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Determinação de Potência de Antibiótico

Por:   •  24/11/2019  •  Relatório de pesquisa  •  2.172 Palavras (9 Páginas)  •  413 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI CAMPUS CENTRO-OESTE DONA LINDU

CURSO FARMÁCIA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA 01:

Determinação de potência de antibiótico

                                                                                                        Fellipe Moraes

                                                                                                        Lucas Belchior

Relatório (R1) da disciplina  de Controle

                                                                        de Qualidade  Microbiológico -  CQMB,

                                                                        sob    a         orientação        da    Profa.

                                                                   Dra.   Ana   Gabriela   Reis   Solano.

Divinópolis

2019[pic 1]

  1. INTRODUÇÃO

O doseamento microbiológico de antibióticos consiste em avaliar a potência e ou a atividade de um produto farmacêutico cuja formulação contenha antibiótico. Se dá comparando a dose que inibe o crescimento de um micro-organismo susceptível em relação à dose de uma substância padrão ou preparação biológica de referência da substância testada que apresenta ação similar (BRASIL, 2019). Com este tipo de teste pode-se realizar a quantificação de um antibiótico com uma abordagem metodológica distinta dos testes físico-químicos. Trata-se de um ensaio biológico onde se obtém como resultado a potência do fármaco. Em contrapartida os ensaios físico-químicos determinam o teor de fármaco, isto é, o quantificam. Ambos tem o mesmo objetivo, contudo, os ensaios biológicos baseiam-se nas propriedades biológicas de uma determinada substância frente ao crescimento microbiano (BRASIL, 2019; ESMERINO et al., 2004; LOURENÇO, 2009).  

Destaca-se como vantagem dos métodos biológicos o fato de que estes não precisam avaliar diretamente as propriedades físico-químicas da substância testada, o resultado é obtido observando-se as propriedades biológicas desta, facilitando a avaliação de produtos que possuem matrizes complexas. Outro ponto importante é a possibilidade de avaliação de perda de atividade da substância bioativa, algo que não pode ser realizado via testes físico-químicos. É importante ressaltar ainda que alguns medicamentos não possuem um método alternativo de doseamento físico-químico aos biológicos (LOURENÇO, 2009).

Os métodos biológicos de doseamento de antibióticos podem ser subdivididos em método por difusão em ágar e método turbidimétrico. O método por difusão em ágar baseia-se na relação entre o diâmetro da zona de inibição de crescimento da substância teste em relação à concentração desta, se comparada a um padrão conhecido. É uma técnica realizada utilizando-se de meios de cultura sólidos e inoculados de cepas padronizadas (ATCC), distribuídos em placas de Petri onde são adicionadas a substância teste e o padrão (em discos, cilindros e orifício). O antibiótico difunde-se pelo meio de cultura e delimita uma área onde não ocorre o crescimento de microrganismos, denominada halo de inibição. Esse halo é proporcional à potência do antibiótico (BRASIL, 20019; ESMERINO, 2004).

O método turbidimétrico consiste em se adicionar soluções da substância teste em meios de cultura inoculados com o microrganismo padronizado. Após incubação compara-se a turbidez obtida com a turbidez obtida mediante utilização de solução padrão. Este método correlaciona a turbidez com a concentração de antibiótico. A turbidez é quantificada através da medida da absorvância ou transmitância do conteúdo onde inoculou-se o microrganismo padronizado. Trata-se de um método onde se obtêm resultados mais rapidamente, porém o risco de contaminação é um ponto crítico e que pode comprometer os resultados (BRASIL, 2019).

Os ensaios biológicos de doseamento de antibióticos possuem com tipos de delineamento, àqueles que são ao acaso, de blocos ao acaso e cruzados (BRASIL, 2019).

Os delineamentos ao acaso são aqueles onde há unidades experimentais homogêneas e a variabilidade da resposta pode ser menor em certos subgrupos. Nestes casos a distribuição das unidades experimentais são distribuídas para diferentes tratamentos ao acaso. Os tratamentos são delineados de forma aleatória, é o mais simples, mas apresenta maior possibilidade de erro experimental.

Já o delineamento de blocos ao acaso possibilita segregar o fator que causa a variação nos resultados como por exemplo a variação de volume de meio de cultura entre as placas de Petri. Neste caso todos os tratamentos devem abranger todos os blocos (ex. todas as concentrações de amostra e padrão devem estar em todas as placas), o que permite controlar a fonte de variação. O delineamento blocos ao acaso 3x3 é um delineamento dito simétrico. Onde plota-se as respostas obtidas para o padrão e amostra em relação aos valores de logaritmo da concentração, e obtêm-se duas retas que devem ser paralelas, com regressão significativa (Resposta proporcional à concentração de substância testada) e linear. O delineamento de blocos ao acaso 2x2, utiliza apenas duas concentrações de cada preparação, e só pode ser empregado posteriormente à validação de um delineamento 3x3. O delineamento de blocos incompletos 5x1, é um delineamento onde utilizam-se cinco concentrações de solução padrão para obtenção da curva analítica e uma solução da preparação amostra.  Neste delineamento as placas possuem apenas dois tratamentos e a solução do padrão (àquela que é a concentração intermediária na curva) (BRASIL, 2019).

O delineamento cruzado é empregado quando o experimento pode ser ajustado em blocos. Só é possível aplicar dois tratamentos por bloco. Objetiva-se com este delineamento aumentar a precisão, eliminado a variação e equilibrar possíveis efeitos da diferença entre os níveis gerias de resposta nas duas etapas do ensaio. Chamado de duplo cruzado (2x2) o ensaio com duas doses da amostra e do padrão e triplo cruzado(3x3) aquele de três doses padrão e 3 de amostra, realiza-se em 2 etapas, onde distribui-se os animais em seis ou quatro grupos a realizar um tratamento em cada grupo na primeira fase. Na segunda etapa os animais recebem um tratamento diferente do que receberam na primeira etapa. Trocando menores doses por maiores doses e vice e versa (BRASIL, 2019).

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