OBJETIVOS:

Farmacêutico e suas atribuições na Comissão Centro Controle Infecção Hospitalares.

 Infecção Hospitalar

A portaria n° 2616/98 do Ministério da Saúde (MS) conceitua Infecção Hospitalar como aquela adquirida após admissão do paciente e que se manifesta durante a hospitalização ou após a alta; quando puder ser relacionada à internação ou a procedimentos hospitalares; aquelas apresentadas antes de 72 horas da internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos, realizados durante este período. Já no recém-nascido as infecções adquiridas são hospitalares, exceto as transmitidas por via transplacentária e associadas à bolsa rota superior a 24 horas (GOMES, 2001).

Na prática hospitalar, as infecções hospitalares tornaram-se um grande problema de saúde devido aos avanços tecnológicos relacionados e terapêuticos, e o surgimento de microrganismos multiresistentes aos antimicrobianos usados rotineiramente. As maiores incidências de IH são verificadas em pacientes nos extremos da idade e nos serviços de cirurgia, terapia intensiva (TI) e oncologia (GOMES, 2001). O paciente idoso está mais sensível a adquirir a IH por causa da diminuição da resposta imunológica, alterações fisiológicas do envelhecimento e realização de procedimentos invasivos (GOMES, 2001).

Geralmente os sítios de infecção hospitalar mais frequentemente atingidos são o trato urinário, feridas cirúrgicas e trato respiratório. Os patógenos que lideram no ranking das infecções hospitalares estão descritos no quadro (ANVISA, 2004).

Agentes mais comuns de infecções nosocomiais

Patógeno                                                   Sítios comuns de isolamento do patógeno

Bactérias Gram negativas

Escherichia coli                                         Trato urinário, feridas cirúrgicas, sangue

Pseudomonas sp                                      Trato urinário, trato respiratório, queimaduras

Klebsiella sp                                              Trato urinário, trato respiratório, feridas cirúrgicas                             

Proteus sp                                                 Trato urinário, feridas cirúrgicas

Enterobacter sp                                        Trato urinário, trato respiratório, feridas cirúrgicas

Serratia sp                                                 Trato urinário, trato respiratório, feridas cirúrgicas

Bactérias Gram positivas

Streptococcus sp                                     Trato urinário, trato respiratório, feridas cirúrgicas

Staphylococcus aureus                           Pele, feridas cirúrgicas, sangue

Staphylococcus epidermitis                   Pele, feridas cirúrgicas, sangue

Fungi

Candida albicans                                      Trato urinário, sangue

outros                                                        Trato urinário, sangue, trato respiratório

Fonte: Manual de Microbiologia Clínica para o Controle de Infecção Hospitalar em serviço de Saúde, ANVISA (2004).

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