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A Inflamação e AINES Na Farmácia

Por:   •  29/8/2020  •  Dissertação  •  1.115 Palavras (5 Páginas)  •  172 Visualizações

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Inflamação e AINES

  • Numa inflamação se encontra exsudado (grande quantidade de líquido que extravasa do vaso sanguíneo), produzindo as características da inflamação.
  • Encontra-se também diversas células, principalmente os granulócitos, que são quimioatraídas para o local da inflamação através células mediadoras e que promovem a destruição do patógeno/agente destruidor do tecido.
  • Observa-se vasodilatação, favorecendo a chegada das células para a inflamação.
  • Inflamação: reação protetora, gerada por uma agressão ao tecido, levando ao acúmulo de fluidos e leucócitos com objetivo de destruir, diluir e isolar os agentes lesivos. As respostas se dão por mediadores químicos.
  • Sinais cardinais da inflamação:
  • Calor (ocasionado pelo aumento do fluxo sanguíneo e aumento do metabolismo celular).
  • Rubor / vermelhidão (aumento do fluxo sanguíneo).
  • Tumor / edema / inchaço (em virtude do aumento da permeabilidade vascular, as células atravessam do sangue para o tecido, com isso vai o plasma e o acúmulo causa o edema).
  • Dor (produção de substâncias que vão aumentar a sensibilidade das fibras nociceptivas da dor, indicando a região que está a lesão).
  • Perda/diminuição da função (consequência dos sinais cardinais citados)
  • Resposta benéfica: se não houvesse inflamação, MO estariam livres para penetrar nas mucosas e feridas, e não existiria cicatrização.
  • Resposta maléfica: quando interfere seriamente na função do órgão acometido, pode ocorrer uma ameaça maior do que a inicial. Ex: cirrose hepática, artrite reumatoide e choque anafilático. Por isso, utilizam-se os fármacos para diminuir a ação inflamatória, assim, diminuindo as chances de agravamento do caso.
  • Quando há a lesão da membrana plasmática de uma célula por um agente MO ou algo perfurante (por exemplo), gerando a ação da Fosfolipase A2 ativada por um estímulo (como a prostaglandina), degradando fosfolipídios, e liberando o ácido araquidônico, que é substrato de diversas substâncias que agem na inflamação, como as prostaglandinas, tromboxano e leucotrieno. Além da liberação do ácido araquidônico, há a liberação também de citocinas.
  • A ação para a formação de:
  • Prostaglandinas e tromboxano: mediada pelas Cicloxigenases (COXs).
  • Leucotrieno: mediada pelas lipoxigenases.
  • As COXs são os alvos terapêuticos dos AINES.
  • Existem, pelo menos, 2 COX:
  • COX-1: estômago (produção de bicarbonato e muco), rim, útero, SNC, plaquetas. É CONSTITUTIVA (constantemente produzida, independem de uma indução e estímulos para ser produzida).
  • COX-2: macrófago, linfócito, endotélio vascular. É INDUZIDA (quando recebem estímulos inflamatórios). Mas também há CONSTITUTIVA (Rim, SNC).
  • A COX-1 age no ácido araquidônico, enquanto a COX-2 é induzida pelas citocinas.
  • Há diversas prostaglandinas com várias funções, como hiperalgesia (dor), vasodilatação, broncoconstrição inibição da agregação plaquetária, febre, contração uterina etc.
  • Papeis dos produtos da COX-1:
  • Proteção do TGI: aumento da secreção de muco e diminuição da secreção de ácido gástrico.
  • Agregação plaquetária (Tromboxano).
  • Dor e inflamação.
  • Manutenção da função renal.
  • Contração uterina.
  • Papeis dos produtos da COX-2:
  • Induzidas: dor e inflamação.
  • Constitutivas: manutenção da função renal e transmissão nervosa dos neurônios.
  • Nenhum AINE atua na modificação dos sinais da inflamação, apenas na COX.
  • Os AINEs têm os efeitos “AAA’’: antipirético, analgésico e anti-inflamatório.
  • Efeito Antipirético:
  • Reajustam o termostato hipotalâmico, de forma a inibir a produção de prostaglandinas no hipotálamo, impedindo a ação de aumento da temperatura.

