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CORRELAÇÃO DE PARASITOSE E ANEMIA EM IDOSOS A PARTIR DE 60 ANOS NO MUNICÍPIO DE AGRESTINA – PE

Por:   •  2/11/2015  •  Projeto de pesquisa  •  4.687 Palavras (19 Páginas)  •  706 Visualizações

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REDILAMAR NEGREIROS DA SILVA CLEMENTE EDVALDA FERREIRA DE SOUZA GEIZIANE MARIA DE MELO CORRELAÇÃO DE PARASITOSE E ANEMIA EM IDOSOS A PARTIR DE 60 ANOS NO MUNICÍPIO DE AGRESTINA – PE Caruaru - PE 2010 ASSOCIAÇÃO CARUARUENSE DE ENSINO SUPERIOR FACULDADE ASCES BACHARELADO EM FARMÁCIA REDILAMAR NEGREIROS DA SILVA CLEMENTE EDVALDA FERREIRA DE SOUZA GEIZIANE MARIA DE MELO CORRELAÇÃO DE PARASITOSE E ANEMIA EM IDOSOS A PARTIR DE 60 ANOS NO MUNICÍPIO DE AGRESTINA – PE Projeto de pesquisa submetido à avaliação do Comitê Científico de Pesquisa da Associação Caruaruense de Ensino Superior (ASCES), como parte dos requisitos para a submissão ao trabalho de conclusão de curso e desenvolvimento do trabalho. ORIENTADOR: Risonildo Pereira Cordeiro Caruaru - PE 2010

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................1 2. OBJETIVOS ............................................................................................................3 2.1. Objetivo Geral ...................................................................................................3 2.2. Objetivos Específicos ........................................................................................3 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA....................................................................................4 3.1. Envelhecimento Populacional ...........................................................................4 3.2. Anemia ..............................................................................................................5 3.3. Doenças Parasitárias e Infecciosas...................................................................7 4. METODOLOGIA....................................................................................................10 4.1. Desenho e População do Estudo ....................................................................10 4.2. Critérios de Exclusão.......................................................................................10 4.3. Critérios de Inclusão........................................................................................11 4.4. Amostragem ....................................................................................................11 4.5. Questionário ....................................................................................................12 4.6. Análises Experimentais ...................................................................................12 5. ORÇAMENTO.......................................................................................................14 6. PLANO DE TRABALHO........................................................................................15 6.1. Cronograma ....................................................................................................15 7. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS ............................................................................... 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................17 1 1. INTRODUÇÃO Um dos maiores desafios para a saúde pública contemporânea é o envelhecimento populacional vertiginoso ocorrido desde o Século XX, nas diversas sociedades dos países desenvolvimentos e em desenvolvimento, como o Brasil. No Brasil, são consideradas idosas as pessoas que possuem idade igual ou superior a 60 anos. O país vem sofrendo o processo de transição demográfica, o qual traz um aumento progressivo e acentuado de sua população idosa. Cerca de 19 milhões de pessoas enquadram-se nesse total, o que representa mais de 10% da população brasileira, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2009). Estimativas da Organização Mundial de Saúde (2010) indicam que o contingente de pessoas idosas no Brasil atingirá 32 milhões no ano de 2025, o que fará do país o sexto