Projeto de Extensão sobre Fitoterápicos
Por: Nanefarma • 30/9/2025 • Projeto de pesquisa • 1.715 Palavras (7 Páginas) • 40 Visualizações
[pic 1] | PROJETO DE INTERVENÇÃO (DISCIPLINA DE EXTENSÃO - DISCENTE) | ||||||
APROVADO POR: | DIRETORA ADJUNTA DE REGULAÇÃO | DATA: | 19/02/2024 | VERSÃO: | 01 | CÓDIGO: | PEX-MDL-54 |
Os Riscos do uso de Ginkgo biloba L. para população idosa
portadora de Hipertensão Arterial
O uso das plantas medicinais no tratamento da hipertensão faz parte da cultura popular, principalmente entre os idosos, e nas últimas décadas, o interesse pela fitoterapia teve um aumento considerável entre os usuários, pesquisadores e serviços de saúde. Esse crescimento veio acompanhado do aumento do seu uso abusivo, em que as pessoas de forma aleatória a utilizam para tratamento da hipertensão, como a planta medicinal como o Ginkgo biloba L., que por ser natural, acredita-se que o seu uso é seguro e sem efeitos colaterais (Carvalho et al., 2021). A Ginkgo biloba L. é uma árvore primitiva nativa da China, decídua, de 6-10m de altura, com folhas semelhantes às da avenca, de consistência coriácea, de 4-7cm de comprimento, irregularmente lobadas e com nervuras lineares saindo do ponto de fixação com o pecíolo e daí irradiando como um leque (Costa; Costa, 2024). O extrato das folhas de Ginkgo é indicado para transtornos cognitivos, incluindo demência e insuficiência vascular cerebral, perda de memória recente, cefaléia, vertigens e zumbidos (tinidos), além de instabilidade emocional com ansiedade. Pacientes com mal de Alzheimer podem apresentar uma modesta melhora no desempenho cognitivo e social (Silva; Rodrigues Leitão, 2021). Em relação a hipertensão, também apresenta efeitos benéficos, pois possui propriedades vasodilatadoras, inibidora do ECA, ativação das vias colinérgicas e melhora a saúde do endotelial. Sua ação hipotensiva ocorre através da ativação do M2 receptores muscarínicos e da sinalização colinérgica durante a hipertrofia cardíaca (Costa; Costa, 2024). No Brasil, há uma boa aceitação por parte dos médicos da prescrição do Ginkgo, pelo fato da planta apresentar toda a sua farmacologia pré-clínica e clínica já realizada no exterior, tornando esse fitoterápico aceito como medicamento com todas as exigências de segurança e eficácia. Os médicos brasileiros prescrevem o uso do Ginkgo em casos de: labirintopatias, cefaléia, perturbações da memória e claudicação intermitente (Silva; Rodrigues Leitão, 2021). Entretanto, há interações medicamentosas relacionadas ao uso concomitante com alguns medicamentos hipertensivos. O uso de Ginkgo em concomitância com o anti-hipertensivo nifedipina aumenta as suas reações adversas, como dores de cabeça, rubor e edema de tornozelo. Sobre as interações de Ginkgo biloba L. com anti-hipertensivos, verificou-se que quando administrado concomitante a clortalidona ou hidroclorotiazida pode ocorrer alteração nos efeitos destes medicamentos, podendo ocasionar aumento da pressão arterial (Carvalho et al., 2021). Nesse contexto, em razão dos efeitos produzidos pelo extrato de G. biloba L. nos sistemas nervoso e cardiovascular, e que alguns medicamentos possuem os seus sítios de ação nesses sistemas, é fundamental considerar as possíveis interações medicamentosas que seriam geradas ao utilizar a planta simultaneamente com outros fármacos (Costa et al., 2022). Esse uso indiscriminado das plantas medicinais, no tratamento da hipertensão, representa um grande perigo, principalmente entre os idosos. Isso porque os riscos são mais expressivos, devido às modificações na fisiologia do corpo do idoso. Neste grupo, há uma redução do fluxo sanguíneo e das atividades enzimáticas hepáticas, redução na produção de suco gástrico e na velocidade do esvaziamento gástrico, aumento do teor de tecido adiposo total, perda do teor de água total e da quantidade de proteínas plasmáticas, além da contenção da irrigação renal. Adicionalmente, idosos estão mais expostos a polifarmacoterapia, o que torna mais elevado o risco de interação medicamentosa (Furlan; Ushirobira; 2021). Sendo assim, a atenção farmacêutica representa uma ferramenta em potencial no cuidado com o idoso, que utiliza as plantas medicinais e seus derivados para tratar a hipertensão. O papel do farmacêutico na promoção da saúde em comunidades é de suma para a prevenção doenças e interações medicamentosas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. As práticas integrativas fazem parte desse cuidado, pois unem o conhecimento popular com informações seguras, trazendo alternativas que podem complementar o tratamento médico (Siqueira et al., 2022). |
Objetivo Geral Promover o conhecimento sobre os risco do uso de Ginkgo biloba L. para a população idosa portadora de Hipertensão Arterial. Objetivos Específicos
|
Camaragibe é um município brasileiro do estado de Pernambuco (PE). Pertence à Região Metropolitana do Recife, sendo o seu sexto município mais populoso e a oitava de Pernambuco. Localiza-se a uma latitude 08º01'18"sul e a uma longitude 34º58'52"oeste, estando a uma altitude de 55 metros. Segundo a estimativa de 2013 do IBGE, Camaragibe possui uma população de 151.587 habitantes, distribuídos numa área de 51,257 km², tendo assim, uma densidade demográfica de 2.818,46 hab/km². Segundo dados sobre o produto interno bruto dos municípios, divulgado pelo IBGE referente ao ano de 2017, a soma das riquezas produzidas no município é de 1.757.192 mil reais (15° maior do estado), sendo o setor de serviços o mais representativo na economia camaragibense, somando 642.002 milhões. Já os setores industrial e da agricultura representam 127.605 milhões e 10.817 milhões, respectivamente. O PIB per capita do município é de 11.238,05 mil reais (59° maior do estado), um dos menores da Região Metropolitana do Recife. Camaragibe possui uma taxa de escolarização de 97,8% entre 6 a 14 anos de idade, a 47ª sétima maior do estado. E a cidade conta com cinquenta e seis estabelecimentos de saúde, sendo nove públicos. |
...