A PARASITOLOGIA

REVISÃO PARASITOLOGIA - P2

6-) Morfologia Geral do Filo Nemathelminthes I - Trichuris e Enterobius.

6.1- Os Nemathelminthes são helmintos que possuem como morfologia corpo cilíndrico e não segmentado. Possuem sistema digestório completo.

6.2- Trichuris.

A-) Classificação taxonômica: Trichuris trichiura, conhecido popularmente como verme chicote.

 

B-) Morfologia: O adulto chega a medir 4 cm, possui a parte anterior afilada, quase 2/3 maior que a posterior, dando um aspecto de chicote, de cor esbranquiçada ou rósea. O ovo mede cerca de 50 µm X 22 µm, cor castanha, casca formada por uma camada vitelínea externa, uma quitinosa intermediária e uma lipídica interna, tem forma de barril e é bi-operculado, ou seja, em suas extremidades possui “tampão hialino”.

 

C-) Ciclo biológico: Monoxênico. 

 

D-) Noções gerais sobre os sinais clínicos: geralmente é assintomático. Quando houver, será diarréia, insônia e emagrecimento. Em crianças com parasitismo elevado e crônico, pode haver má nutrição, desidratação, anemia e retardo no desenvolvimento corporal.

 

E-) Noções gerais sobre a profilaxia: tratamento dos infectados com ou sem sintomas; realização de saneamento básico e educação sanitária.

 

6.3- Enterobius.  

A-) Classificação taxonômica: Pertence a espécie Enterobius vermicularis

 

B-) Morfologia: é um verme pequeno, de cor branca leitosa. A fêmea mede cerca de 1 cm de comprimento por 0,5 cm de diâmetro, geralmente realizam a postura dos ovos na região perianal. O macho apresenta 0,5 cm de comprimento e possui uma cauda fortemente recurvada para fixar na fecundação, e após a fertilização eles morrem. O ovo é achatado de um lado e convexo do outro, possui ao redor de 50 μm.

 

C-) Ciclo biológico: Monoxênico.

 

D-) Noções gerais sobre os sinais clínicos: geralmente é assintomático; pode haver desconforto abdominal e enterite nas infecções maciças. O patognomônico é o prurido anal devido a presença das fêmeas grávidas. Em alguns casos, devido a penetração de larvas pela vulva, pode haver vaginite, metrite e ovarite.

 

E-) Noções gerais sobre a profilaxia: diagnósticar e tratar os doentes; não sacudir roupas de cama e pijamas e sim enrolá-los e fervê-los diariamente; utilizar aspirador de pó na limpeza; tomar banho ao amanhecer; cortar bem as unhas.

7-) Morfologia Geral do Filo Nemathelminthes II – Ancylostoma, Strongyloides, Ascaris.

7.1-  Ancylostoma.

A-) Classificação taxonômica: Ancylostoma duodenale a qual traz a doença conhecida por amarelão (Jeca Tatu), e o A. braziliense.

B-) Morfologia: os machos tem a cor esbranquiçada, ligeiramente e uniformemente encurvado medindo 7 a 11 mm de comprimento, com bolsa copuladora bem desenvolvida. As fêmeas tem a mesma coloração do macho, medem 10 a 14 mm de comprimento, calibrosas, terminando em ponta romba e com espinho caudal. 

C-) Ciclo biológico: Ciclo monoxênico, as larvas L-3 geralmente penetram pela pele.

D-) Noções gerais sobre os sinais clínicos: principalmente anemia, por isso a ancilostomose, é chamada popularmente de amarelão; também pode apresentar tosse. Já para o A. braziliensis, as larvas migram pela pele, entre derme e epiderme, formando lesões em forma de mapa na pele (bicho geográfico).

E-) Noções gerais sobre a profilaxia: educação sanitária, tratar os doentes, melhoria das condições de esgoto e andar calçado. 

 

7.2- Strongyloides.

A-) Classificação taxonômica: Strongyloides stercoralis

B-) Morfologia: a fêmea partenogenética é a que atua como parasita, sendo encontrada nas criptas da mucosa duodenal, e apresenta cerca de 2 mm de comprimento por 0,04 mm de diâmetro. Os ovos são larvados, contendo larva rabditóide no seu interior, possui cerca de 50 a 58 μm. Larva rabditóide é a L1, e larva filarióide é a L-3. As fêmeas partenogenéticas são triplóides, as fêmeas de vida livre são diplóides e os machos de vida livre são haplóides.

C-) Ciclo biológico: Monoxênico.

D-) Noções gerais sobre os sinais clínicos: geralmente assintomático. Na fase cutânea pode haver edema, pápula, urticária; na fase pulmonar pode haver febre, tosse e dispnéia, broncopneumonia e dificuldade respiratória; na fase intestinalhá enterite com ou sem ulceração, bem como invasão bacteriana, podendo vir a óbito, diarréia, emagrecimento e insônia; e na fase disseminada há geralmente imunodepressão; e em casos de invasão bacteriana secundária, o paciente pode vir a óbito rapidamente.

E-) Noções gerais sobre a profilaxia: educação sanitária, saneamento básico, tratamento dos infectados.

 

7.3- Ascaris.

A-) Classificação taxonômica: Ascaris lumbricoides

B-) Morfologia: as fêmeas tem 30 cm de comprimento e os machos 20 cm, geralmente são vermes esbranquiçados, que se alimentam de minerais como cálcio e fósforo. Os ovos possuem cerca de 60μm de comprimento por 45 μm de largura.

C-) Ciclo biológico: Ciclo monoxênico, infecção através da ingestão de ovos larvados com L-2 infectante. 

D-) Noções gerais sobre os sinais clínicos: o problema maior é quando ultrapassam 100 vermes, havendo desconforto abdominal como cólicas, perda de apetite e em crianças, pode ocorrer aumento de volume abdominal e sub nutrição crônica. Quando as larvas migram para o pulmão, costuma ocorrer síndrome de Loeffler, geralmente em crianças há tosse, febre, dispnéia e anorexia.

E-) Noções gerais sobre a profilaxia: educação sanitária da população, como por exemplo instalação de serviço de água e esgoto tratado, construção de fossas sépticas nas áreas rurais ou naquelas onde não haja rede pública de esgoto; tratamento em massa da população em determinadas situações e proteção dos alimentos contra poeira e insetos, lavar adequadamente as hortaliças antes de consumi-las, bem como higiene pessoal do manipulador.

8-) Classe Cestoda: Echinococcus, Taênia e Diphyllobothrium

8.1- Echinococcus- Cisto hidático: Todo o enfoque deverá ser abordado sobre o cisto hidático, pois, este que tem grande importância em seres humanos.