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A Depressão e Vitamina D

Por:   •  11/10/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.777 Palavras (8 Páginas)  •  142 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

A depressão é uma doença mental crônica que pode gerar alterações de personalidade, comportamento, pensamentos e saúde física. É a principal causa de redução de funcionalidade no mundo e a segunda maior causa de morte entre pessoas com faixa etária de 15 a 29 anos, estando mais presente em mulheres (SENRA, 2017).

Segundo Casseb (2018) junto com a alta incidência de depressão, cresce também a urbanização e o uso de filtro solar, resultando na redução de exposição solar, o que leva à diminuição do nível sérico de 25-hidroxivitamina D. A vitamina D é um nutriente essencial para o organismo e existem dois tipos dessa vitamina, a D2 (ergocalciferol) e D3 (colecalciferol). Ambas são encontradas em alguns alimentos, mas somente a D3 é estimulada através da radiação ultravioleta B (UVB). E essa vitamina age facilitando a síntese de neurotransmissores e atuando em outros sistemas (MEYER, HOLVIK, PAUL, 2015).

Existem várias ações da vitamina D, onde pode-se enfatizar a ação na estimulação da expressão de genes da enzima tirosina hidroxilase, que é necessária para a produção de noradrenalina. E também na regulação do metabolismo do cálcio e fósforo por meio do controle dos processos de absorção intestinal e reabsorção renal desses íons (PARKER, BROTCHIE, 2011).

A deficiência de vitamina D é muito comum e constitui um problema de saúde pública em todo o mundo. Estudos têm mostrado que a prevalência dessa doença é elevada em várias regiões geográficas, inclusive no Brasil. Pode afetar mais de 90% dos indivíduos, dependendo da população estudada. A vitamina D é essencial para funções relacionadas ao metabolismo ósseo, mas também parece estar relacionada à fisiopatologia de várias doenças (MAEDA et al., 2014; PORTO, SILVA SOYGE, 2019)

A eficácia limitada dos antidepressivos, geralmente associada a suas reações adversas, dificultam o tratamento da depressão e motiva os pesquisadores e médicos a buscar tratamentos alternativos para a mesa, como suplementos nutricionais, incluindo a vitamina D. (ARTIGAS et al., 2018; CASSEB, 2018). Visto a importância do tema para saúde pública, é essencial buscar conhecimentos sobre o tema e auxiliar a clínica médica com substâncias que sejam alternativas, seguras e eficazes no tratamento desta patologia. Desta forma, o objetivo do presente trabalho é esclarecer a relevância da relação entre o tratamento da vitamina D e a depressão.

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

  1. Depressão

Nos últimos anos, parte da população vem adquirindo uma cultura que superestima o individualismo, o consumo, o culto ao corpo e ao mundo das imagens, levando ao surgimento de patologias que marcam o distanciamento entre as necessidades sociais. Por exemplo, a hiperatividade e o aumento do consumo são excessivos e podem levar à depressão, que é considerada um dos principais problemas de saúde pública do século XXI (MENDES; VIANA; BARA, 2014).    

A depressão é um transtorno mental comum em todo o mundo e estima-se que mais de 350 milhões de pessoas sejam afetadas. Esta doença afeta todas as faixas etárias e pode ser identificada por tristeza, interesse e sensação de prazer diminuídos, sentimentos de inferioridade, perda de sono ou apetite, cansaço e dificuldade de concentração. Além disso, costuma ser associada a sintomas de ansiedade. Esses problemas podem se tornar doenças crônicas ou recorrentes, levando a muitas deficiências importantes na capacidade dos indivíduos de realizar suas tarefas diárias. Na consequência mais séria, a depressão pode levar ao suicídio (WHO, 2015).

De acordo com a gravidade dos sintomas apresentados, os episódios da doença podem se classificar em leves, moderados ou graves. Indivíduos que apresentem episódios leves demonstram possibilidade de continuar com as atividades sociais, de trabalho ou familiares, mesmo que de forma muito limitada. Ambos os tipos podem ser crônicos e apresentar recidiva por um longo período de tempo, especialmente se o tratamento for apropriado (WHO, 2016).

A depressão é caracterizada por uma psicose debilitante e generalizada, incluindo uma variedade de sintomas e perda de interesse em situações anteriormente consideradas prazerosas além do complexo de inferioridade e fadiga. A prevalência desta doença ao longo da vida é de cerca de 20% da população, e o número de mulheres afetadas é o dobro dos homens (CASSEB, 2018).

O humor deprimido não muda muito todos os dias e pode ser acompanhado por sintomas físicos, como acordar pela manhã, lentidão mental evidente, inquietação, perda de peso e perda da libido. A depressão será o segundo fator mais importante na redução da expectativa de vida em 2020 (DOMINGUEZ, 2016; SENRA, 2017).

  1. Vitamina D

A vitamina D é um esteróide solúvel em gordura que pode ser obtido da dieta na forma de ergocalciferol (vitamina D2) pela ingestão de certos alimentos derivados de plantas (como cogumelos), especialmente se expostos ao sol e / ou podem ser obtidos de fontes animais. Obtido a partir de alimentos, como peixes de água salgada e leite suplementado com essa vitamina. Em alimentos de origem animal, a vitamina D existe na forma de colecalciferol (vitamina D3). A vitamina D3 também pode ser obtida a partir de suplementos dietéticos (CASSEB, 2018).

A vitamina D é obtida através de três tipos de fontes: a partir da exposição solar, da dieta e da suplementação. A exposição solar assume-se como a principal fonte de obtenção de vitamina D (80-90%). Por outro lado, a vitamina D obtida através da dieta representa apenas uma pequena parte das quantidades necessárias para satisfazer as necessidades do ser humano (FRASER et al. 2013; LICHTENSTEIN, 2013; ALVES, 2013).

Como referenciado anteriormente, a exposição solar funciona como a principal forma de obtenção de vitamina D e seus derivados. A pele é capaz de produzir após exposição às radiações solares, mais precisamente às radiações ultravioletas do tipo B (UVB). Na dieta a vitamina D pode ser obtida através da ingestão de peixes oleosos (salmão, cavala e sardinha), alguns óleos de peixe (óleo de fígado de bacalhau), gema de ovo e vísceras como o fígado. No mercado existem vários suplementos vitamínicos de vitamina D como o Font D, Century  Vitamina D3, Vitamin D3, Country Life Vitamina D3 e entre outros ( LICHTENSTEIN, 2013; SENRA, 2017).

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