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A FUNÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS NO ORGANISMO E A INFLUÊNCIA DO ÔMEGA 3 NA SAÚDE

Por:   •  15/11/2017  •  Artigo  •  2.296 Palavras (10 Páginas)  •  1.136 Visualizações

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A FUNÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS NO ORGANISMO E A INFLUÊNCIA DO ÔMEGA 3 NA SAÚDE.

Daiana Cristina Marques de Lima

Graduanda em Farmácia

Faculdades Integradas de Três Lagoas – FITL/AEMS


Bárbara Alves Carvalho

Graduanda em Farmácia

Faculdades Integradas de Três Lagoas s – FITL/AEMS

Paloma Kênia de Moraes Lossavaro Berenguel

Graduanda em Farmácia

Faculdades Integradas de Três Lagoas s – FITL/AEMS

Catarina Akiko Miyamoto

Docente da Faculdade Integrada de Três Lagoas – AEMS, Doutora em Ciências Biológicas – USP, Pós- doutorado – Weill Medical College of Cornell University.

RESUMO: Ao longo do desenvolvimento evolutivo dos seres, se demonstrou essencial a presença de componentes como ácidos graxos, para produção de ATP (adenosina trifosfato), estruturação de camada celular, estoque de gordura, possuindo funções regulatórias dentre os variados organismos (ZURIER, 1991¹). Evolução esta que propiciou a sintetização de alguns ácidos graxos saturados e insaturados, os ácidos não sintetizados pelo organismo são chamados de PUFAs (– do inglês “polyunsaturated fatty acids”), necessitando de sua inclusão por dieta alimentar. Dentre tais ácidos estão presentes os ácidos linoleicos, que são ômega-3 e ômega-6, no qual o ômega-3 se encontra em grande quantidade nos óleos de milho e soja, diferente do ômega-6 que está presente em vegetais de folhas verdes, no óleo de linhaça e em óleos de peixes marinho (TIEMEIER et al., 2003).

PALAVRAS-CHAVE: Ácidos Graxos Ômega 3; Ômega 6; Ácidos Graxos não saturados; PUFA’s ácido eicosapentaenóico; ácidos docosahexaenóicos.

INTRODUÇÃO

        As gorduras e os óleos utilizados de modo universal como formas de armazenagem de energia nos organismos vivos são derivados de ácidos graxos que correspondem a ácidos carboxílicos cujas cadeias de hidrocarboneto variam de 4-36 átomos de carbono (C4-C36). Essas podem ser totalmente saturadas (não contém ligações duplas) e não ramificadas ou insaturadas com uma ou mais ligações duplas (DAVID e MICHAEL, – 5º edição).

        Existe uma nomenclatura especial para a família de ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs – do inglês “polyunsaturated fatty acids”), uma vez que os contendo uma ligação dupla entre o terceiro e o quarto carbono a partir da extremidade da cadeia com grupo metil é de importância especial na nutrição humana. Este carbono da extremidade oposta à do grupo carboxila é denominado carbono ômega () e recebe número 1 (carbono -1 – C1) (DAVID e MICHAEL, – 5º edição).

        Os PUFAs com uma ligação dupla entre C3 e C4 são denominados ácidos graxos ômega-3 (-3) e aqueles com a ligação dupla entre C6 e C7, ácidos graxos ômega-6 (-6) (DAVID e MICHAEL, – 5º edição).

O ômega-3, que é um tipo de gordura poli-insaturada encontrada geralmente em peixes de água salgada e regiões frias e também em sementes de plantas. O ácido alfa-linolênico, que na qual pertence e dá origem a molécula de ômega-3 viabiliza a composição de dois ácidos graxos de cadeia longa: o ácido eicosapentaenoico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA). O EPA apresenta relação direta com o desenvolvimento do cérebro e do sistema visual. (BATISTA et al.,2008)

Os estudos de metabolismo envolvendo os ácidos graxos ômega-3 tiveram início na década de 70, a partir de uma pesquisa que detinha a doença coronariana como objeto de estudo. Observou-se em esquimós da Groelândia, que mesmo havendo uma dieta onde o consumo de gorduras com alto teor de colesterol e a baixa ingestão de carboidratos foi notado níveis baixos de colesterol total, triglicéride, lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL) e níveis maiores de lipoproteínas de alta densidade (HDL), representando um avanço no estudo e compreensão da relação e do funcionamento fisiológico e bioquímico do corpo humano com os ácidos graxos. (BATISTA et al.,2008)

 1 OBJETIVO

        O objetivo deste trabalho é demonstrar a influência dos PUFAs  -3 e -6 na dieta para a manutenção das condições fisiológicas do organismo.

 2 METODOLOGIA

A metodologia utilizada neste trabalho é a pesquisa bibliográfica de livros e artigos científicos nacionais e internacionais. Os mesmos encontram-se indexados em plataformas de pesquisas, tais como Scielo, Lilacs e Pubmed.

3 ESTRUTURAÇÃO E FUNCIONALIDADE DOS ÁCIDOS GRAXOS RELACIONADA A SAÚDE.

       Os ácidos graxos poli-insaturados abrangem as famílias de ácidos graxos ômega 3 e ômegas 6. Os ácidos graxos de cadeia muito longa, como o ácido araquidônico e docosaexaenoico, desempenham importantes funções no desenvolvimento e funcionamento do cérebro e da retina (YOUDIM e Martin, 2000).

      Os componentes lipídicos, especialmente os ácidos graxos, estão presentes nas mais diversas formas de vida, desempenhando funções importantes na estrutura das membranas celulares e nos processos metabólicos (YOUDIM e Martin, 2000). Em humanos, o ácido linoleico (18:2n-6, AL) e alfa-linolênico (18:3n-3, ALL) são necessários para manter sob condições normais, as membranas celulares, as funções cerebrais e a transmissão de impulsos nervosos. Esses ácidos graxos também participam da transferência do oxigênio atmosférico para o plasma sanguíneo, da síntese da hemoglobina e da divisão celular, sendo denominadas essências por não serem sintetizados pelo organismo a partir dos ácidos graxos provenientes da síntese de novo. (YEHUDA et al., 2002).

As famílias n-6 e n-3 abrangem ácidos graxos que apresentam insaturações separadas apenas por um carbono metilênico, com a primeira instauração no sexto e terceiro carbono, respectivamente, enumerado a partir do grupo metil terminal (FIGURA 1). A cadeia dos ácidos graxos também é enumerada a partir da carboxila, de acordo com designação ∆ (delta), que é mais aplicada ao estudar as reações químicas que envolvem esses ácidos. Devidos as diferenças fisiológicas entre famílias n-6 e n-3 e a simplicidade da designação n, passou a ser mais apropriado empregar esta designação ao estudar aspectos nutricionais envolvendo os ácidos graxos. (YEHUDA et al., 2002)

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