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Doenças cardiovasculares em farmácia

Por:   •  23/1/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.631 Palavras (15 Páginas)  •  379 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

ISABELLE CARLA PEREIRA BANDEIRA DA SILVA

JOYCE CRISTINA DA SILVA

LUCAS NASCIMENTO DE BARROS

MARIA EDUARDA SILVA DE ALMEIDA

RAYANE KEYTI DA SILVA FRANCISCO

RAYANNE ROCHA MATIAS

DOENÇAS CARDIOVASCULARES

RECIFE

2017

ISABELLE CARLA PEREIRA BANDEIRA DA SILVA

JOYCE CRISTINA DA SILVA

LUCAS NASCIMENTO DE BARROS

MARIA EDUARDA SILVA DE ALMEIDA

RAYANE KEYTI DA SILVA FRANCISCO

RAYANNE ROCHA MATIAS

DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Trabalho submetido ao Professor Fabiano Ferreira, como parte dos pré-requisitos necessários  para obtenção da conclusão da disciplina Fisiologia do 2° Período do curso de Ciências Farmacêuticas.

2017

RECIFE

1 INTRODUÇÃO

        As doenças cardiovasculares (DCVs) são responsáveis pela alta taxa de morbidade e mortalidade, na maioria dos países, têm sido alvo de vários estudos, despertando o interesse especial dos pesquisadores, por atingirem grandes contingentes populacionais, além de representarem elevados custos sociais e econômicos. 

        Relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS) do ano de 1997 revelam que as DCVs foram responsáveis por cerca de 30% de todas as mortes que ocorreram no mundo, correspondendo a quase 15 milhões de óbitos por ano, sendo a maioria (9 milhões) deles em países em desenvolvimento (BRANDÃO, 2000). Estes dados reforçam a importância das DCVs, alertando para adoção de medidas preventivas efetivas. 

        A mortalidade por doença arterial coronária (DAC) e acidente vascular cerebral (AVC), corresponde a 80% dos óbitos por DCVs (BRANDÃO, 2000). No Brasil, tais doenças são responsáveis por grandes números de óbitos prematuros em adultos, além da elevada morbidade que acarretam levam com freqüência, à invalidez parcial ou total do indivíduo, com graves repercussões para a pessoa acometida, sua família e a sociedade. 

        Dados do Ministério da Saúde (MS) evidenciam que, do total de 809.799 óbitos registrados, em 1984, 209.288 foram de origem cardiovascular, sendo, 20% de adultos jovens ocorreram entre 20 e 49 anos de idade e 41,2% de indivíduos com 50 ou mais anos e que esse grupo de doenças representou a primeira causa de morte da população, respondendo por aproximadamente 30% dos óbitos totais do país (BRASIL, 1988). Dados sobre a mortalidade nas cidades brasileiras, na segunda metade da década de 80, quando comparados aos de países desenvolvidos, demonstraram que tanto a doença cerebrovascular, como a DAC ou as doenças isquêmicas do coração (DICs) apresentaram taxas maiores entre as mulheres brasileiras do que entre as de outros países, na faixa etária dos 45 aos 64 anos. Apesar de os estudos sobre mortalidade em mulheres serem menos freqüentes, os índices referentes às mulheres brasileiras são elevados (LOTUFO, 1996). 

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Conceito

        As doenças cardiovasculares afetam o sistema circulatório, ou seja, o coração e os vasos sanguíneos (artérias, veias e vasos capilares). As doenças cardiovasculares são de vários tipos, sendo as mais preocupantes a doença das artérias coronárias (artérias do coração) e a doença das artérias do cérebro. Quase todas são provocadas por aterosclerose, ou seja, pelo depósito de placas de gordura e cálcio no interior das artérias que dificultam a circulação sanguínea nos órgãos e podem mesmo chegar a impedi-la. Quando a aterosclerose aparece nas artérias coronárias, pode causar sintomas e doenças como a angina de peito, ou provocar um enfarte do miocárdio. Quando se desenvolve nas artérias do cérebro, pode originar sintomas como, por exemplo, alterações de memória, tonturas ou causar um acidente vascular cerebral (AVC).

        A aterosclerose é uma doença crônica degenerativa que leva a obstrução das artérias (vasos que levam o sangue para os tecidos) pelo acúmulo de lipídios (principalmente colesterol) em suas paredes. A aterosclerose pode causar danos a órgãos importantes ou até mesmo à morte. Tem início nos primeiros anos de vida, mas sua manifestação clínica geralmente ocorre no adulto.

        Essa doença pode afetar as artérias do cérebro, do coração e de outros órgãos vitais, assim como a dos membros superiores e inferiores. Quando ocorre nas artérias que suprem o cérebro (artérias carótidas), ela pode provocar um acidente vascular cerebral, e, quando ocorre nas artérias que suprem o coração (artérias coronárias), pode provocar o infarto no miocárdio.
        A lesão básica, chamada ateroma, consiste em placas compostas especialmente por lipídios e tecido fibroso, que se formam na parede dos vasos. Levam progressivamente à diminuição do diâmetro do vaso, podendo chegar à obstrução total do mesmo. A aterosclerose em geral é fatal quando afetam as artérias do coração e do cérebro, órgãos que resistem apenas a poucos minutos sem oxigênio.
Segundo Rang Etal (2007), as lesões evoluem durante décadas e, durante a maior parte deste tempo, são clinicamente silenciosas; as ocorrências dos sintomas sinalizam doença avançados.

        Essa doença é causada pelo acúmulo de lipídios nas artérias, que podem ser fabricados pelo próprio organismo ou adquiridos através dos alimentos. Ela começa quando monócitos (um tipo de leucócito mononuclear) migram na corrente sanguínea e depositam-se nas paredes arteriais e passam a acumular gorduras, principalmente colesterol, formando as placas ateroscleróticas ou ateromas.
Cada área de espessamento está repleta de umas sustâncias cuja aparência lembra a de um queijo, que é constituída além de matérias gordurosas e o colesterol, pelas células musculares lisas e células do tecido conjuntivo.

        Os ateromas podem localizar-se em artérias de médio e grande calibre, mas geralmente eles formam-se nos locais de ramificação das artérias, supostamente porque a turbulência constante nessas áreas lesas a parede arterial, tornando-se mais suscetível à formação de ateroma.

        As artérias afetadas pela aterosclerose perdem elasticidade e, a medida que essas placas de gordura crescem, as artérias estreitam-se. Eventualmente essas placas podem se compor, havendo o contato das substâncias do interior da placa com o sangue, o que produz a imediata coagulação do sangue, e como conseqüência, a obstrução total e súbita do vaso, o que leva ao infarto do miocárdio.

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