em número de idosos no mundo. Este processo é responsável por mudanças sociais, culturais e no perfil de saúde (IBGE, 2009). Estudos analíticos subsidiados por dados demográficos indicam que a ocorrência de anemia e parasitoses comumente apresenta altas frequências e prevalência em pessoas com idade avançada. Embora a anemia possa refletir uma doença de base, por vezes não diagnosticada, ela é também um fator de risco independente, para morbidade e mortalidade (GUALANDRO, 2010). A anemia é considerada um problema de saúde pública, e em escala mundial é o distúrbio hematológico de maior prevalência que acomete a população idosa, podendo ser desencadeada por vários fatores exógenos como a desnutrição. Assim como se têm destaque os quadros anêmicos decorrentes das parasitoses, devido a sua ação espoliadora (DOTTI, 2009; BARBOSA, 2006). As parasitoses são causas relevantes de agravo à saúde em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, onde condições sócio-econômicasculturais permitem a manutenção e disseminação de ciclos biológicos de vários parasitas. Os parasitas intestinais são um dos principais fatores debilitantes da população, associando-se frequentemente a quadros de diarreia crônica e desnutrição (UECKER et al., 2007). 2 No Brasil, as enteroparasitoses constituem um sério problema de saúde pública devido ao difícil acesso ao saneamento básico e à educação pela população mais carente, uma vez que a transmissão desses agentes está diretamente relacionada com as condições de vida e de higiene da população. Os organismos são facilmente transmitidos através de alimentos ou da água e geralmente atingem pessoas com a função imune debilitada (ELY et al., 2009). Diante do exposto, evidencia-se a necessidade de estudos correlacionando o problema de ocorrência das parasitoses e da anemia, na população de idosos. Com essa evidência, propõe-se um estudo motivado pela avaliação e caracterização da prevalência de anemia relacionada com enteroparasitos, destacando-se a população com idade igual ou superior a 60 anos, residentes no município de Agrestina, interior de Pernambuco. 3 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo Geral Determinar a associação de anemia relacionada com parasitos, em pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, residentes no município de Agrestina – PE. 2.2. Objetivos Específicos  Levantar a prevalência de anemia na população idosa do município de∙ Agrestina - PE;  Determinar o perfil das parasitoses presentes na população em estudo;∙  Associar a anemia com a presença de parasitos;∙  Traçar um perfil epidemiológico associando a presença de parasitoses e∙ instalação do quadro anêmico. 4 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1. Envelhecimento Populacional A transição demográfica encontra-se em diferentes fases ao redor do mundo. Em conjunto com a transição epidemiológica, resulta no principal fenômeno demográfico do Século XX, conhecido como envelhecimento populacional. Este fenômeno tem levado a uma reorganização do sistema de saúde, pois essa população exige cuidados que é um desafio devido às doenças crônicas que apresentam, além do fato de que incorporam disfunções nos últimos anos de suas vidas (NASRI, 2008). Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, o aumento da expectativa de vida tem sido evidenciado pelos avanços tecnológicos investidos na área de saúde nos últimos 60 anos (vacinas, uso de antibióticos, quimioterápicos, etc.), que tornaram possível a prevenção e/ou cura de muitas doenças. Aliada a estes fatores, a queda de fecundidade, iniciada na década de 60, permitiu a ocorrência de uma grande explosão demográfica (MENDES et al., 2005). O envelhecimento populacional, um fenômeno iniciado nos países desenvolvidos, com a queda das taxas de mortalidade e fecundidade e o consequente aumento da expectativa de vida, é hoje uma realidade mundial. