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Farmacogenética

Por:   •  3/11/2015  •  Seminário  •  866 Palavras (4 Páginas)  •  639 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO CONTESTADO – UnC

LUÍS HENRIQUE GROTH

MICHELE BONATTO

SABRINA BORTOLOTTO

THAINÁSARTOR

FARMACOGENÉTICA: APLICAÇÕES E SUCESSOS

CONCÓRDIA

2015

1 INTRODUÇÃO

A farmacogenética ou também muitas vezes conhecida como farmacogenômica, é uma nova aposta da ciência, mais precisamente da genética, que procura pesquisar reações de diversos genes e suas interações com fármacos, ou seja, estudar o DNA do paciente e melhorar a eficácia dos medicamentos tentando assim aumentar a chance deste paciente apresentar melhoras em seu tratamento, e buscando driblar os indesejados efeitos adversos.

Neste trabalho iremos descrever o que é a farmacogenética, e seus grandes exemplos de sucesso.


2 DESENVOLVIMENTO

Prescrição e administração de drogas ainda são realizadas sem levar em consideração as necessidades individuais de um paciente em particular no território não só Brasileiro, mas como mundial. Um farmacêutico pode desempenhar um papel crucial no campo da farmacogenética no desenvolvimento de qualquer país, no entanto, a sua / seu papel é incerto, mesmo nos países onde farmacogenética é intensamente desenvolvida.

A Farmacogenética/Farmacogenômica estuda as influências genéticas sobre as respostas a medicamentos, estando a Farmacogenética focada em efeitos de genes isolados, enquanto que a Farmacogenômica estuda simultaneamente vários genes e suas interações. A farmacogenéticaanalisa interindividual diferenças em relação às drogas, devido a variação genética entre as pessoas e, portanto, é uma parte importante da medicina personalizada.

Farmacogenética sugere três possíveis áreas de atividade:

(1) Desenvolvimento de métodos e identificação de áreas de investigação;

(2)Avaliação de testes de farmacogenética na prática clínica;

(3)Realização de atividades educativas e desenvolvimento de infra-estruturas para a introdução de teste voltada a farmacogenética;

Estas áreas da Farmacologia Clínica objetivam otimizar o tratamento através da personalização terapêutica, conforme as diferenças nas características genéticas dos indivíduos. Particularmente, buscam identificar genes que:

  • Predisponham às doenças;
  • Modulem respostas aos medicamentos;
  • Afetem a farmacocinética e farmacodinâmica de medicamentos; e
  • Estejam associados a reações adversas à medicamentos.

 O conceito de uma terapia individualizada, em que o “fármaco certo é administrado na dose correta para o paciente correto”, é bastante promissor, e a redução dos efeitos adversos poderá ser alcançada de duas maneiras:

1 Selecionando o melhor fármaco e a melhor dose para aqueles pacientes que têm metabolização deficiente;

2 Desenvolvendo fármacos que não sejam metabolizados por determinada enzima ou via.

Vários fatores podem influenciar a ocorrência dos efeitos adversos. A farmacogenética, principalmente relacionada à farmacocinética, tem papel importante no desenvolvimento de efeitos adversos.

Polimorfismos geralmente são definidos como variações em sequências de DNA que ocorrem com uma frequência superior a 1% na população. Em farmacogenômica o estudo pode ser conduzido por duas maneiras.

A primeira abordagem pode ser definida como a investigação de inúmeros polimorfismos, abrangendo todo o genoma humano sem o conhecimento prévio da função dos genes individuais.

As indústrias farmacêuticas pretendem implementar a identificação de polimorfismo em genes envolvidos na distribuição ou efeito de fármacos ou em desequilíbrio de ligação com esses genes para o desenvolvimento de novos fármacos.

A segunda abordagem prevê a investigação de polimorfismos em genes candidatos, que usa o conhecimento prévio sobre a ação farmacológica e a distribuição do fármaco e de genes envolvidos na fisiopatologia da doença que está sendo tratada.

O estudo de genes candidatos envolve a identificação e a seleção dos genes, a identificação de todos os alelos potencialmente associados ao fenótipo, associação de todas as variantes com o fenótipo em questão.

A farmacogenética poderá trazer muitos benefíciosà saúde pública, por exemplo, ao evitar reaçõesadversas a medicamentos em subgrupos de pacientesgeneticamente distintos. Para isto, será necessáriotraçar o perfil genético de cada paciente comexames que poderão se tornar de rotina.

A farmacogenética é um campo de pesquisaainda em desenvolvimento, apesar dos inúmeros benefíciosque esta pode trazer. É fundamental notar quemuitos genes podem influenciar as respostas aos medicamentos,o que torna bastante complexa a tarefade identificar quais variações genéticas são mais relevantes.

EXEMPLOS DE POLIMORFISMOS EM GENES ALVOS ASSOCIADOS À RESPOSTA DE FÁRMACOS

GENES

FÁRMACOS

RESPOSTA

DOENÇAS CARDIOVASCULARES

ECA

Inibidores da ECA (captotril, enalapril, lisinopril)

Efeitos renoprotetores, redução da pressão arterial, aumento da função endotelial.

ECA, bradicinina

Inibidores da ECA (captotril, enalapril, lisinopril)

Tosse

CETP, apo E

Estatinas (pravastatina, sinvastatina)

Regressão da aterosclerose, resposta variada ao fármaco

α-aducina

Hidroclorotiazida

Redução variável na pressão arterial

Protrombina, fator V de Leiden

Contraceptivos orais

Risco aumentado de tromboembolismo venoso

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

Receptor β - adrenérgico

Agonistas β(salbutamol, terbulina)

Resposta variável na asma

ALOX – 5

Inibidor da5-lipooxigenase

Resposta diminuída em homozigotos, para alelos que diminuem a atividade da enzima

DOENÇAS PSIQUIÁTRICAS

APO E

Tacrina

Eficácia clínica variável em pacientes com doença de Alzheimer

Receptores serotoninérgicos (5-HT2A, 5-HT2C, 5-HT6)

Fármacos antipsicóticos (especialmente clozapina)

Resposta variável ao tratamento de acordo com os polimorfismos

Receptores dopaminérgicos (D2, D3 e D4)

Fármacos antipsicóticos (especialmente clozapina)

Resposta variável ao tratamento de acordo com os polimorfismos

Receptores dopaminérgicos (D2, D3 e D4)

Fármacos antipsicóticos, levodopa

Acatisia, discinesiatardia

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