  • Efeito Analgésico:
  • Diminuem a produção de prostaglandinas que sensibilizam os nociceptores.
  • Na cefaleia, age diminuindo a vasodilatação cerebral.
  • Efeito Anti-inflamatório:
  • Variam muito em potencial de ação. Ex: Indometacina e Piroxicam (forte), Ibuprofeno (média) e Paracetamol (fraco).
  • A COX-1 tem a sua ação no efeito INICIAL da inflamação (minutos), enquanto a COX-2 tem seu efeito TARDIO (> 4h)
  • Então, os AINEs que agem apenas na COX-1, vão atuar apenas na fase inicial da inflamação. Os que agem na COX-1 e 2, atuam na fase inicial e final. Já os que agem apenas na COX-2, atuam apenas na fase tardia, entretanto são mais eficazes do que os que inibem apenas a COX-1.
  • Exemplos de AINEs não-específicos: AAS, Fenilbutazona, Ibuprofeno, Indometacina, Naproxeno, Diclofenaco.
  • O AAS, por exemplo, não tem um forte efeito AI porque tem uma ação mais voltada para COX-1.
  • Exemplos de AINEs específicos para COX-2: Nimesulida, Rofecoxibe, Celecoxibe, Etoricoxibe, Parecoxibe, Valdecoxibe, Lumiracoxibe (mais específico).
  • Baixa meia-vida: ex: Diclofenaco, Paracetamol, AAS.
  • Alta meia-vida: ex: Piroxicam (mais voltada para COX-2) e Meloxicam.

  • AINEs de 1ª geração (Não seletivos para COX):
  • Anti-inflamatório moderado.
  • Analgésico moderado.
  • Antipirético.
  • Antitrombótico.
  • Principais efeitos adversos: irritação gástrica, sangramento, lesão renal, eventos cardiovasculares.
  • AINEs de 2ª geração (Seletivos para COX-2) (Não tem efeito antitrombótico, mas também não tem efeitos adversos gastrointestinais):
  • Anti-inflamatório moderado.
  • Analgésico moderado.
  • Antipirético.
  • Principais efeitos adversos: lesão renal e eventos cardiovasculares.
  • Era dos Coxibes: inibidores seletivos da COX-2. Após a descoberta, houve significativa diminuição das lesões gastrointestinais (resultado da não ação destes com as prostaglandinas gástricas).
  • Principais: Rofecoxibe, Celecoxibe, Etoricoxibe e Valdecoxibe.
  • Os coxibes pareciam ser os melhores anti-inflamatórios, mas foi descoberto sua associação com efeitos tromboembólicos. Diminuiu as lesões gástricas, mas aumentou a chance de trombose nos pacientes.
  • Isso ocorre porque a COX-2 age causando vasodilatação e antiagregante plaquetário. Então, com a sua inibição, ocorrem os efeitos contrários.
  • Além de permitir uma ação exacerbada da COX-1, que tem efeitos de vasoconstrição e agregação plaquetária.

Principais classes dos AINEs:

  • Salicilatos:
  • Principal representante:  Aspirina
  • Excelente analgésico (cefaleia, cólicas menstruais, mialgia, dor de dente etc.).
  • Antipirético.
  • Não é um bom anti-inflamatório (precisaria de doses muito altas).
  • Antirreumático (inibe a inflamação, mas não interrompe o processo reumático).
  • Antiagregante plaquetário.
  • Antitrombótico.
  • Derivados do ácido propiônico:
  • Representantes: Ibuprofeno, Naproxeno, Cetoprofeno.
  • Analgésico, antipirético e anti-inflamatório.
  • Alívio da dor e inflamação em artrite.
  • Dismenorreia.
  • Oxicans:
  • Principais representantes: (Piroxicam e Meloxicam):
  • Analgésico, antipirético e anti-inflamatório.
  • Artrite reumatóide.
  • Aminorreia.
  • Menos efeitos no TGI comparado com AAS.
  • Coxibes:
  • Analgésico, antipirético e anti-inflamatório.
  • Contra indicado em pacientes com insuficiência cardíaca e hipertensão.
  • Derivados do ácido fenilacético:
  • Principal representante: Diclofenaco.
  • Analgésico, antipirético e anti-inflamatório.
  • Artrite reumatoide.
  • Dismenorreia.
  • Tratamento tópico: inflamação de músculo, articulações e tendões.

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