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define pessoa idosa como aquela de 60 anos ou mais, para os países em desenvolvimento, e de 65 anos ou mais, para os países desenvolvidos (NOGUEIRA, 2008; SANTOS e BARROS, 2007). Como outros países, o Brasil passa, atualmente, por um considerável envelhecimento populacional. São reflexos desse envelhecimento as iniciativas relacionadas ao estabelecimento de indicadores para avaliar a condição de saúde dos brasileiros idosos (REBOUÇAS e PEREIRA, 2008). Uma pesquisa do IBGE divulgada setembro de 2010 mostra que a expectativa de vida no Brasil aumentou cerca de três anos entre 1999 e 2009. Assim, é esperado que um brasileiro viva pelo menos 73,1 anos. A pesquisa mostra que o aumento da esperança de vida ao nascer e a queda da fecundidade no país têm 5 feito subir o número de idosos, que passou entre 1999 e 2009 de 6,4 milhões para 9,7 milhões. Em termos percentuais, a proporção de idosos na população subiu de 3,9% para 5,1% (IBGE, 2010). A população do Estado de Pernambuco estimada pelo IBGE (2010) corresponde a 8.485.386 habitantes, divididos em seus 185 municípios. Porém, essa divisão desconsidera a proporção no que diz respeito à zona urbana e rural. Mais de 75% da população vive na zona urbana, sendo que a Zona da Mata é a região com mais cidades, portanto, a região mais povoada. O interior, principalmente, o sertão, é pouco povoado. A expectativa de vida dos pernambucanos é, em média, 68,3 anos. Para as mulheres a expectativa é maior, 71,9 anos, enquanto para os homens é de 64,9 anos (IBGE, 2008). A idade cronológica constitui uma referência sobre os indivíduos que está inevitavelmente ligada ao envelhecimento (BOTELHO, 2007). O processo de envelhecimento é caracterizado pela perda gradual das funções orgânicas, onde o idoso retém sua capacidade intelectual e física em níveis aceitáveis. O idoso, na maioria das vezes, apresenta um aumento na suscetibilidade ao desenvolvimento de doenças tais como câncer, doenças autoimunes e infecções. O declínio da função imunológica, encontrado nos idosos, está associado a alterações que podem ocorrer em cada etapa do desenvolvimento da resposta imune (DUARTE e ALMEIDA, 2010; ELY, 2009; JÓIA, RUIZ e DONALÍSIO, 2008). Em geral, essas mudanças causam intervenções de alto custo e "impactos na política e nos orçamentos da seguridade social" (VENTURI et al., 2006). Com isso, o envelhecimento populacional traz uma série de desafios para a sociedade, dado que altera a demanda por políticas públicas e pela distribuição dos recursos disponíveis, de forma a assegurar a inclusão social e a atenção integral de saúde (DANILOW et al., 2007). 3.2. Anemia Pode-se entender a Anemia como uma situação patológica decorrente da diminuição da hemoglobina circulante. Essa verificação pode ser feita em comparação com os valores esperados de hemoglobina em pessoas saudáveis do 6 mesmo sexo e da mesma faixa etária, sob as mesmas condições ambientais. As causas que provocam a Anemia são diversificadas, entretanto as principais causas se observam como consequência de outros tipos de doenças, como por alterações próprias da eritropoiese (NAOUM, 2001). Com isso, pode-se considerar que estando os índices de concentração de hemoglobina anormalmente baixos no sangue, o indivíduo em questão apresenta uma das características da Anemia. Esse fato pode ser uma consequência de carência de um ou mais nutrientes essenciais, qualquer que seja a origem dessa carência. Dentre esses nutrientes estão os folatos, proteínas, vitamina B12 e o cobre. No entanto, dentre esses diversos nutrientes, indiscutivelmente, o Ferro é o mais importante em termos de contribuir para a ocorrência da anemia, estão em estado de carência. A anemia por Deficiência de Ferro é atualmente um dos mais graves problemas nutricionais mundiais em termos de prevalência, sendo determinada, quase sempre, pela ingestão deficiente de alimentos ricos em ferro ou pela inadequada utilização orgânica (MS 2009). Esta deficiência resulta em uma redução da capacidade do sangue em transportar o oxigênio aos tecidos. A hemoglobina, uma das proteínas presentes nas hemácias, é responsável pelo transporte de oxigênio dos pulmões para os demais órgãos e tecidos e de dióxido de carbono destes para ser eliminado pelo pulmão (HOFFBRAND, 2004). Das anemias microcíticas e hipocrômicas mais comuns em nosso