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Interação Medicamentosa entre Fitoterápicos

Por:   •  8/9/2016  •  Abstract  •  2.000 Palavras (8 Páginas)  •  513 Visualizações

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Interação de medicamentos fitoterápicos

Medicamentos fitoterápicos são medicamentos produzidos a partir de uma planta medicinal, que previamente já tenha passado por testes e que tenha uma comprovação científica dos seus benefícios para a saúde de quem a utilizar. A planta medicinal em si, é aquela que possui a capacidade de aliviar sintomas e que é geralmente utilizada pela maioria da população. O medicamento fitoterápico utiliza a extrato, óleo, cera ou suco da planta medicinal como base na formulação. O processo de fabricação desse medicamento é feito apenas em laboratório autorizado e que tenha registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Esse procedimento em local adequado evita a contaminação por agrotóxico e substâncias estranhas que alterem a eficácia do seu uso.

A planta medicinal pode ser encontrada em herbanários e nestes locais devem ser corretamente embaladas e acompanhadas da classificação botânica (nome científico) no rótulo que a embrulha. A embalagem que acompanha a planta medicinal não pode conter indicações para uso terapêutico, pois não é algo que é prescrito para alguém.

É necessário entender que nem toda relação entre planta medicinal e fitoterápico é válida. O uso da planta medicinal é equivocadamente entendido pela população de uma maneira geral como o emprego da fitoterapia.

A principal diferença entre uma planta medicinal e o medicamento fitoterápico em si é que o medicamento fitoterápico é um medicamento obtido através da inserção de matérias primas vegetais, mas que se possui um conhecimento da sua eficácia e dos riscos do seu uso, assim como a popularização do seu uso e afirmações relacionadas á seu benefício. Além do mais, os medicamentos fitoterápicos são validados e documentados cientificamente levando em consideração sua eficácia. A planta medicinal é capaz de aliviar sintomas e a maior parte da população faz uso de seus princípios ativos. Porém, para usar o principio ativo deve-se ter um conhecimento do processo de coleta, secagem e preparo.

Aquelas composições que possuem substâncias ativas isoladas não são consideradas como fitoterápicos. O chá, por exemplo, não é considerado um fitoterápico, pois, apesar de ser feito a base de uma erva medicinal, não foi estudado cientificamente e avaliado seus benefícios e nem seus riscos para a saúde de quem o utiliza.

A planta medicinal utilizada em medicamentos é um xenobiótico, ou seja, um produto estranho ao organismo humano, que é introduzido ao medicamento com fins terapêuticos. Até que se tenha uma comprovação contrária, os produtos de sua biotransformação são potencialmente tóxicos como qualquer corpo estranho no organismo, além da consideração de que, tanto o fitoterápico quanto a planta medicinal não possui apenas efeitos imediatos, mas também efeitos que se instalam a longo prazo e de forma assintomática, como efeitos carcinogênicos, hepatotóxicos e nefrotóxicos.

Através dos anos, a população faz a utilização das plantas medicinais e, muitas vezes, faz uso indiscriminado de plantas medicinais que são geralmente associadas á automedicação, que é entendida como a utilização de substâncias sem prescrição, orientação e acompanhamento médico. O fácil acesso e o custo baixíssimo para a grande parte da população faz com que isso se torne algo comum. O principal objetivo da população ao utilizar plantas medicinais é preparar loções, xaropes, águas e chás para combater enxaquecas, gripes, queimaduras, tosses, prisão de ventre, dores abdominais, estresse, entre outros.

Apesar da grande facilidade em conseguir medicamentos eficazes de forma gratuita pelo sistema único de saúde, muitas pessoas ainda preferem os métodos naturais para tratamento ou controle de algumas doenças, além de aliviar dores.

As principais plantas e derivados de plantas utilizados para fabricação de medicamentos fitoterápicos são:

Alcachofra (Cynara scolymus L.):

Finalidade: Planta medicinal utilizada para emagrecer ou baixar taxas de colesterol, combater anemia e a diabetes.

Interações medicamentosas: A utilização da alcachofra  com diuréticos (de alça: furosemida  ;  tiazídicos: clortalidona, hidroclorotiazida, indapamida) pode ser altamente prejudicial, pois a associação poderá fazer o volume sanguíneo diminuir drasticamente e gerar quedas da pressão arterial por hipovolemia, pois a alcachofra já atua na diurese. Também poderá ocorrer a possibilidade de desencadeamento de níveis baixos de potássio na corrente sanguínea devido a sua excreção pela diurese, gerando hipocalemia.

Alho:

Finalidade: É considerado como um antibiótico natural extremamente eficaz para a saúde. É um antimicrobiano com efeitos benéficos ao coração e circulação, além de possuir propriedades antissépticas, diuréticas e de combater febre. Coadjuvante no tratamento da hiperlipidemia e hipertensão arterial leve e prevenção da aterosclerose.

Interações medicamentosas: Pacientes que utilizam anticoagulantes orais, como a varfarina,  ou antiplaquetários, poderão apresentar aumento do tempo de sangramento quando forem administrados medicamentos contendo alho. Pode intensificar o efeito de drogas hipoglicemiantes (insulina e glipizida) causando hipoglicemia. Medicamentos a base de alho + saquinavir (utilizado no tratamento de HIV) faz com que os níveis plasmáticos da medicação diminuam e tornem o efeito terapêutico menos eficaz. Causa redução dos níveis de colesterol. Indivíduos que fazem ingestão de medicação para disfunção na tireóide podem ter o quadro agravado.

Boldo (Boldo do Chile):

Finalidade: Planta medicinal que ajuda a tratar má digestão, problemas no fígado, litíase biliar, flatulência, distúrbios gastrintestinais.

Interações medicamentosas: Pacientes que fazem uso de anticoagulantes não devem ingerir medicamentos contendo Boldo, pela ação aditiva á função antiplaquetária de anticoagulantes.

Camomila:

Finalidade: Planta medicinal que ajuda na má digestão, acalma e reduz a ansiedade, antiespasmódico, antiinflamatório, insônia leve.

Interações medicamentosas: Interage com anticoagulantes (varfarina) aumentando o risco de sangramentos. Com barbitúricos (fenobarbital) e outros sedativos, a camomila pode intensificar ou prolongar a ação depressora do sistema nervoso central. Reduz a absorção do ferro ingerido através dos alimentos ou medicamentos. Interage com drogas ou suplementos que contenham soja.

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