meio, a anemia ferropriva é destacada. A anemia ferropriva representa, provavelmente, o problema nutricional mais importante da população brasileira, com severas consequências econômicas e sociais. A partir de um levantamento nacional, existe consenso na comunidade científica de que a anemia ferropriva tem alta prevalência em todo o território nacional, atingindo todas as classes de renda (DOTTI et al., 2009). No Brasil, dois bilhões de pessoas (em torno de 30% da população mundial) são anêmicas, principalmente devido à deficiência do ferro, situação frequentemente exacerbada pela malária e doenças parasitárias em países em desenvolvimento 7 (MATOS et al., 2007). Esse é o problema hematológico mais comumente encontrado nos indivíduos idosos (BARBOSA, et al.; 2006). 3.2.1. Indicadores da Anemia A amplitude de distribuição dos eritrócitos (RDW) representa, no hemograma automatizado, a presença de anisocitose ou variação do tamanho dos eritrócitos, que pode ocorrer por causas variadas, desde anemias até a presença de doenças crônicas, leucemias e uso de medicamentos. O índice RDW vem sendo utilizado como ferramenta complementar no diagnóstico de alguns tipos de anemias microcíticas. No entanto, pouco tem sido estudado sobre a relação do RDW com a microcitose ou macrocitose, bem como sobre a presença de elevação desses índices antes da alteração do volume corpuscular médio (VCM), que, por representar uma média do tamanho dos eritrócitos, pode estar normal, mesmo com anisocitose presente (RDW elevado) (Monteiro, 2009). Os hemogramas automatizados avaliam a média do tamanho dos eritrócitos (VCM) através da impedância, impulsos elétricos emitidos pela passagem de cada célula individualmente em um fluxo, cuja intensidade é proporcional ao tamanho das células. Esses pulsos elétricos são posteriormente, convertidos em fentolitros (fL) (BAIN, 2004; HOFFBRAND, 2004; FAILACE,2003). A Anemia é indicada quando a taxa de hemoglobina apresenta-se abaixo de 13 g/dL para homens adultos, 12 g/dL para mulheres adultas. Como pode decorrer de múltiplas causas, anemia é uma síndrome. Sua prevalência, liderada pela anemia ferropênica, é tão elevada que se constitui em problema mundial de saúde pública. (FAILACE, 2003). 3.3. Doenças Parasitárias e Infecciosas As doenças infecciosas parasitárias ainda constituem um dos principais problemas de saúde pública em diversas regiões do mundo, as quais apresentam 8 maior prevalência nas populações de nível socioeconômico baixo. Essas patologias resultam em altos índices de morbidade e associam-se frequentemente a quadros de diarreia crônica e desnutrição, comprometendo o desenvolvimento físico e mental dos indivíduos (ROQUE et al.; 2005). Os danos que os enteroparasitos podem causar a seus portadores incluem, entre outros, a obstrução intestinal, a desnutrição, a anemia ferropriva e quadros de diarreia e má absorção. Esses organismos são facilmente transmitidos através de alimentos ou água infectados, e geralmente atingem pessoas com a função imune debilitada, como os idosos (ELY et al., 2009). As enteroparasitoses constituem um grave problema de saúde pública no Brasil, e nos demais países em desenvolvimento, sofrendo variações de acordo com as condições de saneamento básico, nível socioeconômico, grau de escolaridade, idade e hábitos de higiene, entre outras variáveis, admitindo-se que a transmissão desses agentes está diretamente relacionada com as condições de vida e de higiene da população (BAPTISTA et al., 2006; SANTOS et al., 2004). Aproximadamente, um terço da população das cidades dos países subdesenvolvidos vive em condições ambientais propícias à disseminação das infecções parasitárias. Embora apresentem baixas taxas de mortalidade, as parasitoses intestinais ainda continuam representando um significativo índice, haja vista o grande número de indivíduos afetados e as várias alterações orgânicas que podem provocar, inclusive sobre o estado nutricional (PRADO, 2001; HURTADOGUERRERO, 2005). As parasitoses intestinais são doenças cujos agentes etiológicos são helmintos ou protozoários, os quais, em pelo menos uma das fases do ciclo evolutivo, localizam-se no aparelho digestivo do homem, podendo provocar diversas alterações patológicas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou, em 1987, que mais de 900 milhões de pessoas no mundo estavam infectadas pelo Ascaris Lumbricoides, 900 milhões por ancilostomídeos e 500 milhões por Trichuris trichiura (BASSO et al., 2008). 9 O dimensionamento da prevalência das parasitoses intestinais no Brasil tem sido buscado desde a década de 40. No entanto, essas publicações refletem, em sua maioria, a realidade de pequenas localidades, tornando-se difícil um diagnóstico abrangente (BASSO et al., 2008). Estudos sobre a ocorrência de parasitos intestinais na população idosa são poucos, entretanto existem dados relatando que grande parte da população idosa apresenta doenças parasitárias (ELY et al., 2009). 10 4. METODOLOGIA 4.1. Desenho e População do Estudo O desenho e população caracterizar-se como sendo um estudo analítico de cunho epidemiológico que consiste na seleção de pessoas residentes no município de Agrestina, interior de Pernambuco, cujas idades são iguais ou superiores a 60 anos. A população do estudo é, então, formada por pessoas idosas de ambos os sexos (masculino ou feminino), da qual se pretende calcular uma amostra significativamente relevante. O estudo realizar-se-á no período de dezembro de 2010 e janeiro de 2011, tem como objetivo uma análise epidemiológica sobre a amostra referenciada. O recrutamento dos indivíduos será através dos agentes de saúde do município, os mesmos receberão informações prévias, através do gestor da Secretaria de Saúde, sobre o objetivo da pesquisa. Os agentes de saúde informaram aos idosos o período que ocorrerá o levantamento de dados, o mesmo será de caráter de companha de prevenção de saúde da população idosa, onde a referida população deverá ser encaminhada aos PSFs, para a participação na pesquisa e se algum idoso mostrar interesse em participar, por meio de informações dos agentes e o mesmo não tenha aceso ao local, onde acontece as coletas, os pesquisadores irão à cada dos mesmos. Os indivíduos relacionados como elementos da amostra serão responsáveis pelas informações dadas referentes aos dados pessoais e sociais, assumindo uma postura voluntária na participação da pesquisa. Com isso, todos serão submetidos a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. 4.2. Critérios de Exclusão Serão excluídos do estudo os indivíduos que não residirem no município de Agrestina - PE, e/ou cujas idades não correspondem à estratificação exposta 11 anteriormente. Ainda, não serão considerados indivíduos que ingeriram sais de ferro e antiparasitário nos seis meses prévios à coleta dos dados. 4.3. Critérios de Inclusão Serão incluídos no estudo os indivíduos que residirem no município de Agrestina - PE, cujas idades correspondem a faixa etária estabelecida para a pesquisa. É importante que o indivíduo não tenha ingerido sais de ferro e antiparasitário nos seis meses antecedentes à coleta dos dados. 4.4. Amostragem A população estimada, em 2010 na cidade de Agrestina – PE é de 22.592 habitantes, segundo o DATASUS (2010). Desse total, 2.521 pessoas apresentam idade igual ou superior a 60 anos, o que corresponde a 11% da população da cidade (IBGE, 2004), sendo classificadas como pessoas idosas de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Para determinação do tamanho da amostra, será admitida uma população de 2.521 pessoas, as quais apresentam idade igual ou superior a 60 anos. Estima-se que 30% desse total sejam considerados para a análise epidemiológica, em que se deseja obter um nível de confiança de 95% e tolera-se um erro de 3%, o teste de Kruskal-Wallis de estatísticas mostrará o valor do qui-quadrado, o grau de liberdade e valor de significância associados. Ao utilizar este valor de significância, podemos aceitar ou rejeitar a hipótese nula para o teste de Kruskal-Wallis. . Através do cálculo de amostragem, estima-se o tamanho da amostra em 682 indivíduos, quantitativo que representa relevância significativa para uma inferência estatística. 12 Para a amostra, os dados serão colhidos aleatoriamente de acordo com a estratificação por idade dos indivíduos voluntários, apresentada anteriormente, admitindo-se que todos os indivíduos apresentam iguais probabilidades de serem selecionados. Por tal, não há preocupação em colher uma amostra com distribuição normal. 4.5. Questionário Além dos parâmetros parasitológicos e sanguíneos serão avaliadas as condições socioeconômicas dos voluntários, através de uma entrevista e preenchimento de um questionário pelo entrevistador. 4.6. Análises Experimentais 4.6.1. Análise Hematológica A coleta da amostra sanguínea será pela manhã, dentre as 08 e 10 horas. Serão coletadas alíquotas de 5,0 ml acondicionadas com os devidos cuidados de armazenamento e transporte para o Laboratório Escola de Análises Clínicas da Associação Caruaruense de Ensino Superior – ASCES. Os critérios na análise hematológica que determinam e definem um quadro de anemia é a diminuição da taxa de hemoglobina abaixo de 13g/dL para homens adultos e abaixo de 12g/dL para mulheres. 4.6.2. Análise Parasitológica Para avaliar a presença de parasitos, serão coletadas amostras de fezes e realizados os devidos testes, os quais serão analisados pelo Método de Hoffman. Serão distribuídos aos idosos recipientes plásticos com conservante para a colheita das fezes. Os idosos receberão as instruções impressas para facilitar o recebimento dos espécimes fecais. Cada amostra deverá apresentar no mínimo as 13 seguintes informações: nome do paciente, número de identificação, data e horário da colheita. 4.6.3. Análise Estatística Para a realização das análises estatísticas, será utilizado o teste de KruskalWallis, teste estatístico não paramétrico que propõem a análise de amostras diversas para a comparação entre os resultados obtidos e a população. Esse teste é eficiente, visto que não restringe a análise à distribuição normal, possibilitando a manipulação das diversas variáveis colhidas. O indicador oferecido pelo Kruskal- Wallis oferece subsídios para analisar diferenças significativas entre as amostras, o que permite uma inferência estatística sobre a população. Para a realização dos testes, serão utilizados softwares estatísticos, Epi-info 3.6 e Statistica 9.0, e planilhas eletrônicas, Excel 2010. As informações extraídas consistirão em gráficos e tabelas de visualização rápida. 14 5. ORÇAMENTO Item Discriminação Quantidade Valor (R$) 01 Resma de papel ofício A4 01 15,00 02 Cópias 2000 200,00 03 CD’s 5 5,00 04 Tinta/Cartucho 01 40,00 05 Encadernação 10 25,00 06 Canetas 10 7,00 07 Tubos para hematologia a vácuo 700 315,00 08 Agulhas descartáveis 700 294,00 09 Coletores com conservante 700 1300,00 10 Reagentes para hematologia 03 1000,00 11 Laminas lisa para hematologia (caixa) 05 21,00 12 Lamínulas (caixa) 07 21,00 13 Seringas com agulhas - 5 ml (unidade) 100 25,00 14 Álcool a 70% (litro) 03 18,00 15 Algodão hidrofílico (pacote) 02 14,00 16 Garrote (metro) 03 5,00 17 Luvas (caixa) 03 39,00 TOTAL 3344,00 O custo da pesquisa é de inteira responsabilidade dos pesquisadores. 15 6. PLANO DE TRABALHO 6.1. Cronograma Atividades Meses (2010/2011) AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR Revisão da Literatura X X X X X X X X Submissão ao CEP X Coleta de Dados para validação do Questionário X X Coleta da Amostra X X Processamento dos Dados X X Análise dos Dados X X Análise de Resultados X Tratamento Estatístico dos Resultados X Transcrição de Resultados X Produção do Artigo X Envio do artigo para o Comitê Científico X X Publicação X 16 7. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS Inicialmente será encaminhada uma solicitação da pesquisa para análise pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Associação Caruaruense de Ensino Superior – ASCES, tendo em vista que a pesquisa envolve dados relacionados a seres humanos, a mesma só será iniciada mediante aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Associação Caruaruense de Ensino Superior – CEP/ASCES, quando então o estudo será desenvolvido de acordo com a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, Ana Claudia Santos et al . 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